Desde o passado dia 7 de outubro, data marcada pelo anúncio da RTP de que não irá participar no Festival Eurovisão 2016, muitos foram o artistas que manifestaram a sua opinião contra e a favor a decisão da RTP.
A OGAE Portugal perguntou a vários artistas, músicos e letristas a sua opinião a respeito da decisão da RTP em não participar no próximo Festival Eurovisão (ESC2016). Depois da primeira súmula que apresentámos AQUI, eis mais algumas opiniões.
Filipa Sousa, representante da RTP na Eurovisão 2012, reconhece que "embora ao longo dos anos tenha vindo a perder audiências (por uma série de circunstâncias que não apenas o desinteresse do público), é óbvio que sou defensora da sua continuidade", escreveu a cantora algarvia. A RTP optou por não realizar o festival, "mas não acredito que o problema seja apenas as questões orçamentais", sublinha, "pois os fundos certamente serão canalizados para outra produção que achem mais rentável". Contudo, o festival "precisa de uma cara nova, de algo que desperte novamente o interesse do público... Ou talvez precisasse apenas de mais publicidade, de mais divulgação... Acho que é este o principal motivo da RTP! Não saber como devolver ao festival da canção a magia de outros tempos". Tendo vivido a participação na Eurovisão, "necessitaríamos de uma grande aposta em termos de divulgação", sublinha. "Já passei por lá, participei em 2 festas da Eurovisão antes de ir para Baku, e vi o quanto se trabalha e se aposta neste certame por parte de alguns países. Portugal, infelizmente, não tem a capacidade de apostar tanto quanto nós gostaríamos. Por isso vamos ver esta pausa pelo lado positivo: quando voltarmos à Eurovisão certamente teremos mais atenção dos média, é tudo uma questão de saber canalizar essa atenção e fazer um bom "trabalho de casa!"
Daniela Varela, vencedora do Festival 2009 como intérprete dos Flor-de-Lis e representante de Portugal em Moscovo, entende ser "uma pena" esta ausência. "A minha opinião é que sendo um concurso histórico (não sei quantos programas televisivos podem proclamar-se como tal, mas certamente não muitos), é uma pena que haja esta ausência. Não é, no entanto, a primeira vez que acontece e provavelmente também não é a última", admite. "Esperemos então que nos próximos anos Portugal esteja incluído no certame e com bons resultados!"
A vencedora do Festival de 1997, Célia Lawson, e representante da RTP em Dublin, tem opinião contrária. "Claro que concordo com esta decisão da RTP em criar um “gap” até 2017", faz questão de escrever. "Encaro-a como um sinal que estão interessados em restaurar a engrenagem da produção de um festival e também a produção de uma potencial canção para ganhar a Eurovisão". Lawson faz questão de deixar uma sugestão: "Pela minha experiência da Eurovisão e como tenho vindo a acompanhar todas as participações de Portugal, sugiro que se abram as portas a novos compositores. E que, para além dos compositores convidados, outros pudessem concorrer também".
Teresa Radamanto participou na última edição do Festival de 2015, repetindo experiências anteriores de 1998 e 2007. "A culpa recai nos suspeitos do costume: maus resultados obtidos, particularizando os que se referem ao ano que antecede a não participação (ou seja, 2015) e a notória falta de estrutura sólida (quer em termos orçamentais, quer em termos de conteúdos) no que diz respeito a organizar um festival que traduza verdadeiramente o mundo musical português em jeito de fusão com a linguagem contemporânea que é falada no certame internacional. Estes são a meu ver, os principais motivos que claramente nos levam à não participação em 2016... todavia existem outros!", escreveu Radamanto. "De acordo com a RTP, como sabem, fica o compromisso de voltarem em 2017 com novo fôlego! Se assim for, sou franca, até me "apetece" dizer que concordo com o interregno. Oxalá a " nova estratégia e um plano bem elaborado que possa concorrer com dignidade com as congéneres europeias" traga ao nosso querido Festival o que está a faltar. Que o "pousio" resulte em terrenos mais férteis!"
Axel, participante do festival em 1998 e 2011, está em sintonia: "Tendo em conta as audiências, quer da final portuguesa, quer das semifinais e final da Eurovisão, não surpreende a decisão", escreveu. "O investimento é grande para os resultados obtidos. Se tomarmos em consideração o feedback, 90% negativo em termos das redes sociais às prestações portuguesas, também não surpreende". O cantor sugere um regresso "quando houver uma atitude mais positiva em relação ao Festival por parte dos fãs casuais e ferrenhos", embora admita que "já deu prestígio participar no Festival da Canção. Os tempos são diferentes, a maneira de fazer e sentir a música é diferente".
Gonçalo Tavares, participante no festival por 4 vezes (em 1984, 1988, 2010 e 2015), reconhece que "passamos um momento de viragem dos formatos televisivos e neste ponto de vista é muito importante aproveitar para refletir o modelo do FC e melhorar". Para o músico, "oiço muitas críticas totalmente infundadas de alguns fãs fanáticos do FC que refletem alguma ignorância, ora o festival sem uma massa de fãs de qualidade tem também mais dificuldades em passar barreiras". Mas com esperança: "Se confirmarmos a não presença em 2016, estou seguro que vamos aparecer mais fortes em 2017".
Filipe Delgado, participante no FC2010 e assumido "fã" da Eurovisão, assume ter ficado "bastante triste" com a notícia. "O festival faz parte da nossa cultura e deveria ser valorizado. Quero pensar que seja apenas uma "pausa" para pensarem no verdadeiro espetáculo que é a Eurovisão e apostarem em música de qualidade que nos represente com sonoridade mais internacional".
Já Yola Dinis, participante no festival de 2015, não se conforma: "Mais uma vez a RTP está a privar os portugueses de um dos eventos mais importantes a nível cultural internacionalmente! Mais uma vez põe o futebol à frente de tudo! O que vamos nós ensinar aos nossos filhos, netos, bisnetos, etc, se este país não quer saber de cultura, só quer saber de "futebois" e de coisas sem interesse algum para a nossa evolução?! Não sei mais o que dizer!! Apenas que tenho pena que um país que foi o número 1 em tudo o que nos engrandece no passado, e agora somos o número 1 em tudo o que nos humilha e nos faz insignificantes!"
Rubi Machado também passou pelo festival de 2015 e foi "com grande tristeza" que recebeu a notícia. "É com grande pesar que vejo esta desistência de investimento na cultura portuguesa. O Festival da Canção sempre foi uma das plataformas privilegiadas para se fomentar a produção musical do nosso país. Exclui-lo é relegar para segundo plano esta importante vertente da nossa cultura."
Arménio Pimenta, participante em 2012, também lamenta e vai mais longe: "Simplesmente a única coisa que tenho de dizer é que lamento... Mas também fico a pensar em muita coisa... A Eurovisão deixou de ser uma "tradição" para a RTP... Devo dizer mesmo, que neste momento, a RTP deixou de ter dignidade, um país que entra e sai..."
Arménio Pimenta, participante em 2012, também lamenta e vai mais longe: "Simplesmente a única coisa que tenho de dizer é que lamento... Mas também fico a pensar em muita coisa... A Eurovisão deixou de ser uma "tradição" para a RTP... Devo dizer mesmo, que neste momento, a RTP deixou de ter dignidade, um país que entra e sai..."
A OGAE também ouviu fãs da Eurovisão que também participaram no festival da canção nacional, ora como letristas, ora como intérpretes. É o caso de Nuno Valério, Nuno Marques da Silva, Pedro Sá e Nina Pinto.
"Esta atitude de desistência prova que o Festival da Canção/Eurovisão não é uma prioridade para a RTP e logo, nunca pode ter sucesso", escreve Nuno Valério, letrista do festival de 2011. "É pena que, sendo a RTP o único possível participante nacional neste evento, que é o programa de entretenimento com maior audiência no mundo, tenha decidido ausentar-se dele. Acredito que havia alternativas para encontrar uma boa presença na Eurovisão este ano (candidatos não faltam)". Valério recorda ter começado "a envolver-me na música graças ao Festival da Canção e tenho pena que enquanto autor não o possa tentar novamente. Lamento ainda, que novos artistas/autores não possam passar por esta experiência devido a uma decisão que não se entende muito bem. O Festival é não só uma imagem de marca mas também uma possibilidade e uma esperança para muitos, ao contrário de outros programas importados que são, na maior parte das vezes, um engano para os jovens que neles concorrem". Nuno Marques da Silva, letrista em 6 edições (2007, 2008, 2010, 2012, 2014 e 2015) também fala de lamentos. "É lamentável a decisão da RTP em não participar no Festival da Eurovisão 2016 e mais ainda nem sequer organizar o Festival da Canção. Esta decisão deita por terra tudo aquilo que sempre ouvimos a propósito do certame fazer parte do ADN da estação". "Quando o único certame televisivo onde os artistas, músicos e compositores portugueses se apresentam anualmente é preterido por eventos desportivos algo vai mal nas opções do canal estatal. Quando a montra que a Eurovisão representa em termos musicais, culturais e até, porque não dizê-lo, em termos de oportunidade de promoção turística do nosso país não é uma prioridade, algo fica por entender. Quando o argumento orçamental (que não colhe) é colocado como desculpa da nossa ausência, prova uma vez mais que tudo é deixado para a última da hora". Pedro Sá, letrista em 2011, mostra-se surpreendido: "Não esperava tal decisão", confessa. "Esperava o regresso a um Festival da Canção em concurso aberto. Esperava um ano de alguma transição enquanto se prepararia um novo modelo. Esperava uma oportunidade para todos aqueles que pretendem mostrar os seus projetos ao país e à Europa". Contudo, "acredito que a partir de 2017 não se cometam de novo certos erros. Acredito que não voltaremos a ter os autores como júris. Acredito que não voltaremos a ter professores de música clássica com um manifesto preconceito anti-pop como júris. Acredito que será constituído um júri de seleção capaz de perceber o que tem ou não tem possibilidades na Eurovisão. Acredito que a Antena 3 possa ser envolvida desde o primeiro momento de modo a incentivar a participação dos mais jovens e eliminar o preconceito contra o Festival. Acredito que possa ser escolhido, como complemento ao televoto, um júri de sala com os últimos 10 participantes portugueses na Eurovisão (e porque não fazer dos 3 últimos sempre o júri de seleção, juntando-se eventualmente um membro da OGAE e um outro da RTP?) ou, melhor ainda, um júri composto por elementos de vários países como a Suécia tem feito, e agora Chipre e a televisão flamenga também fazem". Por fim, Nina Pinto, intérprete no festival de 2010, segue a linha dos demais fãs ouvidos pela OGAE. "A RTP até pode justificar a não participação pelos fracos resultados alcançados e até compreendo que se deva repensar o método e critérios de seleção, mas porquê ficar de fora e voltar um ano depois com o mesmo formato? Pode até falar em custos mas se fossemos por aí quantos programas há que custam muito mais e não têm a importância que a Eurovisão tem. Custa entender que tantos países há, que não pertencem a UER queiram participar e a RTP entenda que não o deva fazer". E conclui: "Claro está, porque não é uma prioridade para a estação pública".
"Esta atitude de desistência prova que o Festival da Canção/Eurovisão não é uma prioridade para a RTP e logo, nunca pode ter sucesso", escreve Nuno Valério, letrista do festival de 2011. "É pena que, sendo a RTP o único possível participante nacional neste evento, que é o programa de entretenimento com maior audiência no mundo, tenha decidido ausentar-se dele. Acredito que havia alternativas para encontrar uma boa presença na Eurovisão este ano (candidatos não faltam)". Valério recorda ter começado "a envolver-me na música graças ao Festival da Canção e tenho pena que enquanto autor não o possa tentar novamente. Lamento ainda, que novos artistas/autores não possam passar por esta experiência devido a uma decisão que não se entende muito bem. O Festival é não só uma imagem de marca mas também uma possibilidade e uma esperança para muitos, ao contrário de outros programas importados que são, na maior parte das vezes, um engano para os jovens que neles concorrem". Nuno Marques da Silva, letrista em 6 edições (2007, 2008, 2010, 2012, 2014 e 2015) também fala de lamentos. "É lamentável a decisão da RTP em não participar no Festival da Eurovisão 2016 e mais ainda nem sequer organizar o Festival da Canção. Esta decisão deita por terra tudo aquilo que sempre ouvimos a propósito do certame fazer parte do ADN da estação". "Quando o único certame televisivo onde os artistas, músicos e compositores portugueses se apresentam anualmente é preterido por eventos desportivos algo vai mal nas opções do canal estatal. Quando a montra que a Eurovisão representa em termos musicais, culturais e até, porque não dizê-lo, em termos de oportunidade de promoção turística do nosso país não é uma prioridade, algo fica por entender. Quando o argumento orçamental (que não colhe) é colocado como desculpa da nossa ausência, prova uma vez mais que tudo é deixado para a última da hora". Pedro Sá, letrista em 2011, mostra-se surpreendido: "Não esperava tal decisão", confessa. "Esperava o regresso a um Festival da Canção em concurso aberto. Esperava um ano de alguma transição enquanto se prepararia um novo modelo. Esperava uma oportunidade para todos aqueles que pretendem mostrar os seus projetos ao país e à Europa". Contudo, "acredito que a partir de 2017 não se cometam de novo certos erros. Acredito que não voltaremos a ter os autores como júris. Acredito que não voltaremos a ter professores de música clássica com um manifesto preconceito anti-pop como júris. Acredito que será constituído um júri de seleção capaz de perceber o que tem ou não tem possibilidades na Eurovisão. Acredito que a Antena 3 possa ser envolvida desde o primeiro momento de modo a incentivar a participação dos mais jovens e eliminar o preconceito contra o Festival. Acredito que possa ser escolhido, como complemento ao televoto, um júri de sala com os últimos 10 participantes portugueses na Eurovisão (e porque não fazer dos 3 últimos sempre o júri de seleção, juntando-se eventualmente um membro da OGAE e um outro da RTP?) ou, melhor ainda, um júri composto por elementos de vários países como a Suécia tem feito, e agora Chipre e a televisão flamenga também fazem". Por fim, Nina Pinto, intérprete no festival de 2010, segue a linha dos demais fãs ouvidos pela OGAE. "A RTP até pode justificar a não participação pelos fracos resultados alcançados e até compreendo que se deva repensar o método e critérios de seleção, mas porquê ficar de fora e voltar um ano depois com o mesmo formato? Pode até falar em custos mas se fossemos por aí quantos programas há que custam muito mais e não têm a importância que a Eurovisão tem. Custa entender que tantos países há, que não pertencem a UER queiram participar e a RTP entenda que não o deva fazer". E conclui: "Claro está, porque não é uma prioridade para a estação pública".
Recordamos que várias iniciativas foram lançadas para fazer com que a RTP regresse à Eurovisão com outra estratégia, nomeadamente uma petição à Assembleia da República. Para saber mais e assinar leia AQUI
Fonte: OGAE PORTUGAL /Imagem: GOOGLE
Quando voltar em 2017 ficará tudo igual, o mesmo festival mau e uma televisão que se tornou uma inutilidade.
ResponderEliminarCompartilho em grande parte da opiniao de Pedro Sa.Pessoalmente,caso a RTP nao venha a reconsiderar sobre o ES 2016,nao acredito em nenhuma reviravolta relativa mente a 2017,a nao ser que dentro da propria RTP houvesse uma reviravolta.Aposto que em 2017 la teremos F.Martins e R.Galarza a "produzir".
ResponderEliminarAinda bem que se fala aqui da nina pinto como fã do esc, porque cantora nao é. O representante de Portugal tem de estar entre os melhores artistas do país e não amadorismos. Amadores de canto tem muitos programas para concorrer, isso nunca deveria acontecer na seleção para o esc. Por outro lado, falta um programa onde os cidadãos comuns possam concorrer com letras e músicas, isso nunca deveria acontecer na seleção nacional para o esc . Aqui está um dos motivos do sucessivo fracasso português no esc.
ResponderEliminar100% de acordo.
Eliminarque moral esse gonçalo tavares tem de chamarem os fas do festival de ignorantes? somos ignorantes porque? porque criticamos a musica ridicula dele do tu tens uma magica? pelo amor de deus... ignorante é ele que foi muito mau como juri na eurovisao.
ResponderEliminarOs fas do FC nao sao ignorantes, os fas do FC, apenas querem boas musicas no FC , coisa que nao acontece há muitos anos!!!
Ele não chamou os fãs de ignorantes, chamou "ALGUNS" fãs de ignorantes. Eu concordo, basta ler alguns blogues e alguns fãs que continuam a defender músicas e temas completamente antiquados. Pela amostra de fãs que aqui deram a sua opinião, basta ver que há quem defenda que a Eurovisão deve ser para novos valores!!! Por aí já se ve que ha muita ignorancia
Eliminar17:58 - Concordo contigo.Por principio nao se deve chamar NINGUEM de ignorante e por outro lado Gonçalo Tavares deveria analisar melhor aquilo que cantou,na minha opiniao mal, nos FC 2010 e 2015.Em 1988 ainda foi menos mal,mas a cançao ajudou muito,obra de Jose Cid...
Eliminarai tanta gente iludida!!! tou a ter um deja vu de 2013!!!
ResponderEliminardesculpem la, mas acho ridiculo ter votaçao internacional... sou contra esse método.
ResponderEliminar18:03 - Sim,esse e o unico ponto em que tambem eu discordo da opiniao de Pedro Sa.
Eliminarnao percebo a rtp, porque nao aproveitar o the voice e dar como prémio ao vencedor ir ao ESC? depois abriam candidaturas e escolhiam a melhor... simples...olhem o que a armenia está a fazer!!
ResponderEliminarPor muito respeito que estas pessoas me merecem, se a RTP apostasse no esc, muitas destas nao teriam participado, sobretudo aquelas que são convidadas sistematicamente várias vezes sem nunca terem alcançado bons resultados.
ResponderEliminarGulps!Ah Rui,tu costumas ser mais mansinho...mas acertaste EM CHEIO na mouche! Concordo contigo a 100%!!! Aplauso pela opiniao bem aberta e sem "paninhos quentes" (h) (c) (h)
EliminarNão sou mansinho, gosto é de respeitar o trabalho dos outros. Neste caso, não estou a desrespeitar. O problema é que não há programas em Portugal de caça talentos da escrita e composição de música, como em muitos países (até o Sanremo não mistura consagrados com novos talentos). Por isso, muitos destes têm de concorrer ao FC para terem visibilidade e tentarem a sua sorte.
EliminarEste assunto já enjoa ... não participamos paciência, não é o fim do mundo caso eu saiba por isso se temos outros valores elevados a manter nas nossas vidas, podemos nos concentrar neles em vez de bater no ceguinho e chorar pelo mesmo assunto? A nossa procura de relevância internacional por meio da Eurovisão é profundamente deprimente, especialmente quando a nossa postura e comportamento dentro das nossas fronteiras culturais consegue ser ainda mais obscura e mais violenta do que toda e qualquer crítica que cada um terá com a RTP. A RTP não está interessada e não tem que ser obrigada a tal ... antes isso do que fazer de novo a mesma borrada, e finalmente .... a nossa percepção musical no FC é continuar a apostar no mesmo tipo de musicas que não encontram qualquer eco nem despertam interesse a nível internacional por ser, quiça, demasiado "nosso" para ser avaliado e apreciado pelos outros? A votação no ESC vem deles ... não pode vir de nós em relação ao que escolhemos, por isso ... ou jogamos musicalmente com algo que realmente resulta no âmbito eurovisivo atendendo ao que a Eurovisão é hoje (do pop mais comercial e contemporâneo às pimbalhadas gregas e turcas, e aos números de comédia vindo de uma Rússia com velhotas envolvidas ou drag queens a ensinar alemão como da Ucrânia, etc ) .. como é que Portugal se encaixa nisto? Apostando de novo sempre no mesma lenga lenga do fado e da língua portuguesa como se isto fosse um concerto da Mariza no Royal Albert Hall ... as vezes a RTP e o fãs portugueses parecem que não conhecem a Eurovisão ou não querem conhecer. Sinceramente a RTP não está mais interessada no que a Eurovisão é ou não é, simplesmente não se encaixa nos moldes musicais que esta sempre defendeu e como tal afasta-se por mais 1 ano. A questão do futebol é pura culpa nossa - é a unica situação em que na verdade paramos para gritar o nome do nosso país. Não devia, mas é ... deixamos que quando ganhamos 1 jogo somos os maiores, e quando perdemos passamos a tratarmos-nos abaixo de cão. E são apenas 90 minutos que provocam qualquer coisa dentro de nós .. que ninguém consegue perceber. Mas é isso que da audiências e o que desperta o interesse nacional ... Eurovisão? Nunca ...
ResponderEliminarOs participantes do FC2015, que comentaram sobre a decisão da RTP(exceção da Yola), não contribuíram para o sucesso do FC. A RTP continua a ser responsável pelo insucesso, mas os compositores/intérpretes também não ajudaram a salvar o FC... Vamos ver se em 2017 há um esforço tanto na RTP e nos compositores...
ResponderEliminarAté a Austrália (que está do outro lado do mundo !!! ), bem longe da europa, quer participar e nós (RTP) que somos um dos países mais antigos a participar, não quer! Idiotas!
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