A participação da Austrália no Eurovision Song Contest 2015 tornou-se uma das notícias mais mediáticas da edição! No entanto, que mudanças existiriam na votação se o país não tivesse participado em Viena?
Na primeira vez na história da competição, o Eurovision Song Contest teve um país convidado a concurso: a Austrália. Com direito ao voto nas duas semifinais e com presença garantida na grande final, a participação do país em Viena influenciou os resultados que seriam obtidos se, por ventura, riscássemos a sua participação do alinhamento. Porém, mesmo não tendo em conta os resultados, a participação do país fez história na competição. Sabia que a Oceânia foi o último continente a participar num evento eurovisivo (sim, um país americano já participou em duas ocasiões)? Ou sabia que a edição de Viena foi a que teve uma maior 'área mundial' representada no palco eurovisivo?
Não perca mais tempo e aceda a uma série de curiosidades recolhidas para si:
Alemanha e Áustria não terminariam com null points
Os dois países, além de conquistarem as piores classificações dos seus países, fizeram história em Viena ao conquistarem o primeiro duplo null points desde 1997, o primeiro null points desde 2003 e, no caso da Áustria, ao ser o primeiro país anfitrião a terminar sem qualquer pontuação e a ser o segundo país anfitrião a conquistar a última posição (a primeira vez foi em 1958). No entanto, ao analisarmos a pontuação total dos diferentes países, concluímos o seguinte: se a Austrália ficasse de fora da competição, ambos os países seriam pontuados: a Alemanha conquistaria 4 pontos (Bélgica, Dinamarca, Hungria e Polónia), enquanto a Áustria receberia 2 pontos (oriundos da Suíça e da Letónia).
Rússia seria pontuada por todos os países
Ao contrário da Suécia e da Itália, a segunda classificada do Eurovision Song Contest 2015, a Rússia, não foi pontuada por todos os países a concurso. A vizinha Lituânia foi a excepção, o que deu aso a rumores que a Presidente do país estaria por detrás desse boicote à Rússia (AQUI). No entanto, se a Austrália não tivesse participado, a Rússia seria pontuada pela Lituânia, com 1 ponto, fazendo com que o top 3 da competição tivesse sido pontuado por todos os países a concurso.
Geórgia, Eslovénia e Lituânia subiriam na classificação, enquanto que Montenegro, Sérvia e Albânia seriam os mais prejudicados
Se a Austrália tivesse ficado de fora da competição, sendo a grande final disputada por 26 países e não por 27, a Geórgia, a Eslovénia e a Lituânia seriam os países mais beneficiados, subindo mais que uma posição na tabela classificativa. A Geórgia, 11.ª classificada da geral, subiria para o 9.º posto da classificação, ultrapassando a Sérvia, 10.ª classificada em ambas as situações. A Eslovénia e a Lituânia, 14.ª e 16.ª classificadas, respetivamente, também subiriam duas posições na tabela classificativa, ultrapassando Montenegro e a Albânia, respetivamente.
Suécia seria o único país a perder pontuação e a Estónia seria a mais beneficiada
O vencedor do Eurovision Song Contest 2015 seria o único país cuja pontuação diminuiria com a Austrália fora da competição, país que lhe conferiu os 12 pontos. No entanto, o défice de votação seria de apenas 9 pontos. Por outro lado, a Estónia seria o país com maior aumento na pontuação: em vez dos 106 pontos conquistados, o país báltico pontuaria 121 pontos, existindo um aumento de 15 pontos. Israel (14), Noruega (13) e Letónia (13) seguem-se na lista. A Albânia seria o único país cuja pontuação não alteraria: em ambas as situações, o país teria 34 pontos.
Não haveria alteração nos semifinalistas, mas a Sérvia repetiria o feito da Moldávia em 2007
Com o inédito direito a votar nas duas semifinais da competição, a Austrália não foi decisiva no momento da decisão dos finalistas, com as diferenças entre o 10.º e o 11.º classificados serem de 21 e 10 pontos, na 1ª e na 2ª semifinal, respetivamente. Sem a votação dos australianos, a Sérvia seria a mais prejudicada, perdendo 12 pontos, e descendo para a 10.ª posição, ficando a Moldávia a 10 pontos do apuramento. Se tal acontecesse, a Sérvia repeteria o feito da Moldávia em 2007, ao ser 10.ª classificada na semifinal e na grande final. A Arménia, a Albânia e a Holanda subiriam uma posição, enquanto que a Grécia e a Dinamarca desceriam uma, mas não alterando o lote de finalistas.
Na 2.ª semifinal, a votação da Austrália foi ainda menos marcante. Sem a votação do país convidado, a única alteração ocorrida seria o desempate entre Montenegro e a Polónia, com o país balcã a subir à oitava posição. A diferença de pontuação entre o 10.º e o 11.º classificados iria aumentar para 11 pontos, enquanto Portugal ficaria a 32 pontos do apuramento, em vez dos 34 pontos reais.
A ligação Baku - Reiquejavique continuaria a ser a mais longínqua
Na hora da votação, as ligações entre a cidade anfitriã e as capitais dos países a concurso ocorrem a vários milhares de quilómetros de distância. A ligação entre Viena e Sidney teve 15994 quilómetros de distância, em linha reta, destronando a atual líder Baku - Reiquejavique com 5184 quilómetros. Em terceiro lugar, encontra-se Baku - Lisboa com 4971 quilómetros a separar as duas capitais.
A Oceânia seria o único continente sem participar num evento eurovisivo
Com a participação da Austrália no Eurovision Song Contest 2015, a Oceânia tornou-se o quinto (e último) continente a estrear-se nos eventos eurovisivos. Israel estreou as participações de países com territórios na Ásia (Arménia, Azerbaijão, Chipre, Rússia e Turquia já participaram em eventos da EBU/UER) em 1973, enquanto que a participação de Marrocos fez a única participação de África em 1980 (não foram contabilizadas as dependências europeias no continente africano). O Canadá, com duas participações no Eurovision Young Dancers em 1987 e 1989, estreou a América nas competições eurovisivas, não tendo sido tomado em conta as dependências europeias nesse continente.
A edição de Dusseldörf continuaria a ser a edição com maior 'área mundial' a concurso
Com 43 países a competir em 2011, se contabilizarmos as áreas territoriais desses países, poderemos afirmar que 24,5% da área mundial (não tendo em conta a Antártida nem as ZEE's) estiveram a concurso em Dusseldörf. Com a entrada da Austrália em 2015, apesar da redução para 40 países participantes e da retirada da Turquia e da Ucrânia, o 36.º e o 47.º maior país a nível mundial, respetivamente, o valor sobe substancialmente, atingido os 29,6% de área mundial no palco eurovisivo de Viena.
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Fonte: ESCPortugal / Imagem: eurovision.tv
A canção da australia foi , é, excelente, mas nao faz sentido esta participação na EUROvisão
ResponderEliminarO Canadá participou na Eurovisão da Dança? :O
ResponderEliminarse kosovo nao pode participar, a australia tambem nao podia, enfim , o jon ola deve ter ganho uns milhoes no bolso com isto tudo.
ResponderEliminara diferencia e que o Kosovo não e um país inteiramente reconhecido e a Austrália sim o é sem contar que ainda há conflito com a Serbia que não o reconhece e não o aceita
EliminarA Grécia e Espanha também não reconhecem a independência do Kosovo.
EliminarIsrael também não é um país inteiramente reconhecido e participa...
EliminarPodiam fazer um especial: E se Portugal nao participar no ESC16 ou e se Portugal participar no JESC16
ResponderEliminarse Portugal não participar no ESC 2016 cumpre a tradição de não estar presente na Globe Arena, e que em abono da verdade, não fará lá falta nenhuma, se o ESC de 2016 for tão mau como o do ESC 2000 (sweden sucks, in my opinion, of course!)
Eliminarjá estivestes na Suecia por acaso Luís??
Eliminarolha lá a inveja
EliminarPodem fazer um especial 2014 vs 2015 onde fazem um questionario sobre as musicas de 2014 de cada pais vs as musicas de2015 de cada ano. Por exemplo Reino Unido: Children of the universe vs Still in love with you
ResponderEliminarAcho que um grande Especial seria "E se Portugal recebesse o ESC?" - podiam falar das possíveis cidades anfitriãs, apresentadores, o tema do evento, coisas assim do género!
ResponderEliminargostaria de saber sobre os portugueses(artistas/compositores) que representaram ou tentaram representar outros países ou que fizeram parte da delegação de outros países, também seria interessante saber o mesmo sobre outros lusófonos na eurovisao
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