Numa entrevista à revista VIP, Simone de Oliveira voltou a criticar as politicas culturais do país.
Simone de Oliveira é um dos mais reconhecidos nomes da música portuguesa no feminino, e também uma das vozes mais críticas das políticas culturais do país, e não só de agora. Na última edição da revista VIP, a cantora e atriz levantou a voz para defender a música popular portuguesa. "A cultura esteve sempre numa fase complicada em Portugal, desde que me lembro de mim. Enquanto não houver um ministro da Cultura que perceba que a cultura do nosso país também tem um lado popular e simples, que é o meu, não vamos a lado nenhum!" E foi mais longe: "Continuamos à espera que alguém se lembre dos fadistas, dos acordeonistas, dos bailarinos de cabaret, das bailarinas de revista, que ainda os há, de uma cultura simples e popular, mas que está cá e que existe e que tem de ser respeitada".
Recordando um dos grandes mestres da guitarra portuguesa, Carlos Paredes, falecido em julho de 2014, Simone de Oliveira criticou os governantes que ainda não lhe prestaram a devida homenagem póstuma. "Deixaram morrer(...) o Carlos Paredes, que tocada guitarra como ninguém (...) sem lhe fazerem nada... valeu a pena? Sim, só por termos tido o Carlos Paredes, mas se perguntar quem ele foi, a maior parte das pessoas não sabe".
A cantora termina, perguntando "pela famosa lei dos 80% de música portuguesa" nas rádios nacionais, que tarda em ser cumprida, segundo a artista.
Recorde-se que Simone de Oliveira voltou a participar no Festival da Canção 2015, 50 anos depois da sua primeira participação na Eurovisão, em 1965, com "Sol de Inverno". Recorde a atuação em março passado com "À espera das canções":
Fonte: REVISTA VIP / Imagem: ESCPORTUGAL / Vídeo: DAILYMOTION
Continua a dizer as verdades sem medos
ResponderEliminaresta senhora nao foi para o festival da cançao dizendo que se ganhasse iria dar o lugar a outro? nao foi esta senhora que tirou a vez de um possivel participante no festival da cançao? enfim RTP , continuem a convidar estes senhores antiquados, que nunca vamos a lado nenhum, simone e a adelaide com as musicas que tinham deviam sentir VERGONHA de terem regressado ao FC.
ResponderEliminare Adelaide foi um dos nossos jurados de Portugal este ano, e vingou-se da Espanha por não ter dado pontos em 1985 (suponho eu).
Eliminar:d
Está enganado (a) não tirou a vez a ninguém uma vez que recebeu um convite...não foi a própria que se candidatou, até porque não podia. Para além disso ninguém lhe pode tirar o mérito da prestação.
EliminarConcordo com o que ela disse.
ResponderEliminarVoltando atrás no tempo, em relação ao FC 2015, achei que ela foi um pouco sobrevalorizada. A música era linda e ela cantou com o coração, isso é notável, mas soa tão estranho a integração da voz dela com o instrumental :/
não tem nada a ver com esta publicação, mas souberam que a Tunísia poderá participar no JESC 2015, eu acho que a Tunísia podia participar no ESC2016 mas eles não participam com Israel.
ResponderEliminarConcordo, em geral, com a opinião que transmite, nomeadamente no apoio muito raramente concedido a profissionais do espetáculo muitas vezes esquecidos porque não atingiram o estrelato, mas que "estiveram lá", sempre que era preciso "dar a deixa" aos mais famosos. Se a sua é uma cultura "simples e popular", sinceramente não sei, mas as suas referências sistemáticas (ao longo de um ano, em todos os canais de televisão em que era entrevistada e frequentemente a despropósito) à canção vencedora do FC 2014 e à sua (bem-educadíssima) intérprete contradizem o respeito para que apela - no fundo, os bons profissionais devem dar o exemplo e respeitar os outros profissionais. Nesse caso concreto, Simone não deu o exemplo.
ResponderEliminarConcordo que TODOS os profissionais do espectaculo deviam ter mais apoio e destaque em Portugal, mas repito que para mim são TODOS, o que duvido MUITO que tenha sido a intenção desta senhora, que normalmente apela sempre a um saudosismo português do passado, em que a RTP também insiste, ignorando o que se faz de novo e moderno na música portuguesa (seja em inglês ou português), em *todos* os géneros.
ResponderEliminarNa RTP há sempre espaço para promover os pimbas e os Ruis Velosos, Luis Represas, Adelaide Ferreira, José Cid, etc, mas onde se vêem performances/actuações/promoção ao trabalho de músicos modernos, na vanguarda, DJs portugueses de renome internacional, produtores portugueses de dance music, etc, outros géneros que não a "canção portuguesa ligeira" ou a canção portuguesa popularucha (vulgo pimba)?
Esta senhora fala que se farta, mas não diz nada, desculpem lá. :))
ResponderEliminarNem mais!!!
EliminarConversa fiada...