Num artigo de opinião do nosso leitor André Moreira, é proposto um novo modelo de votação do Festival Eurovisão da Canção.
"Em comparação com os resultados obtidos este ano, verifica-se que quem mais beneficiaria este ano se este fosse o método instaurado seria Espanha que subiria de 21 para 11º lugar, relativamente perto da Geórgia. Os últimos classificados não seriam Áustria e Alemanha, mas sim França e Reino Unido. Arménia ficaria pelo 25º lugar na final. A Alemanha beneficiaria de uma entrada para o TOP 20".
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Fonte: ARTIGO DE OPINIÃO DE ANDRÉ MOREIRA / Imagem: EUROVISION
Parece-me mais justo e equitativo que o sistema actual.Talvez pequeno ajustamento em relaçao ao top-2,a semelhança do sistema actual em que se passa de 8 para 10 e 12 pontos!?Nas semis,com nº de participantes como em 2015, seriam pontos de 1 a 16/17,certo?Parabens pela tua ideia,Andre Moreira!
ResponderEliminarBoa noite, obrigado pelo interesse e sensibilidade na leitura deste pequeno artigo.
EliminarA ideia é sem dúvida essa: a de proporcionar uma equidade bem mais marcada e mesmo que não se esteja numa boa posição, ter a curiosidade de saber o que todos os países acharam de "nós" e até que ponto os atingimos com a "nossa" música.
Em relação às semi-finais. O raciocínio é semelhante.
Na semi-final com 16 países participantes teria de de ser 1º lugar com 15 pontos e 15º e 16º lugar com 1 ponto (isto porque há países que têm TOP 16 - os BIG que assistirem).
Na semi-final com 17 países, o 1º lugar receberia 16 pontos e os 16º e 17º classificados receberiam 1 ponto pelas razões supracitadas.
Espero ter sido o mais claro possível!
ADOREI (h) (h)
ResponderEliminarMuito obrigado por ter lido e pelo comentário.
EliminarEu também adorei.
EliminarExiste alguma tabela de pontuações? Gostaria de saber pois tornava bem mais prático perceber como seria o voto para cada país.
ResponderEliminarBoa noite, obrigado por ler este pequeno artigo e pelo interesse.
EliminarEu fiz em excel a compilação de todos os votos. Não estou informado da forma como os posso fazer chegar até si, mas a equipa do ESC Portugal tem esta tabela. Através de email seria outra das minhas sugestões.
Eu sou e sempre fui a favor da simplificação do sistema de votos para o Festival da Eurovisão. Só 1 pode ganhar e para quê desperdiçar tanto tempo com milhares de votos? Em primeiro lugar está o espetáculo que deve ser bem produzido e agradar ao público a que se destina e a votação seria secundária, digamos uma complementaridade desse mesmo espetáculo, mais por curiosidade do que para estabelecer comparações de qualidade, porque a subjetividade acabará sempre por existir.
ResponderEliminarParece-me de facto um sistema mais justo que o actual, que este ano em particular mostrou a sua face mais negra. De toda a forma, e embora este modelo que propõe seja mais equitativo e corrija algumas falácias na cauda da tabela... não resolve o problema com o top5/top10.
ResponderEliminarAo ver as tabelas classificativas do júri de cada país, saltou mesmo à vista que ali esteve basicamente espelhado o gosto musical de cada jurado (já o expressei em vários argumentos ao longo destas páginas, não quero maçar as pessoas :). Pura e simplesmente. O que é natural, porque são apenas humanos. Mas é nesse ponto que discordo fundamentalmente com este sistema de júri como hoje existe.
5 pessoas (humanas,com gostos pessoais próprios, quiçá torcendo pela sua canção favorita também) têm o poder - demonstrado este ano - de anular o gosto da população votante do seu país. E isso não está correcto. Não pode estar.
Tivemos inclusivamente casos de jurados de certos países que votaram com uma inclinação muito mais geográfica/vizinha que o televoto do seu país... o que é estranho e faz-me pensar para que foram então convocados, já que a "massa influenciável e parcial" pareceu ter mais discernimento que os próprios "profissionais".
E escrevo "profissionais" entre aspas de propósito. Quem são estes entendidos? Quais as suas credenciais? Eu não os escolhi para me representarem. Vejo uma miúda de 16 anos sueca a ter o poder de 10% da votação total do seu país. Vejo ex concorrentes de talent shows que nunca fizeram nada na vida a não ser participarem nesses concursos. São estes os elementos do digníssimo júri, nalguns casos.
A parte qualitativa, mais que a quantitativa, é onde julgo que reside o grande problema. Já falei aqui sobejamente do que aconteceu à Itália este ano, por isso dou outro exemplo.
Estive a analisar o que aconteceu à canção da Estónia (a minha favorita e uma das grandes favoritas dos eurofãs antes da semana do ESC).
Esta música ficou em 2º lugar pelo televoto na sua semi-final. O júri colocou-a em 10º. Ali mesmo rés vés da não qualificação. Ficou abaixo da Holanda, da Hungria e até da Albânia, que pasme-se!, desafinou sempre que esteve em palco!
Porque motivo isto aconteceu? A Estónia teve uma canção tacky? Um novelty act? (os jurados devem exercer o seu voto para impedir bizarrias de avançar) Cantaram mal? Ou outros motivos humanos e pessoais aconteceram para que esta canção fosse tão penalizada pelos jurados? (curiosidade: foi a canção que mais sofreu na comparação televoto/júri)
Concluindo: é preciso repensar o sistema de voto, para que se torne mais equilibrado. Mas como contornar a parte humana da questão? (um sistema 70% televoto, 30% júri talvez?)
VS
VS,Focas exactamente a parte mais dificil de"controlar"no que respeita aos jurados: o facto de serem humanos.Os jurados NUNCA foram garantia de isençao,antes pelo contrario,pois e mais facil"subornar/comprar" um jurado do que comprar televotos.Para mim 90%televoto+10% juri.
EliminarVS,ainda sobre o caso da Estonia,eu creio que os jurados talvez tenham penalizado o lado tecnico da prestaçao vocal,que dum certo ponto de vista "classico" nao foi de 5 estrelas.Para o publico(aconteceu a dada altura comigo)isso foi lana caprina,superada pela atmosfera e pela empatia geradas.
EliminarRG - Eu entendo. Mas isso só vem reforçar o que tenho estado a dizer. Se de alguma forma a prestação vocal da Estónia foi o motivo para a baixa pontuação (eu gosto mesmo muito do timbre dos dois, para mim exercícios vocais de ego são insuportáveis, mas é gosto) ... como explicamos então que a performance da Albânia, que francamente esteve mesmo muito mal ao vivo, ela não conseguiu atingir uma nota, fosse mais pontuada pelo júri que a da Estónia? Ou do ponto de vista da performance vocal, como explicar que uma Itália fique na última posição segundo alguns jurados? (eu não gosto do tema, mas eles são técnica e classicamente irrepreensíveis!) Lá está: a parte humana dos jurados a funcionar, já para não falar de motivos menos bonitos que os levam a destruir favoritos do público... E sim, 90% público, 10% júri, oncordo contigo.
EliminarVS
VS,para que nao fiquem duvidas no ar: concordo totalmente com o que escreveste anteriormente e com o que acabaste de escrever agora.O caso da Albania e de custar a acreditar.Tambem eu nao aprecio perfeiçao vocal absoluta(perfeiçao=patologia,para mim).Acho que 2016 vai ser ano de muita mudança no ESC
Eliminaro sistema ctual é o mais lógico, isso é horrivel.... na iria haver igualdade para todos, os zero pontos tambem fazem parte, acontece.... esse sistema nao faz qualquer sentido
ResponderEliminarunico metodo ideal é o 100% televoto.
ResponderEliminarPois eu acho que devia haver um sistema de votação diferente, tipo usado em algumas provas desportivas (como ginástica, saltos para a água, equitação etc.) em que todos são pontuados, podendo haver o mesmo número de pontos para vários concorrentes. A escala pode manter-se de 1 a 12, com repetições de pontos para vários países. Se um país gostar muito de três músicas, porque é que não pode dar 12 pontos às três? Ou dar 6 pontos a uma dezena de outras músicas que ache que se equilibram?
ResponderEliminarPode parecer confuso, mas a verdade é que o sistema existe nas citadas provas desportivas e é perfeitamente viável. Há ainda outra vantagem que é a minimização dos votos de vizinhos e diásporas. Sim porque a Grécia pode continuar a dar muitos pontos ao Chipre e vice versa, mas tal não invalida que também dê muitos pontos a outras músicas de que goste. No caso atual, sobretudo na ex-URSS, ex-Jugoslávia e nórdicos, depois de se pontuarem entre si, sobram uns miseráveis pontos para distribuir pelos outros todos.
Para se atingir os verdadeiros 50/50 não se pode juntar a votação do público com a votação do jurados numa só por cada país. As músicas adoradas pelo público e arrasadas pelos jurados acabam sempre por perder... o que é uma falta de respeito por quem gastou dinheiro a votar, e no fundo, também falta de justiça. No entanto, os 50/50 não pode deixar de acontecer.
ResponderEliminarEm substituição os países têm que dar a votação individualmente, do televoto (se houver, porque há países que ainda não o fazem), e depois dos jurados. O melhor conhecimento do sufrágio pode ser obtido no site da Eurovisão, pelo que para se ter um sistema justo com 50/50, a Eurovisão tem que criar um gráfico de barras com todos os países participantes na final, que vão subindo consoante vão entrando os votos dos jurados, depois do televoto, tudo individualmente por cada país que participou, tenha ou não passado para a final. Perde-se um clássico, é certo, o das votações! Mas quantos clássicos já perdemos no ESC e ninguém se lembra deles ou os quer de volta?!
Se esta proposta tivesse acontecido este ano, a Itália era a vencedora, e o 2º e o 3º lugar também seriam diferentes, entre outros casos. Se isso tivesse acontecido, teria havido mais entusiasmo nas votações que não podem durar mais do que 5/10 minutos. Todas as pessoas que acompanham a Eurovisão dizem que além de haver muitas músicas na final, que para mim não devem exceder nunca as 25, ninguém aguenta o tempo secante das votações. Ainda menos aguentam quando após 1/4 dos países que deram a votação, vêem o seu país com 0 pontos ou pouco mais. No mundo imediato em que vivemos hoje, está a deixar de fazer sentido este desfile de votos, país a país. Sem falar de que o algoritmo utilizado pelos 50/50 por país, cria sempre margens de erro mínimas que este ano afetaram fortemente o pódio.
Quando o consenso é maior entre público e jurados, tudo bem, mas quando se cai nas margens de erro... é triste! No fundo, 200 pessoas (5 jurados X 40 países) puseram em causa os votos de milhares/milhões de pessoas. Seja como for, não defendo o regresso aos 100% do televoto porque seria um retrocesso.