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[AO VIVO] Adriana Lua e o fenómeno de sucesso afro-brasileiro em Portugal

Adriana Lua encheu o Coliseu do Porto de muita música, ritmo, dança e movimentos sensuais no palco da maior sala de concertos do norte do país. Fomos ao espetáculo "As fases da lua" e rapidamente percebemos o segredo deste fenómeno de sucesso em Portugal.


Muitos de nós já nos questionámos sobre o porquê de alguns fenómenos musicais de sucesso no nosso país, vindos sobretudo do Brasil e Angola, e que têm destronado, dos tops de vendas e da edição de discos, cantores consagrados nacionais. Em vésperas de começar a quinzena do maior concurso de música na Europa, o Festival Eurovisão da Canção, fomos ao concerto de Adriana Lua, nome que anualmente é apontado pelos fãs da cantora como desejada representante de Portugal e da Lusofonia na Eurovisão.

Coliseu do rubro

Adriana Lua nasceu há 35 anos no Rio de Janeiro mas há 12 radicou-se em Portugal onde iniciou uma carreira de sucesso. Os ritmos quentes das canções que interpreta, os sons pop latino tão do agrado dos portugueses e toda a produção inerente a cada tema, a cada videoclip e a cada espetáculo, cedo catapultaram para os tops de vendas esta cantora que, no Brasil, não granjeou tão depressa o sucesso que alcançou em Portugal.

Adriana Lua surgiu no palco ao descer de um baloiço vindo “dos céus” do Coliseu e mostrando uma excelente forma física. E assim a cantora conseguiu pôr a multidão em histerismo num concerto, intitulado “As fases da Lua”, e que foi integralmente gravado para dar lugar a um DVD ao vivo.

Durante cerca de duas horas, Adriana cantou os seus maiores sucessos axé, kizomba e pop, e o público correspondeu, vibrando com ela ao som de “Vem que eu quero te amar”, “O movimento”, “Esta noite é nossa”, “Você é o meu mundo”, “Se vocês quer me amar”, “A festa começou” ou “Só quero teu beijo”. Mas o maior dos aplausos da noite e onde Adriana conseguiu que ninguém ficasse sentado, aconteceu com “Sem você”, um dos maiores sucessos da sua carreira. A acompanhar a cantora, dois outros cantores de suporte, cinco músicos e uma dezena de bailarinos.

No final das duas horas de concerto, de dezenas de músicas e 4 mudas de roupa e acessórios, Adriana não deu ares de cansaço. O relax surgiu apenas quando recordou Luiz Gonzaga, o chamado “Rei do Baião”, e Ney Matogrosso, ícone da musica brasileira e mundial.


Fenómeno de popularidade


Mas, afinal, o que levou Adriana Lua a deixar o Brasil e passar a viver em Portugal para ser um fenómeno de popularidade em território luso? Do que vimos do concerto de ontem, a cantora atrai gente de todas as idades, das crianças aos idosos. Adriana tem o que muitos artistas nacionais também tinham nos anos 60, 70 e 80 e que se perdeu a partir da década seguinte: um conhecimento profundo dos gostos e necessidades do público português, que gostam – adoram – ritmos quentes, sensuais, melodiosos e que fazem vibrar o corpo e dançar. Tem uma música extremamente ritmada e alegre, pop, e que chega facilmente às pessoas. Será que essa falta de conhecimento dos gostos do público também é causadora das poucas vendas de discos e dos mais resultados na Eurovisão?

Muitos dos produtores e artistas nacionais não souberam agarrar esta necessidade do público, mas artistas estrangeiros - cantando em português - como Adriana Lua ou Anselmo Ralph, depressa preencheram esse vazio. Artistas estrangeiros que até têm máquinas bem oleadas de músicos e produtores portugueses. Por outro lado, Adriana Lua é assessorada por produtores, agentes e marketeers nacionais, que sabem o que o público quer. Por fim, e não menos importante: todos os vídeoclips e espetáculos ao vivo são pensados ao pormenor, não descurando um cuidadoso trabalho de produção. Para além do talento e da popularidade, o segredo do sucesso destes artistas afro e brasileiros radicados em Portugal é cruzar referências pop com as suas raízes e fazê-lo de forma contemporânea e atual. Ruben Almeida e Alain Santos, como produtores e diretores musicais de Adriana Lua, estão por trás do sucesso da cantora, que não se cansou de os elogiar em palco.

Será que estas parcerias pop e latinas poderão chegar a outros artistas e, quem sabe, à Eurovisão? Fica a pergunta no ar…


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Fonte e Imagens: ESCPORTUGAL

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  1. Anónimo00:59

    https://www.youtube.com/watch?v=HShSwlzuVvQ esta musica foi lançada em outubro, como a RTP nao fez escolha interna com esta musica? iamos arrasar em viena!

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    1. Deve estar tudo louco. Aguentei 5 segundos. Abominável. Devem esquecer-se que existe um júri no ESC que arrasa qualquer tipo de música de churros, ou já se esqueceram da Suzy? Isto não significa que não se consiga produzir boas canções até em estilo kizomba. Estejam atentos ao TOP10 deste ano do ESC para perceber o gosto europeu (televoto e jurados).

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  2. Anónimo01:06

    Faz falta à Eurovisão em Portugal PROFISSIONALISMO e deixar tudo de ser tão amador e feito em cima do joelho. Este ano então é demais!!. O Anselmo ralph, o Eddy Flow e (menos) a Adriana Lua trouxeram para Portugal o que não havia aqui

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    1. ADORO essa musica. Foi feita pelos Lucas Junior que trabalha ha anos com os Santamaria. É Portugues!! Porque é que ele não é convidado para o FC?!?

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    2. Para sua informação, a título de exemplo, só a produção kizomba em Portugal é muito maior do que em Angola onde nasceu. A comunidade angolana, caboverdiana, moçambicana, santomense e guineense em Portugal, sobretudo em Lisboa, é enorme e bem criativa. Neste momento, o Brasil tem muito mais a aprender em termos musicais com Portugal. A MPB está verdadeiramente enfadonha, pobre, repetindo os modelos melosos e sem criatividade, precisando urgentemente de se inspirar em Portugal e no resto da lusofonia.

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  3. Anónimo01:16

    Esqueçam: enquanto tudo for amador no FC e na RTP não há Adrianas ou Anselmos pra ninguem

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  4. Anónimo01:32

    RTP prefere convidar compositores antiquados que nada percebem da musica atual, grande ariana, com ela Portugal ia arrasar no ESC.

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  5. Anónimo01:37

    No dia em que a RTP convidasse brasileiros ou angolanos a representar Portugal eu passaria a apoiar outro país

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    1. Anónimo02:40

      ariana lua é portuguesa meu caro. Ela ja mora há mais de 5 anos aqui logo é legalmente portuguesa.

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    2. Da mesma maneira que não acredito que os britânicos gostassem de ser representados por americanos. No entanto, quando as influências enriquecem, são bem vindas.

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    3. Anónimo15:03

      O Reino Unido já foi representado por americanos no ESC e Portugal já foi representado por 1 holandes e 2 vezes por um croata. Diversos paises (como Espanha este ano) têm parcerias com suecos. E não vem mal nenhum ao mundo: é só mais rica a experiência

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    4. Referia-me a intérpretes, à voz. As composições sim, recebem muitas influências explícitas, diretamente de compositores estrangeiros, e implícitas, por opção de inspiração do próprio compositor. Pessoalmente, no 1º dos casos, estou contra e sou purista nestas coisas: ou tem nacionalidade portuguesa ou não pode candidatar-se. Aí alinho com o regulamento da RTP deste ano.

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    5. Anónimo16:51

      Caro anónimo das 02:40 desde quando uma pessoa morar há 5 anos em Portugal, faz dela Portuguesa..? Estamos um pouco baralhados...não.?

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  6. Anónimo02:41

    acho que Portugal tinha chances se levasse uma musica tipo Lambada, ano passado estrangeiros falavam muito disso comparando com musica da suzy, todos estrangeiros conhecem a lambada!

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    1. A lambada está mais que ultrapassada. O fenómeno kizomba sim é atual e progride para a escandinávia e espaço ex-soviético. Se é próprio para o ESC, talvez, se houver grande inspiração e grande cuidado ao nível instrumental-voz-letra, porque se soar a vulgaridade as hipóteses através dos júris reduzem-se brutalmente.

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  7. Anónimo08:45

    Grande artigo. Também acho que estamos mais atrasados agora que ha 30 anos atras. Os taxi, uhf, as doce e ate a Adelaide ferreira foram inovadoras, tinham grandes produçies e vídeos ( inovadores a época) e agora o que ha? Um artista português que queira ter algum sucesso tem de cantar fado

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    1. Epá essa lista está muito incompleta e nota-se que está muito out em termos musicais. E desde quando os nomes que enunciou tiveram alguma carreira internacional para que possa apontar um verdadeiro sucesso musical? E se se refere a inovação e sucesso caseiro, como não referir António Variações, Rádio Macau, Clã, Delfins, Ala dos Namorados... E já agora: já ouviu falar em Dulce Pontes, Madredeus (a mais inovadora e a melhor banda portuguesa de todos os tempos, ainda hoje existente), Teresa Salgueiro, Rodrigo Leão... E outros nomes despontam promissores e com inovação como Emmy Curl.

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    2. ...Amor Electro, Aurea...

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    3. Anónimo15:00

      Dei só alguns exemplos... e sim, esses que referi foram vanguardistas à época

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  8. Anónimo13:48

    O Brasil não consome praticamente nada de Portugal ou outros países lusófonos. E no Youtube a maioria dos brasileiros vivem a falar mal de Portugal. Eu era um daqueles que gostava de muita coisa que vinha do Brasil mas já estou a sentir nojo de toda a situação.

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    1. Por acaso não constato isso, antes pelo contrário. Os elogios à música portuguesa e lusófona (não brasileira) está em crescendo. No entanto, por vezes vem um crítico brasileiro com gosto faveleiro e lança uma bojarda. Gera-se logo uma discussão com um português ou com algum angolano ou cabiverdiano e a discussão cai na ofensa cobrindo páginas do youtube. Parece que são muitos os brasileiros a criticar, mas não é assim. Aliás, são mesmo muitos os que ficam surpreendidos e anseiam por uma visita de uma banda ou cantor dos nossos.

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  9. Anónimo17:00

    Eh pá....estou confuso....estão a falar a sério? ????? Queriam ser representados no ESC por isto?????? Por pimbalhada temos cá os nossos....tanta crítica à Susy e agora esta já é boa?????? Por amor à Santa....

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  10. Anónimo21:38

    AMOOOO a Adriana!!!!

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  11. Anónimo21:53

    O ESC sempre foi lixo musical, e sempre esteve ao lado do que o grande mercado fazia. Desde o início. Quando havia Beatles e demais rock o ESC era baladas que 40 anos depois ninguém as aguenta. Do ESC 2005 só a canção vencedora se safa, o resto é puro lixo insuportável. Que mau gosto. Aliás, quanto melhor for a embalagem das luzes pior é a música. É um grande show de 40 países (mais ou menos isso) e em cerca de 40 canções (já estou a exagerar)... salvam-se algumas, mas mesmo só algumas. Este ano... só a canção da Itália vai ficar na história. Muito rapidamente as outras vão cair no esquecimento. Nem vale a pena perder tempo. Não é por acaso que deixei de ir ao ESC ao vivo. Pff...

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  12. Anónimo01:55

    A EUROPA GOSTA de garra... Da alegria e da Musica do Brasil.... (e dizem que o sotaque deles é mais musical? ERA BOM levar ADRIANA algum dia mas com uma boa musica (tipo Sem você) ITALIA chata essa opereta pseudo chique....Simmmm vamos ver esses EL DIVO Juniores o que vão fazer???' https://www.youtube.com/watch?v=sToLp0uk--Y com esta era top 5 mesmo em português...

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  13. Anónimo09:21

    Vi a adriana lua o ano passado e não parei de dançar um segundo

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  14. Ja ha muitos anos considero que valeria a pena ir ao ESC com um bom numero de kizomba ou de kuduro.Algo de bem produzido,visualmente diferente,musicalmente acessivel ao espectador average do ESC. Ansemo Ralph seria OPTIMO! Buraka Som Sistema idem!Blaya SIM! Mas sem produtores RTP a estragar tudo!

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    1. Concordo, desde que houvesse um cuidado especial considerando que de nada vale levar uma canção que agrada ao televoto e é destruída pelo júri do ESC.

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