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Islândia: RÚV retira a polémica regra da igualdade de género

Depois de várias críticas, a emissora islandesa RÚV decidiu eliminar a regra que obrigava a uma igualdade de género na composição dos temas apurados. Greta Salomé, a única compositora no historial do país, mostrou-se contra a abolição.


Como anunciado anteriomente, AQUI, a emissora islandesa abriu as submissões para o Söngvakeppni Sjónvarpsins 2015 no final do mês passado, revelando as novas regras do certame. Uma das novidades prendia-se com a obrigatoriedade de 50% dos temas apurados serem da total, ou parcial, composição de uma mulher, regra também aplicada na final nacional sueca. No entanto, a implementação da RÚV não agradou à maioria dos eurofãs do país, entre eles, alguns ex-representantes do país. Paul Oskar (ESC1997) e Fridrik Omar (ESC2008) foram alguns dos que tornaram públicas as suas reações, tendo o último afirmado 'Não vejo quem possa beneficiar com esta regra. Não entendo! A canção não deve ser selecionada consoante o género do autor. O objetivo da regra deve ser trazer mais mulheres para a competição, mas isto acaba por ser mais degradante para elas. A regra é totalmente rídicula.'

Depois da imensa polémica nas redes sociais e media do país, a emissora recuou na decisão e aboliu esta regra do regulamento da final nacional, conforme foi hoje anunciado no site oficial da seletiva. Porém, após o anúncio da abolição da regra, foram muitas as mulheres que se vieram mostrar contra a decisão da emissora. Greta Salomé, representante do país em 2012 e a única compositora islandesa a chegar ao certame europeu, disse que a regra era necessária para o país em geral, dando o exemplo que a maioria dos grandes cargos das emissora de rádio do país estão ocupados por homens e a maioria dos temas serem entregues a intérpretes masculinos.

A Islândia participa na Eurovisão desde 1986, tendo participado por 27 ocasiões. O melhor resultado do país é o 2.º posto, alcançado em 1999 por Selma e All Out of Luck e em 2009 por Yohanna e Is It True?. O grupo Pollapönk e o tema No Prejudice levaram o país pela sétima vez consecutiva à Grande Final, tendo alcançado o 15.º lugar com 58 pontos, o melhor resultado do país desde 2009, cuja prestação pode recordar de seguida:


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Fonte: Olevision/RUV / Imagem: ESCPortugal
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  1. Discriminaçao,seja pela negativa ou pela positiva,nunca deixa de ser isso mesmo: DISCRIMINAÇAO. Neste caso,acho que a referida (e cancelada) regra teria ido subestimar o talento das compositoras femininas islandesas.

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  2. Anónimo08:54

    Acho que faz todo o sentido manter a regra

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  3. Anónimo10:19

    A regra só faz sentido se extensiva a outros setores da criação de uma canção. Durante a gravação do instrumental há tantos músicos do sexo masculino como do sexo feminino? Há tantos produtores quanto produtoras (antigamente, havendo uma orquestra, falar-se de orquestradores/as e maestros/maestrinas)? No final nacional atuam tantos intérpretes masculinos como femininos?

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  4. Anónimo11:27

    regra tola, bem bom que foi abolida. RG, keres dizer sobrestimar, não é filho?

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    1. Nao .quero mesmo dizer SUBESTIMAR=desvalorizar..No caso desta regra acho que iria questionar o talento criativo das mulheres da Islandia,ao ser necessario dar-lhes so pelo sexo 50% de quota no FC islandes. Acho que seria subestimar e nao sobrestimar.

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    2. FILHO? Nao,nem pensar! Vamos a manter as distancias...

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  5. Anónimo11:28

    A Greta Salomé é a única compositora do país?!?! Os outros é tudo maxo?!?! Não posso!

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    1. Pois!E assim so poderia haver 2 compositores a concorrer, a Greta (50%) e um compositor macho (os outros 50%). Viva a igualdade de oportunidades!

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  6. Creio ser a Islandia um pais onde a igualdade de oportunidades,direitos e obrigaçoes entre todos os cidadaos independentemente do sexo e orientaçao sexual e uma realidade.Para que,porque,seria necessaria entao uma regra favorecedora de um dos sexos,ou ate duma determinada orientaçao sexual?

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  7. Anónimo22:58

    O ideal seria convidar a compositoras femeninas e incentiva-las a participarem do certame!!

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  8. Anónimo08:55

    Infelizmente tem de haver uma regra dessas para que as mulheres não sejam completamente secundarizadas. Em Portugal, depois dessa regra, tivemos por exemplo algumas mulheres na politica, coisa que antes era qse inexistente

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  9. Num pais como a Islandia onde mulheres ascenderam aos cargos tanto de presidente da republica como de primeiro-ministro,nao me parece haver uma questao de secundarizaçao das mulheres. Feminismo OK, mas quando se trata de quotas percentuais,nem feminismo nem masculinismo.Acho eu.

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