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Ucrânia: Ani Lorak reage às críticas políticas

A representante ucraniana em Belgrado, Ani Lorak, quebrou o silêncio e reagiu às críticas políticas que tem sido alvo e que conduziram a um boicote e a uma violenta manifestação, nas últimas semanas.


Acusada por muitos de apoiar a anexação ucraniana por parte do governo russo, Ani Lorak tem sido alvo de duras críticas políticas, bem como tem sofrido um boicote aos seus concertos e assistido a violentas manifestações a favor da sua expulsão da Ucrânia. Toda essa agitação popular contra a aclamada cantora se deve a esta se ter deslocado a Moscovo, em maio, para receber dois prémios musicais, o que muitos viram como um 'apoio à anexação ucraniana por parte da Rússia', sendo inserida na 'lista negra' dos manifestantes em Odessa, como pode ver AQUI.

No entanto, a cantora quebrou o silêncio em que se refugiou nos dias seguintes à violenta manifestação em Odessa e utilizou a conta oficial no facebook para reagir às críticas. Numa carta aberta a todos os ucranianos e fãs, Ani Lorak afirma que ama a Ucrânia e distancia-se das decisões políticas tomadas pelos dois países em confronto, terminando a carta com um apelo à paz.

Aceda, de seguida, à carta de Ani Lorak na íntegra:
'Estou a escrever esta carta do fundo do meu coração. Mantive o silêncio por um longo tempo, o que provavelmente foi um erro, já que esta decisão foi usada contra mim. Agora gostaria de colocar os pontos nos i's e dizer o que realmente sinto.

Ultimamente o meu nome tem sido usado, em manifestações e nos media, associado a especulações políticas. Ao mesmo tempo, a minha posição como uma mera cidadã ucraniana não mudou: Eu amo a Ucrânia. Nasci na maravilhosa região da Bucovina e desde a infância que venho a aumentar este sentimento. O patriotismo não se mede por palavras, mas por ações. Nos últimos 20 anos da minha carreira musical tenho vindo a glorificar a Ucrânia em todo o mundo, representando o meu país em concursos e festivais, ganhando prémios e ajudando a transparecer uma imagem positiva da Ucrânia. A minha missão como artista é levar alegria e felicidade às pessoas através da minha música.

Não sou política. Nunca tive essa ambição. Tenho a certeza de que não se deve misturar dois universos tão distintos como as artes e a política. Mas isto tem acontecido, visto que os políticos têm usado o meu nome nos seus jogos sujos.

No dia em que o meu irmão foi morto no Afeganistão, enquanto realizava o seu 'dever internacional', o meu coração partiu-se em pedaços... E não parava de pensar: Porquê? E não conseguia entender. Trouxeram-nos um caixão de zinco com a ordem específica que não fosse aberta. Estive bastante tempo a escolher entre o amor e o ódio. Mas escolhi o amor... As pessoas pensam sobre o poder e o dinheiro, os jogos políticos de alguém... Eu penso em encontrar a resposta para a aquela pergunta: Porquê?

Eu fiz a minha escolha: transmitir o amor através da música. Servir as pessoas foi e será a minha escolha. Quando estou no palco em frente à plateia, o amor e a música une-nos. Quando eu canto, canto para todos, sem divisão ou polarização da sua nacionalidade ou religião, raça ou orientação sexual. Para mim, a audiência é composta por pessoas que amam o meu trabalho e canto para todos, sem divisões.

Ninguém tem o direito como deva amar ou apoiar o meu país! As minhas contribuições para a paz e a harmonia na Ucrânia, as ações de apoio aos ucranianos são feitas longe das câmaras de TV e dos holofotes. É feito como eu acho adequado e digno. Não peço que todos concordem com as minhas decisões, mas peço que respeitem a minha opinião. Porque a democracia, além de outras coisas, é o respeito pelas decisões dos outros. Os valores de um estado democrático ainda continuam a ser a vida humana, a família e a paz.

Por isso, nem a DNR, LNR, Sector Right ou Svoboda, têm qualquer direito moral para especular sobre o meu nome! Nenhum deles tem qualquer tipo de relação comigo para usufruir deste restrito direito. A minha voz é a paz! E eu peço paz para todos nós! Eu acredito que existem mais pessoas boas que más! E, mais cedo ou mais tarde, finalmente, o bem vencerá sobre o mal'

Recorde a participação de Ani Lorak no Eurovision Song Contest 2008, onde conseguiu o segundo posto com o tema Shady Lady, tendo recebido a pontuação máxima de Portugal:


Esta e outras informações também no nosso Facebook. Visite já!
Fonte: OIkotimes/AniLorakFB / Imagem: AniLorak
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  1. Bem haja Ani Lorak! Valeu apena ter estado em silencio,para pensar como expressar verbalmente aquilo que sente.Palavras sensatas e de BOA VONTADE.

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  2. Anónimo18:15

    Bem, tentou sair airosamente, e penso que conseguiu, se efetivamente sente o que afirma, isso já será outra questão.

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  3. Quanto a mim não se saiu assim tão bem...não negou o apoio à anexacao...ou seja se não negou é porque apoia...

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  4. Gostava q a Ani Lorak viesse condenar o q os separatistas pro-russos fizeram no dia da independencia da Ucrania-Fizeram desfilar nas ruas duma cidade por eles ocupada prisioneiros d guerra ucranianos para serem insultados e vilipendiados pela multidao nas ruas...Que mentalidade aquela!!!

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