"Madalena Iglésias foi das mais fulgurantes cantoras portuguesas e uma figura assídua no Casino como artista, onde foi sempre muito aplaudida e muito desejada, chegou a altura de a distinguirmos, reconhecendo uma carreia ímpar na música portuguesa que ultrapassou fronteiras", disse à Lusa fonte do Casino da Figueira da Foz, entidade que promoverá esta homenagem. O espetáculo conta com a participação, entre outros, de António Calvário, com quem Madalena Iglésias partilhou palcos, gravou duetos e se estreou no cinema, em 1964, em "Uma hora de Amor", de Henrique Campos. Os dois foram o par romântico de "Sarilho de fraldas", (1966), de Constantino Esteves.
Ao palco do casino figueirense sobem também no sábado à noite Lenita Gentil, Gonçalo Salgueiro e Maria Amélia Canossa, todos acompanhados pela Orquestra Santos Rosa, sob a direção do maestro Pedro Santos Rosa.
Uma carreira que terminou cedo demais
Madalena Iglésias, de 74 anos de idade, iniciou carreira no Centro de Preparação de Artistas, na ex-Emissora Nacional, e em 1966 venceu o Festival RTP da Canção com o tema "Ele e Ela", de Marco Canelhas. Na altura, a artista já se tinha apresentado em 1959 na televisão espanhola e em 1960 foi eleita por votação popular, através de subscritos, Rainha da Rádio e da Televisão. Em 1962 representou Portugal no Festival de Benidorm, que lhe abriu definitivamente as portas do mercado internacional. Realizou digressões por Espanha e pela América do Sul, gravou para a discográfica Belter e concorreu a diferentes festivais internacionais, como o Palma de Maiorca e o de Aranda del Duero, que venceu em 1964. Casou-se em 1972, abandonou a carreira artística e foi viver para a Venezuela. Grávida de oito meses ainda fez um programa no Canal 4 da televisão venezuelana mas deixou de atuar até os seus filhos terem cinco anos de idade. Depois voltou a atuar esporadicamente na televisão venezuelana para fazer ocasionalmente um programa. Em 1987 mudou-se para Barcelona, onde vive actualmente.
Em 2008, em declarações à Lusa, a propósito da publicação da sua fotobiografia de autoria de Maria de Lourdes de Carvalho, a intérprete afirmou que sempre se sentiu perseguida pelo complexo da beleza, apesar de reconhecer que "estava à frente" do seu tempo. "O 'muito bonita' perseguiu-me toda a vida, criou-me o complexo de que fosse só isso. E, como tal, trabalhei que nem um animal, tentei superar-me, estudei, aprendi idiomas, fiz exames no Conservatório, para melhorar o meu trabalho e a mim própria como pessoa", evocou nessa altura. "Tinha o complexo da beleza e quis demonstrar que não era só pela beleza que tinha uma carreira internacional extraordinária, que passou ao lado dos portugueses". Em Atenas, por exemplo, ganhou a medalha de prata das Olimpíadas da Canção.
Para além de "Ele e Ela", participou nos seguintes seleções nacionais para o Festival Eurovisão da Canção: em 1964 com "Na tua carta" e com "Balada das palavras perdidas"; em 1965 com "Silêncio entre nós"; em 1966 com "Ele e ela", "Rebeldia" e "Caminhos perdidos"; e em 1969 com "Canção para um poeta".
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Fonte: NOTICIAS AO MINUTO, ESCPORTUGAL, LUSA / Imagem: GOOGLE / Vídeo: YOUTUBE
devia ter ganho nesse ano.
ResponderEliminarQue bom ela nao tar esquecida
ResponderEliminarEla é uma das melhores! Ímpar!
ResponderEliminarEle e ela é uma canção intemporal
ResponderEliminarMadalena foi sem duvida uma figura notavel da musica ligeira portuguesa na decada d 60 ,mas CARREIRA IMPAR!?!? Ja na decada d 50 e depois nas decadas seguintes AMALIA RODRIGUES,ela sim,foi IMPAR a nivel mundial e na actualidade Marisa,Ana Moura e Sara Tavares ultrapassam em IMPARIDADE Madalena .
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