Inês Santos foi ontem convidada de Joana Teles no programa "Há Conversa" da RTP Memória. A participação da cantora na Eurovisão de 1998 não ficou de fora da conversa, chegando a cantora a afirmar que recusou dois dos três convites para participar no Festival da Canção e que não descarta uma futura participação, mas "mais em satisfação pessoal".
Inês Santos, representante de Portugal no ESC1998, foi a convidada de Joana Teles no programa "Há Conversa" que foi emitido ontem pela RTP Memória. O lançamento do livro Não Me Roubes a Alma figurou no inicio da conversa entre a jurada dos ESCPortugal Awards e a porta-voz de Portugal nas suas duas últimas participações no ESC, mas a participação na Chuva de Estrelas e no Festival da Canção e Eurovisão não ficaram de fora.
Inês revelou que não foi sua a ideia de rapar o cabelo para imitar a Sinead O'Connor, mas sim uma "ideia maluca do Fernando Martins", mas que a cantora resolveu levar para a frente, tendo vencido o concurso e marcando a sua carreira musical. Dois anos depois, a cantora venceu o Festival da Canção, tendo revelado que "recusei dois convites pois achava que as canções não eram fortes nem representavam a nossa cultura, e para mim a Eurovisão deve ser um encontro de culturas, como era na altura em que eu participei...".
Mostrando-se muito satisfeita com o resultado obtido, que continua a ser o melhor resultado português desde 1996, referiu ainda que "deve-se ir lá fora, com o BI no bolso, e mostrar aquilo que somos pois é isto que nos diferencia dos outros". Sobre uma possível participação, a cantora não descarta a hipótese, "voltaria se a canção levasse a nossa cultura identidade (...) mas estaria e estarei preparada e iria mais por uma satisfação pessoal", mas demonstra que o concurso perdeu a sua essência, "a Eurovisão é atualmente muito comercial".
Inês revelou que não foi sua a ideia de rapar o cabelo para imitar a Sinead O'Connor, mas sim uma "ideia maluca do Fernando Martins", mas que a cantora resolveu levar para a frente, tendo vencido o concurso e marcando a sua carreira musical. Dois anos depois, a cantora venceu o Festival da Canção, tendo revelado que "recusei dois convites pois achava que as canções não eram fortes nem representavam a nossa cultura, e para mim a Eurovisão deve ser um encontro de culturas, como era na altura em que eu participei...".
Mostrando-se muito satisfeita com o resultado obtido, que continua a ser o melhor resultado português desde 1996, referiu ainda que "deve-se ir lá fora, com o BI no bolso, e mostrar aquilo que somos pois é isto que nos diferencia dos outros". Sobre uma possível participação, a cantora não descarta a hipótese, "voltaria se a canção levasse a nossa cultura identidade (...) mas estaria e estarei preparada e iria mais por uma satisfação pessoal", mas demonstra que o concurso perdeu a sua essência, "a Eurovisão é atualmente muito comercial".
Aceda ao programa na íntegra AQUI e recorde a participação de Inês Santos, inserida nos Alma Lusa, no ESC1998:
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Fonte e Imagem: RTPMemória
essa do "nem representavam a nossa cultura" já é a carne assada mais assada e corriqueira que esses artistas usam sempre como desculpa à sua pouca projeção
ResponderEliminarConcordo mas tenho que reforçar que é verdade que todo o espirito português de que a participação portuguesa na Eurovisão seja espelho da nossa cultura musical e da nossa identidade. E verdade seja dita: nos nao temos de modo algum a cultura musical pop comercial que funciona em tantos outros paises no sentido "anglofono" do termo. Simplesmente não é quem somos: era o ideal na cabeça de muitos fãs eurovisivos tugas mas ... temos que pensar na consciencia de que esse espectro musical apenas não se traduz na nossa lingua ou identidade musical. Resulta nos paises escandinavos e noutroa paises europeus ocidentais mas cá não! O etnico balcã é apreciado mas acima de tudo destaca-se pelo apoio dos paises balcãs (os bons resultados da Bósnia e da Sérbia com baladas étnicas denotam isso) e depois o irrante (para mim) etno-pimba grego-turco ... do qual nem vou perder tempo a comentar: apenas dizer que resulta quer ser bom ou mau! Nada disto faz parte de nós musicalmente: não valorizamos o nosso pimba (porque é mau!) e efetivamente somo um pais que trata de musica como algo sério! Isso em Eurovisão raramente acontece por isso: como podemos concorrer a algo que nada tem a ver conosco?
ResponderEliminarA Eurovisão tornou-se sim mais comercial ao ponto do espalhafato: mas é esse lado burlesco/barroco sem qualidade sem uma ponta de seriedade ou preocupação pela musical a concurso, que agrada aos fãs: quanto mais piroso mais show a Eurovisão e é isso que eles todos querem: um show, um motivo para pular, saltar , gritar ... fazer a festa ... como se fosse uma gala de premios MTV ou um concerto. O concerto ou a festa ficam arruinados quando a canção preferida (normalmente a mais pirosa) não vence ... e o show vira controvérsia de "pontos roubados" e criticas negativas em forma de chuva lol
ResponderEliminar@ "e efetivamente somo um pais que trata de musica como algo sério!"
ResponderEliminarQUAC!
e o que representa a nossa cultura? fado?
ResponderEliminarEu sei que fado é muito importante para portugal mas para a eurovisão não. É por Portugal não apostar em POP que agora nem conseguimos passar à final.
E porque não fazemos como a Alemanha? A língua alemã é muito falada na Europa, e mesmo assim na eurovisão cantam em inglês, o russo também é muito falado e mesmo assim cantam em inglês e conseguem um top5.
A franca e a Espanha pouco se importam porque são do big5, logo podem levar músicas horríveis e da própria língua que ficam na final.
A Itália consegue bons resultados porque levam músicas magnificas, músicas que jamais portugal irá levar na sua própria língua. E o italiano é uma língua muito linda, mas mesmo assim a itália no televoto e super prejudicada, o que salva é o juri.
Portugal devia apostar em POP inglês/português ou mesmo apenas inglês tal como os paises nórdicos, porque agora é o tipo de musica que consegue um top5 na eurovisão.
Podem criticar este comentário mas é das mais puras verdades.
@Anónimo das 01:51:
ResponderEliminarMuito bem dito, amigo (a)! Nunca te criticarei! Tocaste bem na ferida! Se estivesses aqui levavas já um grande beijo e um abraço. Esses pseudo fãs não sabem o que dizem quando vêm com o raio da cultura e do fado.
Goste-se ou não de Inês Santos (eu não tenho motivos nem para uma coisa nem para outra) o que ela diz a propósito de interpretar músicas e textos que não lhe dizem nada, não lhe caiem no goto, tem toda a razão de ser.O ganho com a participação no festival é muito pouco para chegar lá sem ter prazer nenhum.
ResponderEliminarAnónimo das 01:51, grande comentário. Se queremos realmente uma boa classificação, não podemos, constantemente, levar fado ou pimba português. Há que levar pop, mesmo que seja cantado em inglês. Só assim podemos aspirar a vencer uma edição do ESC.
ResponderEliminaranónimo das 16.26: conheces alguma canção POP feita em Portugal e que pudesse trazer um bom resultado no ESC?
ResponderEliminarCaro anónimo da 1:51
ResponderEliminarPelo facto de se achar que Portugal poderia estar representado por um fado (algo que, por sinal, nunca aconteceu, mas que pode haver quem deseje) não se tem de ser "pseudo fan" - pode ser-se fan, sim, apenas com um ponto de vista diferente do seu. Pessoalmente acho que se se optar por uma canção pop se deve cantá-la em inglês, mas também acho que é um tipo de música que os compositores portugueses, em geral, não fazem de forma internacionalmente cativante. Podemos admirar Áurea ou David Fonseca (sendo que, neste segundo caso, há falhas graves no inglês das letras), mas, queira-se ou não, internacionalmente têm muito menos reconhecimento do que certos nomes do fado. O ESC Portugal apresenta regularmente uma (bastante completa) agenda de atuações de cantores "eurovisivos" portugueses. Se se apresentasse uma lista idêntica de atuações de cantores portugueses no estrangeiro ("eurovisivos" ou não), em espetáculos não exclusivamente do âmbito da emigração, muito poucos seriam os nomes fora da área do fado a serem mencionados. Quanto a Inês Santos, não sei como é que um 12º lugar entre 25 participantes é melhor do que um 13º (2008) ou um 15º (2009) quando havia muito mais canções a concurso. A ser assim, o 12º lugar de Eduardo Nascimento (1967) entre 17 teria sido uma das melhores classificações portuguesas. A cada um sua matemática...
Isto que vou dizer é apenas mais uma opinião como tantas outras, sem nenhuma intenção de querer provar coisa nenhuma mas permitam-me discordar de quem menciona este ou aquele tipo de música que mais conviria a Portugal apresentar no mediático Festival das cantigas patrocinado pela Eurovisão. A começar pela própria designação Eurovision Song Contest ou Concurso de Canções da Eurovisão que não refere nenhum modelo de canção nem sequer, por aquilo que eu sei e tenho assistido, faz parte dos seus regulamentos a obrigatoriedade de competir com determinado estilo de música. Assim como nós portugueses, e não só, temos que aturar no caso de não gostarmos o folclore ou o pop rock que os outros países apresentam, e que também na maioria das vezes é ignorado no decorrer do concurso, porque não hão-de esses mesmos países aturar a música portuguesa para uns boa e para outros má ou sofrível? Não podemos estar sempre com a obsessão no pensamento de que só importa participar para ganhar e conseguir uma grande classificação. O que interessa é que fiquemos satisfeitos com o resultado do produto apresentado e o empenho e a entrega revelados durante o espectáculo. Isso vale muito mais do que uma boa posição na tabela com uma composição da qual quase ninguém gosta.
ResponderEliminarAnónimo das 16:36: não vou estar a especificar com canções, mas, a meu ver, há artistas que, com uma boa letra, desempenhariam um bom papel. Já sabemos que ganhar é praticamente impossível, já que os países do leste da Europa votam entre si, deixando países como Portugal ou Espanha com hipóteses reduzidas de ganhar, no entanto, era possível fazer com que os portugueses saíssem orgulhosos com a música que apresentaram.
ResponderEliminarNo género POP, temos o exemplo do Filipe Pinto, vencedor da edição 2009 do "Ídolos", a cantora Ana Free e, também, KIKA, com apenas 15 anos, (só que esta última apresenta um POP mais comercial).
Por sua vez, dentro do género ROCK, há também algumas hipóteses: Linda Martini, Ornatos Violeta ou até mesmo Xutos e Pontapés.
Mas claro que isto é apenas o meu ponto de visto. Eu respeito as opiniões dos outros, por isso agradeço que respeitem as minhas.
Eu ainda so me pergunto: porque razão havemos de sofrer por Portugal participar/nao participar e ganhar/nao ganhar a Eurovisão? Poque isto ha de ser um tema tao dramatico e tao debatido ao ponto do quase absurdo? Se a Eurovisão ainda fosse algo musicalmente credivel ... Nao podemos gostar do que temos sem depender da ideia de que "isto ou aquilo" resultaria na Eurovisão? Dependemos desta necessidade para que mesmo? Sentimento de inferioridade tuga face ao resto da Europa?
ResponderEliminarobrigado a todos que gostaram do meu comentário, mas eu apenas falei a verdade (:
ResponderEliminarPortugal tem que levar pop, e no palco do esc levar dançarinos e aproveitar os efeitos do palco aquelas luzes, aqueles fogos, aqueles ventos etc.
No esc 2012 muitos países que foram à final usaram isso e portugal não, apenas tinha uma cantora e 5 pessoas do coro atrás, super secante. Acho que nunca vi portugal a usar aqueles fogos por volta do palco, apenas vi a usar vento no esc 2010 e 2008.
A suécia no esc 2012 logo a começar já tinham luzes e efeitos para fazer a canção euphoria muito boa em palco e principalmente na televisão, (eu quando vi na rtp vi logo que a euphoria ia vencer, e portugal nem passava à final) nos resultados da semi final nunca mostraram a cantora portuguesa, mostraram todos os cantores menos a representante de portugal.
Agora no esc 2013 a cantora não estava dos seus melhores dias para cantar mas mesmo assim ganhou, e sinceramente amei aquela parte em que começa a chover cenas do ar.
Por isso eu defendo, canção POP e ingles, uso de efeitos no palco para fazer um magnifico show no palco esc e conseguir um bom resultado para Portugal
Não critiquem meu comentário é a minha opinião
Anonimo das 1:51.
Caro anónimo da 1:51
ResponderEliminarO que critiquei não foi a sua opinião (absolutamente respeitável) e ter direito a expressá-la. Foi sim ter escrito (e essa parte do seu comentário da 1:51 foi agora retirada) que os "pseudo fans" (expressão sua) queriam um fado no ESC. Não são "pseudo fans": são fans com uma opinião doferente da sua, que também gostariam de ver respeitada. Se deseja tanto (e tem razão) ver a sua opinião respeitada e até aceite e se não deseja que critiquem os seus comentários (considera-se, portanto, acima de qualquer crítica), por que razão foi agora apagada essa parte do seu comentário da 1:51?
@anónimoo das 17.21
ResponderEliminarExcelente comentário. Se estivesses levavas um beijo e um abraço. Só falaste a verdade. Portugal devia comprar uma canção a um dinamarquês ou a um inglês, como fez a Alemanha, ou a uns suecos, como fizeram os azeris, ou a um americano, como fizeram os russos. E depois muito vento no palco e cenas a chover, como dizes. Só assim os resultados melhorariam. Será possível que haja quem te critique, tu que não criticas os comentários de ninguém e só dizes a mais pura das verdades?
obrigado anónimo das 09:54, infelizmente anónimo das 19:14 eu não entendi seu comentário, como assim foi apagada uma parte do meu comentário? Eu nem consigo apagar comentários. E eu não falei nada de pseudo-fãs ou coisas do género, por isso não invente.
ResponderEliminarComo pode ler a cima no meu comentário das 1:51 (que está tudo o que eu escrevi), eu apenas falo que portugal deve levar POP, e não musicas de origem de fado.
No meu comentário das 17:21 eu apenas falei que portugal devia aproveitar os efeitos de palco porque isso atrai mais votos.
Não concordo consigo quando diz que Portugal nunca levou fado ao esc como diz no comentário das 16:40, desfolhada portuguesa de Simone de oliveira é puro fado e teve um mau resultado.
ASS: anónimo das 1:51 e das 17:21
Ou seja Portugal, resumindo e concluindo, tem que ser igual aos outros e jogar o mesmo jogo, ... fazer espalhafato só para conseguir votos. Nao importa a qualidade musical, importa sim as maquinas de ventos, neve artificial a cair, muitos bailatinos semi-nus raios e pirotecnias em todaas as direcoes e sentidos, um vestido que se levanta com efeitos de luzes e cores,etc etc etc ... Show?? E a musica no meio disto td onde está? Ninguém canta? E canta o que? Uma letra em ingles que ate um miudo de 10 anos percebe? E quem tem voz para cantar POP? So se for playback como faz a Rihanna ou a Britney Spears. Por isso ... é isso que se quer deste país na Eurovisão? Fazer a mesma figura de urso que os outros fazem so por uns miseros pontos? Com que objetivo? Nenhum claro ... Eu pergunto-me: eurofãs sao fãs de que mesmo? De um show? Ou de música?
ResponderEliminarDesfolhada Portuguesa "puro fado"? Como? Só por ter uma guitarra, audível apenas na última terça parte da canção? Ó anónimo da 1:56, perceba que por haver guitarra não te tem um fado! As canções de 1976, 1987 e 2012 também tinham guitarra no arranjo e de modo algum eram fados (o próprio Carlos do Carmo sempre deixou claro que, na seleção de 1976, só havia um fado e ficou em segundo lugar). E quanto ao festival de 1969, nem mesmo a canção de
ResponderEliminarMaria da Fé era um fado, quanto mais a Desfolhada... Repare só no final da canção: como é que aquilo podia ser um fado? Já ouviu um fado terminar assim?
Própria simone de oliveira diz que a sua música a desfolhada é fado , lol
ResponderEliminar10:01 eu prefiro muito mais ver portugal num top5 com um bom Pop e uns bons efeitos de palco do que na semi final com musicas de balada chatas e secantes sem algum efeito de palco.
ResponderEliminarAnónimo das 10:01, na minha opinião, eu e alguns utilizadores deste site, não defendemos a utilização única e exclusiva de grandes efeitos de palco para dar um grande show, mesmo que isso implique usar músicas com um inglês básico. O objetivo não é ser igual aos outros. É necessária uma alteração mais profunda em várias vertentes.
ResponderEliminarEu defendo que é preciso inverter a tendência portuguesa na Eurovisão de apostar constantemente nos mesmos tipos de música, que diga-se, não têm trazido resultados positivos.
Fez algum sentido levar os "Homens da Luta" em 2011? Fez algum sentido levar a Filipa Sousa (que cuja música denotava influências da música tradicional portuguesa e do fado) em 2012? Fez algum sentido levar o pimba da Sabrina em 2007???
Nos últimos anos, em termos de participação, talvez se possa destacar pela positiva a Vânia Fernandes (que, pelo menos, foi diferente do que estávamos habituados e conseguiu um 2ºlugar na semi-final e um 13º na final).
Por isso, é que estou a favor de uma inversão das tendências, com a utilização do POP ou do ROCK. Em Portugal não existem nomes sonantes nestes géneros de música, sim é verdade, no entanto, com uma boa letra e tentando-se sempre evitar um POP demasiadamente comercial, penso que é possível alcançar um resultado honroso, do qual todos nós nos possamos orgulhar.
Os efeitos de palco vêm por acréscimo, sendo que dão um certo ênfase à musica. A língua inglesa também pode ser usada, uma vez que já praticamente nenhum país usa a sua língua materna. Por fim, na minha perspetiva, é necessária a alteração dos processos de seleção interna da canção, utilizando-se critérios dotados de rigor e precisão na seleção dos representantes portugueses.
O que é verdade é que as estatísticas dizem que Portugal é o país que que participa há mais tempo sem ganhar uma edição do ESC e, para além disso, nunca terminou no top 5.
Como isto não é motivo de orgulho é que considero necessária a tal mudança nalguns aspetos. Isto não é para ser igual aos outros, mas sim alcançar uma boa classificação, ainda melhor que o 6º lugar em 1996 conseguido pela Lúcia Moniz.
Mas claro que é apenas o meu ponto de vista e eu respeito aqueles que têm uma opinião contrária.