A informação surge num documento oficial a que o Correio da Manhã (CM) teve acesso. Questionado pelo jornal, o grupo público não fez comentários, ficando por explicar a que se deve este montante obtido em "juros e rendimentos".
A RTP não fala também sobre o destino destes lucros. Ou seja, não revela se este será entregue ao acionista, o Estado, se será utilizado para a gestão corrente ou para o pagamento de dívida. Curioso é o facto de o lucro ser praticamente igual ao valor que a RTP irá pedir à Banca para a sua reestruturação (42 milhões), sendo que mais de 30 milhões são para pagar rescisões de contrato.
Nos custos, a grelha deverá passar dos 75,6 milhões neste ano para os 77,2 milhões em 2016. Já os Fornecimentos e Serviços Externos devem cair de 40,9 milhões para os 35,9 milhões. Maior queda será com os gastos com pessoal, que devem diminuir 21,1 milhões de 2013 para 2014, mantendo-se estáveis a partir desse momento.
Fonte e Imagem: CORREIO DA MANHÃ
Por isso é que os argumentos de que a RTP não tem cheta e por isso nao fez o FC... são tretas!
ResponderEliminarO problema do ESC em Portugal não é a falta de dinheiro, mas sim a falta de criatividade de compositores, letristas e produtores
ResponderEliminarSe este site não fosse alusivo aos festivais, eu até interpretaria o artigo noutro sentido ... mas a questão é "let's cut to the chase"´ainda há muita pulga por detras de muitas orelhas que se sentem afixiadas como se fosse o fim do mundo por Portugal não participar este ano no ESC. Eu entendo duas coisas: nao ha vontade em gastar dinheiro nisso ... e contra isso podemos escavar buracos no chão para despejas a nossa raiva que tal nao mudará nada .. mas mais importante ainda do que o dinheiro: a falta de motivação e criatividade musical que se adeque a um concurso como a Eurovisão.
ResponderEliminarA nossa mentalidade musical sempre será a musica politizante ou a noção de que musicos só sao aqueles que fazem parte de uma banda e tocam instrumentos. O interprete hoje em dia (exceto na TVI) é colocado para segundo plano e visto como menos credivel do que um musico instrumentalista. Temos uma abordagem por vezes demasiado deprimente e excesssivamete seria ... e isso são duas coisas que não se encaixam num concurso como a Eurovisão de hoje.
Mas o que me parece mais hipocrita é que num pais que durante tantos anos sempre rebaixou a dita musica popular portuguesa inclusive o "pimba" ... agora já se revela mais aberto a tal pois seria divertido na Eurovisão. E só de penssr que Australianos que há mais de 20 anos que vem o ESC afirmam gostar dele pois mostra, segundo eles, uma Europa parola e kitsch ... ao qual eles acham piada. Bela imagem que realmente queremos passar para o resto do mundo. Ja basta sermos uma Europa tao diversa culturalmente que nao demonstra muito interesse nas diferencas que a enriquece.
Eu prefiro gastar dinheiro em algo que não me envergonhe para ser sincero. Portugal não é inferior aos outros ao não participar por isso que se acalmem as almas patroticas atormentadas :) Para isso ja temos a Turquia a chorar como as criancas mimadas. E isto é um concurso de canções (o uso do termo "festival" realmente tem descrito o certame no sentido errado) e não uma plataforma de egos patroticos e politicos em que pais x tem que se sentir superior a pais y ganhando o concurso.
Anónimo das 17:14: este site é de facto dedicado à Eurovisão, mas a notícia não é deles: é do Correio da Manhã (como está lá escrito). E, sim, por principio, e se este site é dedicado ao ESC, é natural que todos os que aqui vêm querem que Portugal volte ao ESC. Mas não necessariamente com esse trauma todo
ResponderEliminarA verdade aqui é que há muitos fãs do ESC que não percebem como se gasta rios de dinheiro em opções de qualidade duvidosa, e depois não sobra um montante mínimo para uma representação com dignidade num evento que apesar de kitch, é histórico, e constitui uma plataforma de projecção de idiossicancrasias culturais e manifestações de diversas identidades. A verdade é que, se a aposta fosse feita com objectivos focados e concretos, os novos mercados emergentes do leste da Europa podiam ser espaços a conquistar por música portuguesa de qualidade, e até nos páises nórdicos haveria outro entendimento da cultura portuguesa. Mas eu diria que o erro está na estratégia a montante, e não tanto em questões de cabimentação orçamental...
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