Os The Agency (FC2010) falaram em exclusivo ao ESC Portugal. O FC2012 já está em andamento e amanhã serão revelados os nomes dos escolhidos para o certame. Embora não tenham concorrido este ano, os The Agency gostavam de voltar ao concurso, embora achem que tal não acontecerá tão cedo e, entre outras coisas, defendem um maior peso do voto do júri nacional para combater o voto parcial do público. Fique então com toda a entrevista aos The Agency, seguida da sua prestação no maior FC de sempre que decorreu no Campo Pequeno e que contou com 2 semi-finais, não sem antes agradecer à banda por toda a disponibilidade que teve com o site eurovisivo português!
"No geral achamos bem as musicas serem produzidas internamente e que se escolha com base na interpretação dessas musicas a melhor combinação talento vocal/musical.
Achamos que a votação online não só não é justa como pode gerar problemas técnicos que por sua vez geram fricções que põem em causa a integridade do sistema.
Gostaríamos de voltar a participar sim, embora nos pareça que tal não vá acontecer. No entanto foi coisa que já foi falada muitas vezes, inclusive juntando aos Agency uma outra participante feminina.
Concordamos com o sistema de televoto + júri nacional se os pesos de cada um forem desiguais. Pensamos que o júri nacional deveria sempre ter mais peso que os televotos. Sempre foi assim na história do Festival da Canção e nunca houve questões sobre isso. De qualquer modo pensamos que a participação do público é sempre positiva e essencial. O problema do televoto é que não é imparcial. A grande maioria dos votos são feitos pelos "amigos" dos concorrentes, logo, quem tem mais amigos tem mais votos. O termo "amigos" aplica-se a qualquer circunstância em que os indivíduos se identificam com o concorrente, por exemplo, serem do mesmo local do país. Portanto achamos que a qualidade da música e/ou do concorrente não é, de facto, importante na maioria dos casos devido a isto. Falando do nosso caso (sem qualquer rancor nem atrito pois tínhamos noção que tal poderia e muito provavelmente iria acontecer), o júri colocou-nos em 2º lugar e, julgo eu, por não sermos tão (nem sequer um pouco) conhecidos como os outros concorrentes caímos para penúltimo lugar. O nosso exemplo contrasta por exemplo com o dos Homens da Luta onde se verificou o inverso. Visto que estamos a falar da escolha da representação do país, faz sentido que o país vote, mas corremos depois o risco do que já aconteceu várias vezes, o país vota no que gosta ou acha piada, e não vota com a consciência daquilo que fora do país possa funcionar, pois no fundo, temos que cativar é os de fora e não os de dentro. A malta hoje quer é música moderna...
A situação económica é má para qualquer país e mesmo assim se irá realizar o Eurovisão. Tudo se faz, com mais ou menos contenção de custos tudo se faz, tudo se resolve. Não há nada que cale os cantores e artistas!"
Fonte: ESC Portugal, The Agency / Imagem: The Agency
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Gostei muito da prestação deles. Contudo. júri e público, nenhum deles é a solução perfeita para eliminar a polémica. Há sempre pretexto para muito descontentamento no respeitante às escolhas de uns e de outros, nunca irá reunir consenso. Logo, 50%-50% parece-me ser o mais justo. Nunca todos estarão satisfeitos, seja como for. Quanto à questão dos homens da luta, foi o público, mas também o júri que os levou lá fora. Não esqueçamos que o júri os colocou num relevante 4ºlugar, dando-lhes, desta forma, mais pontos que a outras prestações consideradas mais... hum, digamos, "politicamente corretas"... Logo, duvido muito que a solução para o problema resida em atribuir mais peso ao voto do júri (com a agravante de esse júri ter muitos elementos completamente alheios ao mundo da música)
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