Chegou agora a vez de apresentar-mos outra candidata a Maravilha da Eurovisão. Desta vez seguimos para o Luxemburgo para conhecer France Gall, que encantou o certame em 1965 acabando por o vencer com o tema "Poupée de Cire, Poupée de Son". Se acha que France Gall merece ser Maravilha da Eurovisão, vote na sondagem ao lado, mas se tem dúvidas leia a sua biografia e veja a sua prestação no ESC 1965.
“A cantora France Gall nasceu Isabelle Geneviéve Marie Anne Gall em 09 de Outubro de 1947, em Paris. Seu avô foi co-fundador de uma associação de jovens cantores chamada "Pequenos Cantores da Cruz de Madeira". Sua mãe, Cecília, também foi cantora, e seu pai, Robert Gall, ficou famoso por ter escrito composições para artistas como Charles Aznavour e Edith Piaff. Apesar de pertencer a uma família de músicos, France Gall provou desde muito cedo, que também tinha sua cota de talento. Ainda na infância aprendeu a tocar piano e violão. E na adolescência montou uma banda com seus irmãos. Aos quinze anos, encorajada por seu pai, lançou seu primeiro single "Ne sois pas si Bete", já com o nome de France Gall. Foi um estouro na França, vendendo 200.000 cópias. Incentivada por este sucesso, a artista decidiu abandonar a escola e se dedicar apenas a carreira musical. Em 1964, publicou seu segundo álbum "Sacré Charlemagne", com um repertório composto por seu pai. O disco fez tanto sucesso que, na época, preocupou os empresários de suas colegas concorrentes Sheila e Sylvie Vartan. Um ano depois ela foi convidada pelo lendário Serge gainsbourg para cantar ao seu lado no concurso "Eurovision Song Contest" representando o Luxemburgo, que aconteceria em Março na cidade de Nápoles. O certame foi transmitido para uma plateia de 150 milhões de pessoas e a dupla venceu com a canção "Poupée de Cire, Poupée de son". Á semelhança de outras canções, esta também caiu no gosto popular. Depois deste evento, Gainsborg gravou com ela um repertório que teria como carro-chefe a música "Les sucettes". Sobre o álbum, os críticos da época, falaram que embora as letras fossem explicitamente inocentes, eram implicitamente eróticas. Por causa das suas constantes críticas, France Gall decidiu se afastar do seu amigo, embora reconhecesse que ele foi muito importante no impulso de sua carreira. Na década de 70, ela conheceu aquele que seria o seu futuro marido e o responsável pela fase mais produtiva de sua vida artística: Michel Berger. Inspirado nela o compositor escreveu inúmeras canções que foram sucesso de público e de crítica. "France Gall", o primeiro dos álbuns da cantora, assinado por Berger, foi lançado em 1975 e tinha canções que se tornaram clássicos como "la déclaration", "Samba Mambo" e "Comentário lui dire ? ". Juntos os dois fizeram inúmeros shows como o programa "Starmania", um musical criado por ele, no Canadá, em colaboração com o também compositor, Luc Plamondon. Além de cantar juntos, eles também se dedicaram a causas humanitárias como o lendário concerto "Feed the World" que tinha o objectivo de angariar fundos para as vítimas da fome na Etiópia. Além do notável casal também estavam presentes no evento artistas ingleses e americanos. Depois da morte precoce de Berger em 1992, com apenas 44 anos, ela pensou em parar a carreira, mas decidiu usar a música para superar a depressão. Eles tiveram dois filhos, Pauline e Rafael. Pauline, faleceu em 1997, aos 19 anos. Depois de tantas tragédias em Dezembro de 2001, a Polydor lançou um box com 74 canções que foram sucesso na década de 60. Os hits abrangem desde a célebre "les Sucettes" de Gainsbourg a desconhecida "Nefertiti". Todas lembrando, a France Gall que foi célebre nos anos dourados da música. Em 2004, uma nova compilação da artista foi lançada e baptizada com o nome de "Evidemment", que continha três CD’s com 56 títulos e fotos inéditas. Actualmente, France Gall milita contra a violência doméstica, causa que abraçou em 2006.”
Ela não é nada luxemburguesa, é de Paris e o próprío nome diz: França Galo.
ResponderEliminar