[DIRECTO] ESC Portugal nos ensaios do Festival da Canção

Os ensaios para o Festival RTP da Canção 2011 estão prestes a começar e, mais uma vez, o ESC Portugal vai acompanhar, em directo e ao vivo, tudo o que acontece no palco do Teatro Camões.

Embora estejamos conscientes da grande expectativa e curiosidade dos leitores, o ESC Portugal não vai divulgar videos dos ensaios, por razões técnicas. Mas vamos partilhar, como de costume, em primeira mão, e em tempo real, as nossas impressões sobre as actuações.

O início dos ensaios está previsto para as 14:00 horas (ou talvez 14:30h...). Fique por aí!

Primeiras fotos do palco daqui a nada na nossa página do Facebook!

Os ensaios vão começar a qualquer momento. Axel é o primeiro.

Como prometido Axel é acompanhado em palco por um DJ, um acordeonista e três bailarinas/ coristas com bombos. É evidente que a equipa de Axel está a conter-se na parte da coreografia, mas os novos arranjos e a segunda parte da canção são bem mais impactantes do que a maquete fazia prever. Axel está, como habitualmente, muito à vontade e descontraído em palco, vocalmente seguro e promete um bom espectáculo na noite de sábado.

As 7 Saias são as próximas a subir ao palco.

Naturalmente em palco só estão seis das 7 Saias. Três delas na frente são responsáveis por uma prestação vocal que, apesar de algumas dificuldades iniciais,parece sólida. Os novos arranjos dão à canção uma profundidade maior e mais força, mas a segunda parte do tema não traz grandes diferenças. Fica-me a impressão de que este tema fica aquém do seu potencial. A distribuição dos elementos em palco e uma actuação pouco dinâmica, a avaliar pelo que podemos ver, deixa as 7 Saias a alguma distância de propostas semelhantes em edições anteriores do Festival. Até sábado tem por onde melhorar.

Carla Moreno é a próxima a ensaiar.

Goste-se o não de Sobrevivo, uma coisa é inegável: Carla Moreno tem um vozeirão! O tema mantém, no fundamental, o registo que escutámos na maquete, embora naturalmente mais polido. Carla Moreno actua em cima de uma pequena plataforma e é acompanhada por duas coristas, uma bailarina e dois bailarinos. A coreografia, em que participam todos os elementos, segue o estilo bem eurovisivo, mas sem excessos, que a canção pede. Comparada com a proposta apresentada pela equipa Babic/Coelho no ano passado, esta apresentação é bem mais profissional e muito melhor conseguida. E tem uma key change capaz de satisfazer os fans de schlager mais exigentes. A seguir com atenção!

Dentro de minutos é a vez de Nuno Norte subir ao palco.

Nuno Norte é acompanhado por guitarra portuguesa, violoncelo, bateria e guitarra. A avaliar pela música deverá entrar também um acordeão, que hoje não está presente. Os novos arranjos e a segunda parte da canção são, de facto bastante fortes. Embora contida em alguns momentos, a prestação vocal do Nuno Norte é impressionante. A força da orquestração resulta muito bem ao vivo e transmite uma vibração bastante intensa à plateia. Se o resultado for idêntico no pequeno ecrã, vai com certeza dar luta.

Rui Andrade é o senhor que se segue.

A julgar pelo minuto e meio da maquete este seria uma tema fácil para o ouvinte. Mas a segunda metade da canção desvenda algo diferente: a melodia acaba por seguir algumas linhas inesperadas e nem sempre coerentes, e o final é particularmente confuso. Pessoalmente fica-me uma sensação de estranheza ao fim da actuação, e a avaliar pelas caras que me rodeiam não sou o único. O Rui está sozinho em palco, (pelo menos por hoje), e se nas notas mais exigentes é brilhantes, no registo mais baixo deixa transparecer um ligeiro desconforto. Nada de grave, no entanto, e esta não deixa de ser uma actuação que pode marcar.

Chega agora a vez de Henrique Feist

Já na entrevista que publicámos esta manhã Henrique Feist tinha levantado a ponta do véu sobre a presentação em palco de Quase a voar, e cumpre o prometido. Nuno Feist assume o papel de acordeonista e Henrique lidera dois bailarinos e duas bailarinas. Coreografia e música encaixam na perfeição e o Henrique está neste tema como peixe na água. Resulta muito bem em palco e, com uma boa realização, pode resultar ainda melhor em televisão.

Wanda Stuart é a próxima a subir ao palco

A segunda metade de Chegar à tua voz é ligeiramente surpreendente, no bom sentido. Cumpre todas expectativas no que diz respeito à garra e à intensidade, e o dramatismo do início transforma-se, de facto, em força. A Wanda cumpre todos os requisitos a nivel vocal, e apenas o coro precisa de se fazer ouvir mais (creio que por razões técnicas) e talvez algum movimento no final pudesse resultar. A presença de bombos, na retaguarda, contribui para o dramatismo da cenografia. Fique com a sensação que foi a actuação que, até ao momento, teve a melhor reacção por parte da plateia. E mereceu-a!


Tânia Tavares já está a ensaiar.

A minha primeira reacção ao ensaio da Tânia é de perplexidade. Onde é que tem andado esta rapariga? Como é que é possível que ainda ninguém tenha aproveitados as capacidades desta cantora!? Para mim foi uma das melhores e mais bonitas vozes da tarde. A Tânia é acompanhada por quatro coristas femininas e pelo bailarino Tiago Careto. A canção tem um crescendo bastante significativo, no final, e a coreografia é tudo o que se esperar de uma power ballad como é o caso deste tema.

O próximo ensaio traz-nos Inês Bernardo.

Mais uma voz muito bonita. A apresentação em palco segue a linha clássica e elegante da canção: três coristas, um casal de bailarinos e a presença simpática da Inês Bernardo. Apesar da envolvência da canção e da voz da Inês, receio que a capacidade deste tema em agarrar os telespectadores seja muito limitada, o que é pena. Creio que esta é a estreia da Inês em televisão, pelo que seria importante garantir uma boa relação directa com a câmara.

A seguir é a vez de Filipa Ruas

Quem esperava uma actuação importada directamente do Melodiefestivalen, desengane-se. A apresentação de Tensão é um compromisso entre o schlager sueco e uma tradicional banda pop: um baterista, um teclista e um baixista; à frente a Filipa e as duas coristas são responsáveis por uma coreografia simples. Os novos arranjos enfatizam o lado mais electrónico do tema, o que não sei se será a melhor opção. A canção é altamente orelhuda e viciante, a actuação é competente, mas não sei se vai superar a concorrência directa.

Vêm aí os Homens da Luta.

O que os Homens da Luta prometeram, cumpriram. A versão final corresponde às expectativas e por isso vamos ter no palco uma canção de intervenção, saída da banda sonora de uma campanha eleitoral da CDU, mas com roupa nova. A prestação vocal é competente. Quanto à parte cénica apenas foram revelados os gráficos dos ecrãs led, com cravos vermelhos a apelar ao espírito de Abril.

Ricardo Sousa fecha o dia de ensaios

Ricardo Sousa interpreta este tema sem qualquer problema. No entanto mesmo os novos arranjos não conseguem trazer-lhe qualquer espectacularidade ou modernidade. A aposta numa linha tradicional prolonga-se à apresentação em palco. Quem gostava vai continuar a gostar. Quem não gostava não vai mudar de opinião.

E pronto, chegamos ao fim deste primeiro dia de ensaios. Amanhã estaremos de volta para o segundo dia, espera-se já com algumas definições mais precisas relativamente a algumas das canções concorrentes. Estaremos em directo do Teatro Camões a partir das 14:30h.

Fonte: ESC Portugal / Imagem(c): RTP