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O festival que (afinal) não caiu em decadência

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O Jornal i entrou no "mundo" da Eurovisão e fez uma reportagem sobre os fãs que todos os anos se deslocam à capital eurovisiva:


Todos os anos dezenas de portugueses acompanham ao vivo a final do Festival da Eurovisão. Tiram uma semana de férias e não perdem um ensaio

Logo à noite, quando Filipa Azevedo subir ao palco da Telenor Arena de Oslo, entre os 10 mil presentes estarão 60 portugueses de voz afinada para puxar pela concorrente lusa. Apesar de ter perdido a força - e o brilho - de outros tempos, o Festival Eurovisão da Canção ainda consegue mobilizar algumas dezenas de fãs, que acompanham as cerimónias ao vivo e não perdem pitada dos ensaios. São quase todos membros da Organização Geral dos Admiradores do Eurofestival (OGAE), uma espécie de clube de fãs com filiais em todos os países representados no evento. Em Portugal também há um, com cerca de 200 inscritos.

Esta é a quinta vez que Pedro Sá, um jurista da função pública, acompanha uma final do Eurovisão. Largou o emprego, meteu seis dias de férias e investiu mais de mil euros na viagem e no alojamento. Em nome da "música" e da "geografia". "Desde miúdo que vejo o festival. E desde muito novo que gosto de viajar", justifica este homem de 35 anos, que há mais de cinco se tornou fã oficial do OGAE português. "Já fui à Rússia, à Sérvia, à Finlândia e à Grécia", conta.

Na verdade, mais que a música é o convívio que o evento proporciona que lhe enche as medidas. "Muitos de nós já nos conhecemos de anos anteriores. Vir aqui é uma forma de estarmos juntos, como se de umas férias entre amigos se tratasse." Ainda assim, Pedro Sá considera-se um dos fãs mais moderados. Há quem parta com duas semanas de antecedência e acompanhe todos os ensaios e passeios organizados pelas comitivas. "Não faço isso porque também gosto de ter os meus dias de férias em Dezembro, no Natal", conta-nos o jurista.

No centro de imprensa, onde nos atende o telefone, Pedro aproveita para pôr os amigos portugueses a par das novidades de Oslo e navegar na net. Apesar de não ser jornalista, está a colaborar com a Rádio Alenquer através do envio de informações e discos. Não é o único: a maioria dos portugueses, embora não sendo profissionais da comunicação, está ao serviço de rádios e jornais locais. O acto de cortesia garante-lhes ao mesmo tempo um livre-trânsito para os espaços reservados aos fãs do festival: não apenas para a Telenor Arena, onde se realiza a final, mas principalmente para o Euroclub, uma espécie de discoteca que serve de ponto de encontro dos fãs de todos os países, e para o eurocafé.

À noite a festa é garantida. E se em edições anteriores, em Belgrado ou Moscovo, o álcool era barato, este ano é preciso improvisar: "Comprámos uma garrafas de gin no free-shop do aeroporto. Teve de ser, é tudo demasiado caro por aqui", conta o português.

Telemóveis de borla
O Festival da Eurovisão, que teve a sua primeira edição em 1956, já foi um dos mais importantes acontecimentos musicais da Europa. Em Portugal, as emissões da RTP faziam o país parar, oferecendo aos participantes carimbo de artista e o sucesso praticamente garantido. Hoje o evento quase caiu na irrelevância. Não garante audiências milagrosas nem vende discos - a última participação portuguesa a conseguir uma carreira foi Sara Tavares, que conquistou um oitavo lugar com "Chamar a Música", em 1994. Mas para este grupo de pessoas, que todos os anos apoia in loco os participantes lusos, o certame tem vindo a ganhar novo brilho. "Desde 2006, na Grécia, recuperámos algum estatuto. As canções têm sido melhores", diz Hélder Ferreira, 38 anos, que há quatro acompanha a delegação nacional.

Tal como muitos dos seus compatriotas, este bancário fica hospedado num hotel da Baixa de Oslo. A despesa já está prevista no orçamento total da viagem. "Até agora gastámos cerca de mil euros, viagem e alojamento incluídos", conta. Apesar dos custos elevados da deslocação, nem todos os gastos saem directamente do bolso dos fãs. Para facilitar as comunicações, a organização fornece cartões de telemóvel com plafond aos membros da OGAE. E, embora a viagem esteja quase a terminar, é "obrigatório" ter saldo para a última noite. "O resto do plafond é para gastar com votos na Filipa. Pode ser que ajude a uma boa classificação."

Guilherme Santos é um dos principais dinamizadores desta viagem. Presidente do OGAE português desde 2009 e jornalista de profissão, é pela sua mão que passam todas as actividades do clube, não apenas as que respeitam à viagem, mas também aos eventos que vão acontecendo em Portugal ao longo do ano. "Há artistas que vão em digressão e que passam no nosso país. E há fãs que os acompanham durante meses", garante. Apesar do entusiasmo em torno da participante portuguesa, a vitória parece um cenário pouco provável. Portugal nunca venceu a Eurovisão, mas a julgar pelo entusiasmo destes fãs Filipa Azevedo já ganhou. Para o ano há mais.


Fonte: Jornal i (transcrito) /Imagem: eurovision.tv
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  1. David Côrte-Real10:00

    ho! Pata de coelho e asa de morcego hoje para a Filipa! Boa sorte!

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  2. "HÁ DIAS ASSIM", EM QUE A NOSSA LINGUA É A MELODIA QUE ENCHE TODOS OS CORAÇÕES DO MUNDO.

    "HÁ DIAS ASSIM", MÁGICOS, EM QUE O TALENTO OCUPA O SEU LUGAR, AFASTANDO O ENGANO.

    "JÁ NÃO HÁ PALAVRAS" PARA DESCREVER TANTA ARTE E ENGENHO. E, “GASTAMOS AS MÃOS”, FOI DE TANTO APALUDIRMOS A DIVA!

    EUROVISION´S MUSIC AGAIN!

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  3. Meu “Eurovisive Power2010, final”

    E não é que há VÁRIAS NOVAS no TOP10...
    2010, será o ano de todas as surpresas?

    Rank Country Power
    1.º ISR 5,71
    2.º GRE 5,71
    3.º PRT 5,61
    4.º AZE 5,61
    5.º SRB 5,58
    6.º GEO 5,58
    7.º UKR 5,53
    8.º MLD 5,08
    9.º TRK 5,05
    10.º ROM 5,00
    11.º SPA 4,97
    12.º NOR 4,95
    13.º ARM 4,91
    14.º DNK 4,66
    15.º BEL 4,60
    16.º GER 4,58
    17.º CYP 4,53
    18.º RUS 4,48
    19.º ICE 4,08
    20.º BLR 3,65
    21.º IRE 3,53
    22.º ALB 3,23
    23.º BH 3,05
    24.º UK 2,70
    25.º FRA 2,68

    Nem eu estava à espera disto... Não estou com paciência para rever isto tudo... vou deixar assim mesmo... cheio de enormes surpresas.

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  4. Dou por encerrados os meus comentários até o grande momento.

    PORTUGAL
    ESC LISBOA 2011
    EUROVISION´S MUSIC AGAIN!

    eu acredito!
    Foi um enorme gosto partilhar o momento convosco.

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  5. Ronha maluca13:31

    donde o é esse ranke?

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  6. @Ronha maluca

    Este ranking resulta de um processo definido por mim, o qual considera um conjunto de elementos que, no meu entender, reflectem as tendências de votação dos júris (50%) e do televoto (50%).

    O parâmetro júri, absorve aquilo que considero tendência dos últimos anos na pontuação, nomeadamente para a apresentação geral em palco, a composição, a letra, a voz e o carisma. O parâmetro televoto, absorve inúmeros outros elementos para além dos que referi.

    Para o parâmetro televoto, além de todos os aspectos referidos, são considerados elementos de bom gosto, de moda, de charme, de “sex appeal”, de carisma, de tendência para ficar no ouvido, apagamento ou acendimento em função do posicionamento da actuação na final, de estratégias de marketing, de panelinhas e amizades entre países, de politiquices, de geografia, de diáspora e até de punição.

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