Hoje começaram os ensaios dos primeiros participantes na segunda semifinal da Eurovisão de Oslo e o ESC Portugal volta a fazer o resumo, o mais isento possível, do que está a acontecer na capital norueguesa. Aqui fica o resumo do que que aconteceu nos primeiros ensaios da Lituânia, Arménia, Israel, Dinamarca, Suíça, Suécia, Azerbaijão e Ucrânia.
Nota de redacção: Tentarei fazer um resumo isento, mas nestas coisas é sempre complicado desligar alguns gostos pessoais de música e performance do que se escreve, por isso, se acharem que o fiz, desde já as minhas desculpas.
01. LITUÂNIA | InCulto | East European Funk
Cá vamos nós outra vez. O dia começa com os InCulto da Lituânia em palco. A música sofre fortes alterações e a introdução torna-se mais longa e com uma espécie de vocalizes estranhos e uma coreografia estática nas pernas, mexida nos braços e cabeça; muito ridícula. Os intérpretes estão alinhados no palco, frente a um fundo negro, para variar, e branco. Com o crescimento da música e o refrão este país tem direito à mais variada variação de cores no palco até agora, vermelho, amarelo, laranja, azul, tudo com o preto, claro. Uns instrumentos musicais falsos, meio apalhaçados, são distribuidos pelos cinco elementos do grupo e depois é a rebaldaria, dançam conforme lhes dá na real gana. Os instrumentos vão para o chão e recomeça a coregrafia do início. Num dos ensaios arrancaram as calças e ficaram no final e ficaram com um género de boxers brilhantes.
Nem há palavras, um Joke Act muito fraco, sem saber muito bem onde pegar, nem o que fazer. Talvez passem, mas não merecem.
02. ARMÉNIA | Eva Rivas | Apricot Stone
Para começar, a Eva, uma das favoritas, foi a mais esperta e cantou de fato de treino, era vistoso, de estrela, mas era um fato de treino e devia ser bem mais confortável que as roupinhas dos outros todos que já ensaiaram.
As cores dominantes do palco são o azul e o verde espectrais com apenas luzes rasteiras e não os leds de fundo, que apenas fazem um ligeiro efeito de estrelas no céu. Do cimo pendem panos verdes escuros, dos lados há umas rochas tipo fundo do mar e ao centro está uma espécie de molusco bivalve gigante, frente ao qual a intérprete começa a canção com os focos apontados apenas para si. A música cresce e Eva e o coro, três elementos, iniciam uma pequena coreografia, simples, mas eficaz, uma vez que um bailarino faz o que eles não precisam de fazer. No refrão as cores frias são substituídas por um laranja.
Vocalmente há pontos negativos a apontar à cantora, principalmente num agudo no quase no final, mas muitos são abafados pelo coro.
No geral, é uma actuação fraquita também, esperava-se mais, mas talvez estejam a guardar o melhor para depois. Passa quase de certeza.
03. ISRAEL | Harel Skaat | Milim
Harel, outro dos favoritos e que suscitava mais curiosidade, surge ao centro do palco, ladeado à esquerda de quem vê por um piano e à direita por dois elementos para lhe dar apoio vocal. O palco é muito escuro, negro e azul. Durante o refrão os pontos azuis tornam-se brancos e ganham dimensão.
A actuação é simplesmente fantástica, segura, clara, limpa, fortíssima. Harel canta muitos momentos de olhos fechados a fazer lembrar os fadistas que interpretam um fado de “um fado malfadado”. A realização torna tudo ainda mais imponente.
Não há muito mais a dizer, a música é bem interpretada, muito bem defendida e talvez uma fortíssima candidata á vitória.
04. DINAMARCA | Chanée & N'evergreen | In A Moment Like This
Outra favorita que todos queriam ver. O palco volta a iniciar o tema negro e azul espectral, com uma parede ao centro que separa Chanée e N’evergreen, voltados de costas para ela. Mantém-se tudo muito escuro até ao refrão, enquanto ambos os cantores andam a maranhar pela parede enquanto cantam, para se encontrarem pela primeira vez quando a canção cresce, enquanto a parede é recolhida, o palco ganha mais luz. Todo o primeiro refrão é feito em cima de plataformas móveis que se vão afastando uma da outra, enquanto que no segundo, já pelo próprio pé, Chanée e N’evergreen dão as mãos. Os últimos momentos da música são feitos com um palco entre o branco e o amarelo.
Vocalmente estão muito bem e a performance é totalmente adequada ao tema, numa canção muito eurovisiva, com um cheiro bem forte a swedish style. Também passam á final.
05. SUÍÇA | Michael von der Heide | Il Pleut de L'Or
Mais uma volta, mais uma canção, desta vez da Suíça, que tal como alguns dos participantes dos outros ensaios já experimenta roupas muito semelhantes às que vai usar na sua semifinal.
Michael apresenta-se com um fato dourado, rodeado de das suas três backing vocals, vestidas de forma mais clássica em vestidos de cores claras. O palco começa entre o negro e o branco e vai variando para os amarelos quase dourados e os amarelos torrados nos pontos altos, poucos, da canção. Voltam as bolas prateadas pendentes grendes e as pequenas brancas, usadas na actuação de Portugal.
A coreografia é simples, uns passos e posições marcados, uns esbrecejares, uns atirar de lenços ao ar e pouco mais, mas mesmo assim o efeito é engraçado. Vocalmente podia ser muito melhor.
Uma dúvida fica, talvez passe, talvez não…
06. SUÉCIA | Anna Bergendahl | This Is My Life
Óutra favorita, a menina bonita da Suécia e a sua balada “This is my life”. Anna começa a tocar guitarra num palco quase totalmente negro apenas com uns apontamentos vermelhos ao fundo ao nível dos pés e lá bem no alto. Depois do segundo refrão o instrumento desaparece como que por magia, o palco ilumina-se mais de vermelho e entra um coro vestido de branco com cinco pessoas para a passadeira ao fundo e começa a já recorrente ventania sueca nos cabelos da Anna; muito gosta esta gente de actuações com vento. Todos se abanam levemente à medida que a canção cresce e a intérprete gesticula a emoção do tema. Nos últimos refrões tudo se torna mais mexido, o palco vai ao branco e negro e há uma maior interacção com a câmara. Anna dá uns pulinhos para dar mais ênfase à coisa e o coro berra “my life”.
Ser uma canção favorita já me causa muita estranhesa e, depois dos ensaios de hoje, por favor, fraco, desafinado, desinteressante, pamonha, sem palavras… Mas passa, já se sabe que sim.
07. AZERBAIJÃO | Safura | Drip Drop
Hoje parece o dia dos favoritos, ainda bem que Portugal não está nesta semifinal. Mais uma, a Safura do Azerbaijão.
Começa tudo nas alturas, a cantora numa plataforma à direita e o coro/bailarinas, quatro elementos femininos, noutra maiorà direita, tudo emuldurado por um fundo esverdeado, azulado e negro, outra vez com as bolinhas da actuação de Portugal. Safura, com uma voz bem segura, desce lentamente enquanto os degraus se vão acendendo à sua passagem. O primeiro refrão faz crescer a actuação com uma eficácia provocada pela simples coreografia das acompanhantes. Surge um bailarino atrás da segunda plataforma e Safura junta-se ao coro, que também já desceu, e inicia uma coroegrafia entre o bailarino e a própria câmara. O final coloca-a apenas com o bailarino em destaque.
É uma actuação segura vocalmente, mas também um pouco monótona, mas nada que uma boa realização não consiga esconder; e esconde mesmo. Passagem quase assegurada.
08. UCRÂNIA | Alyosha | Sweet People
Esta não quer mostrar já tudo. Alyosha cantou apenas para ensaiar mesmo o tema e para treinar a voz, para ajustar pontos técnicos, as cores, serão vermelho e o já comum negro, tudo porque a sua actuação só será cionhecida na totalidade no segundo ensaio geral.
Todos percebemos porquê, esta canção não passa mesmo à final, mas eles pensam que talvez criando um certo ambiente de secretismo e mistério se tornem mais falados e talvez tenham mais hipóteses. Coitados.
Foi giro ver o coro no palco sem saber onde ficar, e Alyosha a esforçar a voz ao máximo com expressões medonhas.
Por hoje já está. Deixo apenas um reparo, ou a máquina de fumo hoje estava avariada, ou estes participantes viram tanta fumarada nos ensaios dos últimos dois dias, que a eliminaram das suas opções.
Amanhã há mais…
Agradecimento: Pierre Francis / Imagens © : Eurovision.TV
Se calhar é impressão minha mas foram gastar dinheiro lá na iluminação extravagante e afinal aquilo só têm preto xD...ahhhh e máquinas de fumo mto fumo xD *que pobreza*
ResponderEliminarBem a Lituania está visto que são os "freaks" deste ano!!!
De resto tudo normal...a actuação da Hera Bjork também foi boa.
E quando é que se organiza alguma coisa para que o ESC vá para a SIC ou TVI?
ResponderEliminarIsto de boicotarem-se a si próprios quando temos uma canção para ganhar, e depois metade deles andarem a passear à custa dos nossos impostos na Noruega é escandaloso!
O que está lá a fazer a Alexandra Valentim, por exemplo?
Para quando um movimento? Se isto fosse em Espanha já algo teria sido feito.
Se isso tentou ser isento deixou muito a desejar lololol...
ResponderEliminarNão só não foi isento, como está cheio de erros. Mais cuidado com a escrita por favor!
ResponderEliminarNada de especialmente relevante a não ser que as favoritas Azerbaijão, Israel e Suécia cumpriram. A Arménia desiludiu-me. Quanto à Dinamarca, não vejo cópias. As outras são as outras, isso mesmo.
ResponderEliminarDionísio
Já começou a meter água com os erros, caro Rogério?
ResponderEliminarEste site é só gente mal formada e mal informada. A delegação da RTP é das mais pequenas de todosos paises, e tem apenas: 1 chefe de delegação, 1 produtora TV, 1 produtor musical, 1 comentadador, 1 consultora de moda, 1 cabeleiereiro, 5 elementos de palco. Os restantes elementos foram por sua conta.
ResponderEliminar@Anónino das 5:34 PM,
ResponderEliminarBasta rever o esquema do FC para 3 concursos de talentos, um para cada canal generalista, mais uma final nacional com as 6 melhores canções de cada. Representava o País o canal de origem da canção vencedora e também organizava a final nacional do ano seguinte. Tudo isto associado a uma visão estratégica para Portugal no ESC.
A nível financeiro, cada um tinha que encontrar receitas para financiar a produção a nível interno, incluindo a final nacional. Para a participação no ESC, o problema resolvia-se com um simples orçamento anual inscrito no orçamento dum qualquer serviço competente no Ministério da Cultura (na óptica cultural) ou dos Negócios Estrangeiros (na óptica de marketing internacional do País). Essa verba não seria para suportar custos de produção, mas sim para pagar o preço dos serviços prestados ao País (com o cumprimento dum rigoroso caderno de encargos, nomeadamente de marketing/promoção, numa perspectiva de negócio internacional).
Não estou a ver desvantagens (a não ser para os pseudo especialistas do FC e do ESC na RTP que perdem em definitivo as mordomias e a baboseira). Só vejo vantagens, sendo a maior delas o claríssimo potencial de elevação da qualidade a todos os níveis, devido à concorrência entre os canais e ao alargamento da base de recrutamento de talentos. E mais, vejo até um enorme potencial para uma redução drástica na despesa pública directa ou indirecta.
Estou a repetir aquilo que já aqui sugeri há meses, arriscando-me a levar novamente com o rótulo de esquizofrénico.
Dionísio
@anónimos das 10:07 AM e das 10:10 AM
ResponderEliminarJá começa o de sempre, o deita abaixo. Primeiro quem falou no exagero da delegação portuguesa foi uma pessoa que comentou. A verdade é que muitos foram os sites eurovisivos que começaram e acabaram em Portugal e este é o único que se deu ao trabalho de se manter...
@anónimo das 10:12 PM
ResponderEliminarPodes crer, devem pensar que são perfeitos e que nunca se enganam. Tomara muitos lutarem por algo como os membros do ESC Portugal t~em lutado ao longo de tanto tempo.