Injustiças (ou não) na semifinal 1 [ACT13]

Os eliminados

Andorra - Casanova
Quando a actuação começou senti que estava a reviver um remake, que a nossa Luciana Abreu estava novamente no palco da Eurovisão com uma canção estravagante, dançável, até um pouco louca, mas depressa vi que não estava lá o Rui e que não era mesmo Amar, mas sim o Casanova andorrenho. Gisela deu tudo o que tinha e o que não tinha e, apesar de se ter esganiçado totalmente no final para tentar marcar a diferença, foi uma das grandes injustiças... Mas é Andorra, só tem dois vizinhos e por sinal, só um deles é que votava na noite de ontem...
Mas não há motivos para ficarem triste, Andorra este ano vai ganhar na certa o prémio Barbara Dex, que elege os mais mal vestidos da Eurovisão.

Belgica - O julissi na jalini
As repetições de estratégia às vezes não dão bom resultado. O julissi na jalini, defendida por Ishtar, até tinha alguma magia, era totalmente interpretada numa língua imaginária, tal como Sanomi, que valeu ao mesmo país, em 2003, um excelente segundo lugar. Lá diz o ditado, tudo o que é demais enjoa e, além disso, esta era a semifinal 1 do Eurovision Song Contest, não a do Junior...
Talvez até nem seja uma jnjustiça, não sei!

Moldávia - A century of love
Geta Burlacu, numa das melhores actuações da semifinal, apostou forte e tentou vingar com um tema de qualidade, um bossanova da era moderna, em inglês, mas, como cada vez mais acontece neste certame, o espectáculo, o nome do artista, a imagem e o poder da mensagem oca passou-lhe à frente e nem os vizinhos lhe valeram...
Fica para a próxima, quem sabe!

Eslovénia - Vrag naj vzame
Esta canção era a mais festivaleira da noite, uma típica canção de Festival da Eurovisão. Rebeka Dremelj esforçou-se imenso na coreografia sensaborona que lhe arranjaram, quase a fazer lembrar as Nonstop a darem tanto corpo à coreografia que se notava que estavam a fazer o melhor que podiam. Serei sincero, só inclui esta canção nas injustiças porque gosto dela, porque a actuação foi, sendo simpático, mediocre, sem sal, sem lógica, enfim, francamente má.

São Marino - Complice
Não era na verdade, mas esta actuação foi quase entendida por muitos como o regresso da Itália ao ESC e em grande. Boa música, um pop-rock bem esgalhado e com características muito prórpias, boa actuação, boa presença em palco, enfim, foi das melhores actuações que esta semifinal teve, esforçada, ao contrário de outras que tiveram lugar na final.

Holanda - My heart belongs to you
Dá a sensação que este país, leve o que levar à Eurovisão, nunca vai conseguir sair da semifinal. Foi, na opinião de muitos, outra das melhores actuações da noite, simples, correcta, até com toques de música do mundo, com uma Hind segura, com boa presença e, principalmente, boa voz. Quanto tempo vai aguentar a Holanda sem fazer uma birra e ir embora? A ver vamos, eles já emeaçaram uma vez...

Os qualificados

Rússia - Believing
Eu já nem me esforço; vou lá, digo o meu nome, peço a um compositor famoso para me fazer uma música, mostro o corpinho, ponho uma bailarina clássica... Não, isso já usei, um patinador excêntrico no palco, um piano... Não, isso também já usei, desta vez pode ser um violino e safo-me! Este discurso poderia muito bem ter sido proferido por Dima Bilan quando estava a preparar-se para Belgrado, foi mais do mesmo e bem pior que em 2006.

Arménia - Qele Qele
Juro-vos, nunca pensei que fosse tão mau... Não a actuação no geral, mas há muito tempo que não via uma cantora, nem no Festival Regional do INATEL, em tão grande esforço vocal, quase a perder o pio. Simplesmente, Sirusho Harutyunyan não tem voz para cantar esta música ao vivo, mas nada que uma labaredas e uns foguetes não anulem, não é? E já não quero falar na imagem da rapariga! Que tristeza...

Bósnia-Herzegovina - Pujusaj
É verdade, esta era uma canção original, numa actuação original, tinha qualquer coisa de novo e diferente, mas por favor, é por causa de coisas destas que a Eurovisão está tão desacreditada. Mas pelo menos Estónia, Bélgica e o perú da Irlanda ficaram pelo caminho, ou então, no início do espectáculo de Sábado o voz off inicial diria:
Welcome to the Eurovision Circus Final.


Os Outros

Não há grande coisa a declarar em relação aos outros qualificados e eliminados. Grécia, Arménia, Israel, Roménia, Noruega e, claro, a Rússia eram esperados na final e os restantes ficavam para decidir na noite.
O Azarbaijão conseguiu vingar com a sua canção alternativa, que não se sabia muito bem que efeitos teria no público, a Polónia consegiu mesmo "tocar nos corações das pessoas", que era o seu grande objectivo (lol), a Finlândia estava entre lá e cá e o perú (Irlanda) mostrou ser o flop que todos imaginavam...


O momento da verdade!