Slider

Análise: Rússia ganharia na mesma

Depois de apresentadas quatro hipóteses para alterar o sistema de votação, Júri de Sala, 50/50, 40/60 ou 30/70, Televoto nas semifinais, Júri nas finais e Televoto com alterações, resolvemos testar a quarta hipótese, aquela que foi melhor aceite, não só em Portugal, mas também por parte de alguns grupos europeus que tomaram conhecimento.
Relembremos então este sistema: Tal como na opção anterior, as semifinais ficam exactamente como no ESC2008. A novidade surge na final, em que todos os países participantes (qualificados ou não) votam, mas apenas os finalistas dão classificações independentes, criando-se depois um "Resto da Europa", onde seriam atribuídos os pontos aos dez mais votados pelo "bolo" dos televotos dos países não participantes na final. Esta possibilidade, evitando favorecimentos, evita também que as votações sejam demasiado longas e todos os porta-vozes possam dar a totalidade dos pontos e não só os três mais.


para comparar, ver classificação real: Resultados finais


Sendo assim, imaginando que este sistema tinha sido implantado este ano com a novo formato adoptado, a Rússia continuaria a ser a grande vencedora, com 164 pontos, seguida da Ucrânia, com 151, ou seja, não teríamos uma vitória tão destacada. As surpresas começam a seguir, a Noruega trocava literalmente de lugar com a Grécia, terceiro para a nórdica com 135 pontos, quinto para a Helénica com 126, pontuação ultrapassada por pouco pelo quarto lugar da Arménia, que arrecadaria 127 pontos. Para já, o TOP5 mantinham-se com os mesmos países, com uma trocar e com um destaque nas pontuações acentuado em relação ao 6º lugar.

A Turquia subia um lugar na tabela e seria a sexta classificada, atirando a Sérvia para o sétimo lugar, ou seja, mais uma troca. Israel subia também uma posição e ocuparia o oitavo lugar, tal como a Bósnia-Herzegovina, que passaria para o nono. O Azerbaijão ficava a perder com tudo isto, pois seria atirado para o décimo lugar, dois abaixo daquele que ocupa na realidade. Cá está o TOP10, os mesmos países, algumas alterações.

Continuando, a Islândia subia 3 lugares, do 14º para o 11º, a Geórgia descia um, para 0 12º, Dinamarca subia dois, ficando a ocupar o 13º, ocupado realmente por Portugal, a Letónia descia dois, passando para o 14º, e nós seriamos dos mais prejudicados por este sistema, passávamos a ocupar o 15º lugar com 33 pontos.
Vânia Fernandes foi teve 33 pontos dados pelos finalistas, enquanto que arrecadou 36 dos semifinalistas, o que sendo mais, não daria possibilidade à nossa representante de receber pontos do televoto do Resto da Europa.
No TOP15, todos os mesmos países da classificação, novamente com algumas alterações de tabela.

A seguir, a Espanha mantinha-se na 16º posição, com 31 pontos, a Charlotte da Suécia subia um lugar e passaria a ocupar a 17º posição, com 30 pontos, quase a morder os calcanhares da nossa Vânia. A França viria a seguir, com a mesma pontuação, mas pelas regras de desempate em 18º, o que significaria uma subida também de uma posição. A Croácia passaria do 21º lugar para o 19º, e o 20º continuaria a ser ocupado pela Roménia. No TOP20, reparamos já num infiltrado, a Croácia, que beneficiava com este sistema.

O primeiro grande trambolhão seria dado pela Albânia, que ficaria classificada em 21º lugar e não em 17º. A Finlândia exactamente no número 22, o que obteve na realidade, enquanto que a Polónia subia um e ficaria no lugar 23. A Alemanha ficaria na mesma posição, em 24º, mas com null points, tal como o Reino Unido, que também perderia todos os pontos que recebeu na final.


Votação dos semifinalistas com os pontos atribuidos pelo "bolo"


Parece que este sistema iria mostrar uma classificação muito semelhante à que vimos surgir nos nossos ecrãs neste ano, mas, como o aplicámos aos anos anteriores como teste, mostrava vencedores diferentes nas edições de 2005. Será o sistema ideal?

10
( Hide )
  1. Anónimo12:29

    Interessante seria também comparar com os resultados da votação do júri. Ouvi dizer que o júri grego dava 12 pontos a Portugal... seria bom que se conhecesse os restantes.

    ResponderEliminar
  2. Anónimo13:43

    Viva

    deixo.vos aqui um link importante dos premios Marcel Bezençon 2008.
    Creio que deveriam fazer desta noticia um post no vosso site.-
    é IMPORTANTE.

    http://www.gylleneskor.se/artikel/winners-marcel-bezencon-awards-2008

    Um abraço

    ResponderEliminar
  3. Anónimo19:47

    os unicos 12 pontos da ucrania foram os atribuidos por portugal...

    ResponderEliminar
  4. O exercício que foi feito não está muito correcto. Correcto seria somar todos os televotos dos países não finalistas e atribuir em função da soma dos televotos as pontuações de 1 a 12. Claro que nós não temos esses dados, logo impossível de simular.
    De qualquer maneira, a Rússia com uma vantagem de 7 pontos sem contar com os votos dos países não-finalistas, dificilmente perderia o 1º lugar com o sistema de televoto.

    É precisamente isso que não me parece eficaz, porque já se sabe que a grande maioria das pessoas não vota imparcialmente.

    ResponderEliminar
  5. Anónimo02:43

    o melhor sistema é na final os finalistas votarem por televoto e os semifinlistas eliminados por juri, podendo haver um televoto comum de todos os semifinalistas... e as semi ficam na mesma como em 2008.

    ResponderEliminar
  6. F. Vieira foi exactamente isso que foi feito... Se reparares um pouco mais abaixo está uma tabela com os votos dos semifinalistas eliminados, a pontuação desse grupo e a transformação desses resultados em pontos aos 10 mais votados.

    Na tabela dos finalistas, a linha que tem por cima um R, ou seja a última votação é o resultado dessa soma e transformação em pontos.

    ResponderEliminar
  7. Anónimo11:10

    Nao me parece nada que este seja o modo correcto de votação. Vão haver anos em que na final 70% dos paises sao de leste e vamos continuar com o mesmo problema!
    Para mim a forma ideal é mesmo a do 50/50 ou até mesmo a do 40/60, nao percebo qual é o medo que se tem dos juris quando esta provado que os festivais eram muito melhores antigamente!

    Se isto continuar assim, nao há hipotese. Vai ser a morte do festival da eurovisão e passa a haver so o Festival de Leste...ou EASTovision Song Contest...

    ResponderEliminar
  8. Anónimo21:56

    Para quê complicar?

    O melhor sistema de votação é realmente o televoto se este não for manipulado. Os restantes são demasiado susceptivies a jogadas de bastidores, pressões politicas, etc. Como se verificou no passado e tantas criticas foram feitas, parece que muita gente já se esqueceu disso.

    No entanto algumas coisas poderiam ser feitas para tentar manter alguma equididade.

    A saber:
    - separar os países participantes em dois grupos: países ocidentais e países orientais; actuando em semi-finais separadas;
    - Cada grupo teria que ter 24 países
    - a semi-final respectiva decorreria num horário mais adequado ao bloco. Por exemplo o bloco ocidental poderia manter a mm hora, mas o bloco oriental poderia ter a semi-final às 21 horas de Moscovo, por exemplo;
    - o único pais com acesso directo seria o vencedor da edição anterior; o dinheiro nao deveria comprar um lugar na final, e quem sabe nao será este sentimento de injustiça que leva a que estes 4 paises sejam sistematicamente os menos votados?
    - a grande final mudaria de dia para o domingo as 18:00 CET (de modo a que nao acabasse em nenhum pais participante apos a meia-noite), passando os 11 pimrieros lugares de cada grupo, mais o finalista do ano anterior, mais dois paises selecionados, um através dos votos secretos dos participantes desse ano, pelos cantores e outro pela imprensa.
    - Com estas regras pensoque Italia, Luxemburgo, austria, etc voltariam ao ESC.

    Em conclusão cada área geográfica seria representada de igual modo na final. E os big4 se chegassem a final seria por mérito e porque votaram neles, sendo provavel que na final tivessem uma melhor performance evitando a humilhação ano apos ano.

    Paulo Andrade

    ResponderEliminar
  9. Rogério, pelos vistos não me fiz entender. O que eu digo é que em vez de se somar os pontos atribuídos pelos não finalistas, o que teria de ser feito é somar o número de televotos, ou seja, o nº de telefonemas realizados em todos os não finalistas e em função dessa soma atribuir os pontos de 1 a 12. É diferente!

    ResponderEliminar
  10. Caro F. Vieira,

    Houve realmente um erro no entendimento do que disseste, mas agora, já compreendendo, essa situação seria impossível de todo, uma vez que somando todos os televotos, países pequenos, tal como Malta, Andorra, Chipre seriam completamente anulados no poder de decisão, uma vez que os maiores teriam mais expressão na designação da pontuação.

    A situação apresentada dá a todos o mesmo valor no bolo total dos pontos, estabelecendo uma espécie de ratio total.

    ResponderEliminar

Ideas

both, mystorymag

A NÃO PERDER...

TOP
© Todos os direitos reservados
Criado por Envato Personalizado por ESC Portugal - PG, 2022.