Vários artistas portugueses apelaram, numa carta aberta dirigida à RTP, responsável pela escolha do representante nacional no concurso, ao boicote de Portugal ao Festival Eurovisão da Canção, que em 2019 irá decorrer em Telavive, Israel.
"Pedimos à RTP que aja dentro da EBU-União Europeia de Radiodifusão para que o festival seja transferido para um país onde crimes de guerra - incluindo assassinatos de jornalistas - não são cometidos e, caso contrário, se retire completamente do Festival de 2019" pode ler-se numa carta, endereçada à RTP, entidade responsável pela participação portuguesa no Festival Eurovisão, pedindo que Portugal fique de fora da edição de 2019 do certame internacional, que será sediada em Telavive.
A escritora Alexandra Lucas Coelho, a artista plástica Joana Villaverde, a cantora Francisca Cortesão (FC2018), os atores João Grosso, Maria do Céu Guerra e Manuela de Freitas, a pintora Teresa Dias Coelho, a cineasta Susana Sousa Dias e o fotógrafo Nuno Lobito são alguns dos signatários, aos quais se juntam o músico José Mário Branco e o diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, Tiago Rodrigues, que já haviam subscrito uma missiva internacional de apelo ao boicote.
Na carta dirigida à RTP, os artistas portugueses, referindo que "Eurovisão não combina com Apartheid", defendem que a estação pública, ao anunciar a participação de Portugal no concurso em Israel em maio, "confirma a sua disposição, em nome do entretenimento, de encobrir a ocupação israelita do território palestiniano e a contínua negação dos direitos humanos do povo palestiniano".
Os signatários defendem que Israel se declarou "efetivamente um Estado de apartheid ao adotar este ano a ‘Lei do Estado-Nação Judeu’". "Aos seus cidadãos palestinianos é agora negada constitucionalmente a igualdade de direitos. Este apartheid determina até mesmo que secções da população sob o controle de Israel poderão participar na Eurovisão. Ao ser anfitrião da Eurovisão 2019, Israel branqueia este apartheid e utiliza a Eurovisão de forma desavergonhada como parte da sua estratégia oficial Brand Israel, que pretende mostrar a ‘face mais bonita de Israel’ para desviar deles a atenção do mundo dos seus crimes", lê-se na carta. "Porque não queremos tornar-nos cúmplices das violações dos direitos humanos do povo palestiniano. Queremos antes chamar a atenção do mundo para a colonização, que a cada ano se torna mais violenta", sustentam. A Lusa pediu uma reação à RTP, mas tal não foi possível em tempo útil.
Estreante em 1973, Israel participou em 41 ocasiões na Eurovisão, totalizando quatro vitórias: 1978, 1979, 1998 e 2018. Em Lisboa, o país foi representado por Netta Barzilai e "Toy", tema vencedor da competição com 529 pontos, 2 deles oriundos de Portugal.
Já agi
ResponderEliminarE não disseram nada sobre a RTP se ter feito representar em Minsk, na Bielorrússia, uma das últimas ditaduras da Europa? Valha a verdade que até achei o espetáculo bem organizado, mas será que há regimes que não respeitam os direitos humanos e são simpáticos e outros que não merecem simpatia? Há pessoas vítimas da violação dos direitos humanos que merecem menos solidariedade que outras? Quando, por exemplo, Nuno Lobito esteve a fotografar em Angola em 2011, foi entrevistado pelo Jornal de Angola e pela TPA (televisão oficial), não sentiu que estava a colaborar com um regime que desrespeitava os direitos humanos?
ResponderEliminarA sua lógica de que "porque não criticaram a Bielorússia ou outros países devem estar calados" é uma lógica no mínimo estranha...
Eliminar17:17 - Estranho é terem inclusivamente estado (não é terem visto outros estarem ou irem para) em países onde se violam os direitos humanos e terem-se calado. Mas talvez estivessem distraídos...
EliminarNovamente a lógica de que "não falaram por isso calem-se" é estranha, digo isto porque o anónimo não sabe qual é a opinião das pessoas sobre Bielorrússia ou Angola.
EliminarA escportugal não informou, mas também não cabe à escportugal informar de coisas não ligadas à eurovisão.
Novamente a sua lógica muito muito estranha
Começa logo mal xD Eurovisao não combina com apartheid” é mais “Eurovisao não combina com política” estejam mas é calado e porque não vão para o terreno? Que tem uma canção a ver com o que se passa? Não me pronuncio sobre quem tem ou não razão, mas porque não entregam a FPF para que Portugal não participe min europeu ou mundial quando a qualificação tem Israel no grupo? Está gente calada era poeta. Tanta corrupção no país, tantos compadrios mas o que interessa são os de fora
ResponderEliminarO anónimo não percebe a diferença entre um país participar numa competição e um país organizar essa competição (veja a diferença entre Portugal participar em 2017 e Portugal organizar em 2018, a diferença é enorme)
EliminarO concelho "esta gente calada era poeta" pode-se aplicar a si e recomendo que antes de falar se informe, que consulte fontes que defendem este género de boicotes e fontes que são contra, construa uma opinião informada e depois pode falar sem parecer um velho num café de bairro gritando para a CMtv
Até concordo contigo anónimo 16:24. O que tem uma canção a ver com o que se passa? Nada.
EliminarAgora e quando são 40+ canções que tem o nome de um país anexado? Mais os milhares de comitivas, turistas, espectadores, trabalhadores e $$$$$ que se deslocam para um programa visto por 200 milhões de pessoas realizado num país que ocupa território que não lhe pertence? Ainda nada?
Sim, as canções definitivamente serão o que menos importa, pois perante tal propaganda política gratuita e masturbação estatal que Israel oferecerá (tal como aconteceu cá), não vai haver espaço para estas.
BTW isto são artistas a escrever à RTP sobre a sua decisão dentro da sua programação 'artística'. Provavelmente os adeptos do desporto que invoca possam fazer qualquer coisa… (wait NOT)
Dizer que a Eurovisão não é política é como ter 35 anos e acreditar que o pai Natal existe… Não é preciso ser doutor para perceber que parte (ênfase no PARTE) do sucesso em 2017 de Portugal se deveu à intenção da gestão da EBU de procurar limpar a marca EUROVISION depois de um ano conflituoso na Ucrânia.
Eliminar17:24 - A Rússia organizou o Campeonato Mundial de Futebol de 2018 e estes ilustres artistas não apelaram a um boicote. Mas, claro, uma vítima de violação de direitos humanos lá tem menos valor... E - não sei se notou - a sua referência a "um velho num café de bairro" tem muito de discriminação… E o uso de "concelho" leva a que se recomende que "antes de escrever se informe"... como as palavras se escrevem.
EliminarMúsica e política podem-se conectar, defendo músicas políticas desde que eu concorde com as mesmas políticas. Política está em todo o lado de facto. Já agora não acompanho futebol, mas se o/a senhor(a) anónimo acompanha, sempre pode também ajudar e manifestar-se e talvez pessoas que não assistam futebol também poderão depois juntar-se a si. Mas agora não se pode apelar boicote a X só porque também não se apela boicote a Y? Seria genial ambos, mas não venha com comentários a insinuar a hipocrisia...
EliminarE só agora é que estes artistas fazem a petição? Quando já foi decidido que será em Israel, quando já foi escolhida Tel Aviv em detrimento de Jerusalém, quando já está escolhida a arena, quando já foram anunciadas as datas e quando já milhares de fãs compraram as passagens de avião?
ResponderEliminarok compreendo perfeitamente situação mas espero que haja FdC na mesma, mesmo que não haja Eurovisão para Portugal em 2019.
ResponderEliminarGosto muito de ver Portugal na Eurovisão, mas é intolerável os actos do governo Israelense, acho que temos dar prioridade a coisas mais importantes. Caso a RTP decida "cancelar" o ESC 2019, estou aqui para dizer que compreendo de facto a decisão.
Israelita, Governo Israelita...
Eliminarpequeno detalhe, mas agradeço.
Eliminarsoa melhor "Israelita" em vez de "Israelense" de facto...
Esta situação è ridícula, nem sequer outros países islâmicos preocupam-se com a Palestina.
ResponderEliminarDe vez em quando a ONU ou gente desta faz um choradinho para dar a entender que as coisas podem mudar, mas não, Palestina é uma nação que vai morrer e desaparecer do planeta, Israel têm muitos aliados internacionais e cada vez mais, não lhes vai acontecer nada.
Por isso temos pena, entretenham-se com a outra a fazer de galinha na final porque têm de aceitar que Palestina é um caso perdido
Olá ESCPORTUGAL, um dos meus comentários realizados antes das 17:20, enquanto anónimo,(em resposta ao anónimo das 16:24) não foi apurado. Há alguma razão para isto ter acontecido?
ResponderEliminarO meu tb não foi aprovado. Deve ter sido pq isto é um órgão da comunicação social portuguesa avermelhado.
EliminarTodos comunistas obcecados com Israel. Ora....
EliminarTodos comunistas obcecados com Israel. Ora....
EliminarFaçam antes na Venezuela, em Cuba ou na Coreia do Norte que eles ficam logo felizes... Só é pena que esta comunistagem hipócrita o seja só na teoria...
ResponderEliminarA comunada toda. Ora pqop!
ResponderEliminarVindo dos marginais vermelhos, não é de espantar...
ResponderEliminarLucas Coelho, Céu Guerra, Lobito e todos os outros. Está tudo dito...
ResponderEliminarDeveriam fazer um teste de DNA. A maior parte desses artistas têm 'sangue' judeu e antepassados israelitas, como a maior parte dos portugueses.
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