Carrie Crowley, apresentadora do Festival Eurovisão 1997, defende o boicote da Irlanda ao certame internacional, marcando presença no lançamento da campanha promovida pela Ireland Palestine Solidarity Campaign.
A Ireland Palestine Solidarity Campaign, associação de ativistas irlandeses, lançou, ontem, uma campanha para que a Irlanda boicote a próxima edição do Festival Eurovisão 2019. O lançamento oficial da campanha decorreu, ontem, na ponte Ha'penny, em Dublin, contando com a presença de representantes de sindicatos, diretores, cenógrafos e cantores, sendo que tal acontece dias depois de Simon Coveney, vice-primeiro ministro, ter rejeitado os pedidos de boicote, garantido que tal não "iria promover a causa dos palestinianos".
Entre os manifestantes que marcaram presença no lançamento, estava Carrie Crowley, apresentadora do Festival Eurovisão de 1997: "Há uma ligação sentimental para com a Palestina por parte dos irlandeses, pois no passado fomos marginalizados e sufocados por um poder superior. Sabemos o que é ser despejados das nossas casas, perder as nossas terras e sentir que não temos direitos. O nosso relacionamento com o Reino Unido melhorou imenso e adorava pensar que a Palestina e Israel podiam olhar para o futuro e fazer algo parecido. Podemos usar o Festival Eurovisão para alertar as pessoas para o confronto e aumentar a consciencialização sobre tal, porque há imensas pessoas que amam o evento".
Estreante em 1965, a Irlanda conta com 52 participações no Festival Eurovisão, sendo o país com maior número de vitórias, 7 (1970, 1980, 1987, 1992/94 e 1996). Fora da Grande Final desde 2013, Ryan O'Shaughnessey conquistou, em Lisboa, o apuramento para a Final com "Together", tema que terminou em 16.º lugar com 136 pontos, 3 oriundos do televoto português.
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