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[ZONA DE DISCOS #12] Francesco Gabbani - “Maggelano”

Todas as quartas-feiras no ESCPORTUGAL, a crítica aos álbuns editados por artistas que participaram no Concurso Eurovisão da Canção e/ou Festival da Canção ao longo dos anos. Esta semana o destaque vai para o mais recente álbum de Francesco Gabbani.  O responsável da rubrica é Carlos Carvalho.

Data de lançamento: 28 de abril de 2017
Nota: 7,5/10

       Enquanto na teoria o discurso oficial continua a ser o de quase desinteresse total no concurso Eurovisão da canção, a prática, no entanto, tem demonstrado o contrário, principalmente através do “sim” que, ano após ano, consgrados artistas italianos têm dito à Eurovisão. A televisão italiana, apesar de uma atitude discreta face à Eurovisão e mantendo a dignificação do mítico São Remo, tem sido engenhosa em matar dois coelhos de uma cajadada só, conseguindo, por um lado, sucessos estrondosos em solo nacional e, por outro, provocar furor nas bolsas de apostas eurovisivas. Este ano não foi exceção e lá tivemos a honra de conhecer Francesco Gabbani. “Occidentali's Karma” foi a canção vencedora do mítico Festival de São Remo 2017, #1 nos tops italianos, quíntupla certificação de platina, mais de cem milhões de visualizações no youtube e a destacadíssima favorita – durante largos meses - para vencer a Eurovisão.

       Qual foi o motivo para tamanho entusiasmo? Um indie (?) pop alegre, descomprometido, muito ao estilo dos últimos trabalhos dos Maroon 5 ou Coldplay, até houve um macaco a dar o ar da sua graça - como em “Adventures of a lifetime” – que, embora não fosse um truque grátis e estivesse devidamente contextualizado na letra, uma das mais divertidamente inteligentes desta edição, acabou por ser mal interpretado e (talvez) o principal responsável para o fracasso relativo do sexto lugar.

       Foram esses os atributos de “Occidentali's Karma”, propriedades simples que agora se alastram ao longa-duração, intitulado “Magellano”, apresentando-nos um disco sólido, dentro da mesma linha do sucesso eurovisivo. Apesar dos dois momentos calmos - "La mia versione dei ricordi” e "Foglie al gelo” – que não se coadunam de todo no timbre de Gabbani, e da inspiração no sucesso internacional dos The Art Company /VOF de Kunst, “Suzanne”, aqui intitulado “Susanna, Susanna”, Francesco apresenta-nos um disco que em nada irá desiludir os fãs de “Occidentali's Karma”.

       O álbum entrou diretamente para o #1 do top italiano, ficando nos 10 primeiros lugares durante 11 semanas, tendo, para já, a marca de platina. A versão internacional do álbum contém “Amen”, canção com a qual Gabbani venceu a secção de novos talentos do Festival de São Remo 2016. Uma nova edição está prevista para o dia 17 de novembro com um cd ao vivo.

 O primeiro single, “Occidentali's Karma”
  

 O segundo single, “Tra Le Granite E Le Granate”
 O terceiro single, “Pachidermi E Pappagalli”
 Tema destacado por Carlos Carvalho, “Amen”
             


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Fonte: OPINIAO CARLOS CARVALHO / Imagem: GOOGLE / Vídeo: YOUTUBE
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  1. Anónimo00:00

    A canção "Susanna,Susanna" é uma cover da versão italiana da canção dos Art Company, que foi celebrizada nos anos oitenta por Adriano Celentano, um dos grandes nomes da música italiana. Foi a cover que apresentou no festival de San Remo e que incluiu no álbum como uma homenagem e agradecimento a Celentano depois deste ter incluído no seu album "Le migliori" uma canção da sua autoria "Il bambino col fucile". Aliás quem é conhecedor da música de Italiana é capaz de reconhecer a influência de autores como Celentano, Franco Battiato, Rino Gaetano ou Battisti, revestidas de uma produção pop mais contemporânea, no trabalho do Gabbani.
    Não concordo de todo que o seu timbre não se adapte às canções "Foglie al gelo" e "La mia versione dei ricordi", que são aliás duas das melhores canções do album. Embora não seja o estilo que um fã de OK esteja à espera de encontrar no Gabbani, revelam toda a sua versatilidade e originalidade enquanto autor. Quem quiser ir para além da avaliação superficial do trabalho do artista aconselho procurar um boa tradução destes dois poemas belíssimos. Conhecendo todo o trabalho anterior do Gabbani bem como as suas raízes no soul/blues/funky acho que o seu timbre torna-se mais rico e vibrante em canções menos ritmadas. Espero que os próximos álbuns, tal como faz nos concertos ao vivo, revelem mais das suas raízes musicais. Quem quiser conhecer mais do artista aconselho também os álbuns anteriores "Greitist Iz" e "Eternamente Ora" e o seu anterior projecto musical Trikobalto.

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