Conhecida a lista de compositores do Festival da Canção 2018, apresentamos uma curta biografia dos 26 nomes que estão a trabalhar na seleção de Portugal para o Festival Eurovisão 2018.
Depois de divulgada a lista de 26 compositores do Festival da Canção 2018, como pode recordar AQUI, o ESCPORTUGAL apresenta uma curta biografia de cada um.
Janeiro
A escolha de Salvador Sobral para o FC2018: Henrique Janeiro, de 23 anos de idade. Natural de Coimbra, estudou Musicologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e é um velho conhecido de Salvador Sobral: os dois já cantaram juntos várias vezes. Já gravaram canções em conjunto, nomeadamente “Tereza e Tomás” incluído no EP que Janeiro editou em 2015, curiosamente misturado e masterizado por outro músico presente no festival da canção, Luís Nunes, mais conhecido por Benjamim. Autor de temas íntimos e poéticos, de tonalidades folk, jazz, fado e bossa nova - num registo, aliás, com algumas semelhanças ao de Salvador Sobral - Janeiro já atuou noutros festivais, como o NOS em D'Bandada, no Porto, o Bons Sons, em Cem Soldos (Tomar), e o Vodafone Mexefest, em Lisboa.
Aline Frazão
Aline Frazão é uma das compositoras convidadas e que vai mostrar a contemporaneidade da língua e da música portuguesa no mundo. Nasceu e cresceu em Luanda, capital de Angola, e vive atualmente entre Lisboa e Barcelona. Em 2011 lançou o primeiro disco de originais, "Clave Bantu", com produção musical do contrabaixista cubano Jose Manuel Diaz. "Movimento", editado em 2013, é o seu segundo álbum, onde assina a produção musical e a composição de todos os temas. Prepara 5 concertos em outubro no Brasil. Faz parcerias com outros artistas, como Capicua.
João Afonso
João Afonso nasceu em Moçambique. “Vivi uma infância cheia de música, cheiros quentes, estrelas brilhantes e muita liberdade”, escreve na sua biografia. A sua colaboração em Maio Maduro Maio (1994), em parceria com José Mário Branco e Amélia Muge, valeu-lhe a atribuição do Prémio José Afonso. Posteriormente, Missangas (1997), o seu primeiro álbum a solo, fez jus ao título de Melhor Voz Masculina Nacional do jornal Blitz. Seguiram-se Barco Voador (1999), Zanzibar (2002) e Outra Vida (2006), neste último, já com a direção musical e arranjos de João Lucas. Com ele ao piano, estruturou Um Redondo Vocábulo (2009), apenas com canções de Zeca Afonso. A sua colaboração estendeu-se ainda a álbuns de Júlio Pereira, Luís Pastor, Uxía, Filipa Pais e a bandas como o Grupo Mestisay e Quinta do Bill. Em 2014 edita "Sangue Bom" Músicas de sua autoria de poemas de Mia Couto e de José Eduardo Agualusa. Curiosidade: É filho de uma irmã de Zeca Afonso.
Mallu Magalhães
Brasileira de São Paulo, vive atualmente em Lisboa. Com quatro álbuns e um DVD lançados, os seus maiores sucessos são "Velha e Louca", "Tchubaruba", "J1" e "Shine Yellow". O seu mais recente trabalho recebeu elogios do jornal The New York Times. Segundo o jornal, Mallu mostra uma "sensibilidade própria" e é "cativante". É frequentemente apontada como revelação da música brasileira, sendo aclamada por publicações como Rolling Stone Brasil, Revista Trip e Bravo! pela sua “precocidade, espontaneidade e talento” para compor e cantar tanto em inglês como em português.
Isaura
Começou nos concursos de talentos das televisões mas o seu percurso subiu em flecha até assinar em 2017 com a Universal. Já subiu a palcos diversos como o Rock em Rio ou o Nós D’Bandada. O seu primeiro tema “Useless” de 2014 ganhou fãs logo nessa noite e a comunidade partilhou a música sem necessidades de promoção maior do que o boca-a-boca. Antes do fim-de-ano já Henrique Amaro, da Antena 3e ligado agora ao Festival da Canção, sublinhava o valor do novo talento: “Isaura é uma das apostas para 2015”, disse aos microfones. O talento de Isaura contadora de histórias através da pop e eletrónica tem-lhe sido reconhecido.
Jorge Palma
O que escrever sobre Jorge Palma em tão poucas linhas? Em primeiro lugar, irá repetir a sua experiência no Festival da Canção depois da sua participação em 1975! Em segundo lugar, que se trata de um dos músicos com mais longa carreira em Portugal e com uma legião de fãs de todas as idades. Tem 13 álbuns lançados a solo, 21 coletâneas e um sem número de participações nos mais diversos projetos com os mais variados artistas. É autor de letras que contam histórias, com significado e sentimento.
JP Simões
O seu curriculum musical começou mais afincadamente em 1995 em diversos projetos como os Pop dell’Arte, Belle Chase Hotel, Quinteto Tati, bem como a solo. Escreveu contos, letras de canções, argumentos para cinema e participou ativamente como músico e ator em filmes de Fernando Vendrell, Edgar Pêra, António Ferreira e outros, assinando pelo caminho algumas bandas sonoras para documentários. Também escreveu para teatro e televisão. Em 2007 lançou “1970”, o seu primeiro álbum a solo, e “O Vírus da Vida”, livro de contos. Tem 8 álbuns editados e temas em variadas compilações. Colabora com diversos cantores, entre as quais Márcia.
Rita Dias
Fruto da seleção aberta do Festival da Canção. Nasceu em Coimbra. Morou no Brasil. Vive em Lisboa. As suas canções têm a cumplicidade da lusofonia e a essência da portugalidade. Em 2013, juntou-se a quatro músicos portugueses, a quem chama "Os Malabaristas". Lançou o seu primeiro álbum “com os pés na terra”. E com ele, o vídeo do primeiro single “Choraminguice”. Em 2014 lançou “A gente dura”, “um manifesto de resistência contra a perda de identidade, que defende a cultura e defende-nos a todos contra a ameaça da falta dela”. Para esse “grito coletivo”, Rita Dias chamou Carlos do Carmo, Eunice Muñoz, Paulo de Carvalho, Nuno Artur Silva, Celina da Piedade, Pedro Moutinho, Joana Seixas, António Macedo e José Fialho Gouveia, além de muitos portugueses anónimos que cantaram com ela na rua. Também é a voz do hino da RTP Memória.
LEIA A PRIMEIRA PARTE DO ESPECIAL AQUI
O primeiro vídeo do Janeiro surpreendeu-me pela negativa. Vou tentar evitar os adjetivos. Mas há ali problemas claros com a métrica da letra metendo palavras de sopetão onde não cabem, é algo que não via há muito tempo. A ver se a Luísa Sobral e depois, quem sabe, o Luís Figueiredo lhe dão uma ajuda.
ResponderEliminarAdorava que o Jorge Palma assumisse a interpretação e tivesse um golpe de génio.
ResponderEliminarA Mallu Magalhães que faça um dueto com o Tiago Nacarato do The Voice Portugal.
ResponderEliminarA claudia pascoa seria bem melhor. São parecidas.
EliminarIsaura, Diogo Piçarra, Julio Resende são os três nomes que mais me agradam desta lista, sem menosprezar os restantes. São uma lufada de ar fresco neste Festival da Canção e que há muito se desejava. Acredito que vão sair daqui excelentes propostas e mais sairão, concerteza, de outros compositores. Espero, acima de tudo, que este ano represente a viragem na estratégia e na forma como a RTP investe e olha para o produto que é o Festival da Canção e, consequentemente, o ESC. Temos tanta ou mais capacidade de brilhar que a maioria dos países que se apresenta neste concurso, basta querer e apostar as cartas certas. Tantos outros bons nomes haveria e ainda bem que não estão todos nesta lista, para poderem dar o ar da sua graça nos próximos anos, quem sabe. A partir daqui a fasquia fica mais elevada e, consequentemente, crescerá o interesse de mais compositores em participar no FC. Well done RTP! :)
ResponderEliminarA maioria destes compositores tem influências da música Brasileira, tudo muito igual... Efeito Salvador Sobral, talvez, que deixa antever noites de seca... Meteram uma Capicua e uma Isaura ali só para disfarçar... Não há variedade, não há modernidade!... Música para elites... É este o caminho que o Festival vai seguir...
ResponderEliminarÀ custa dos irmãos Sobral e da mudança de perspectiva da RTP O Festival voltou a apaixonar as pessoas. Há uma maior exigência... É um novo ciclo do Esc que se percebe desde a Jamala e que se confirmou com o Salvador. Esqueçam lá as divas gritonas, os miúdos com efeitos especiais e o pop mastigado e remastigado.
EliminarConcordo com o anónimo das 11:16.
EliminarO FdC e o ESC estão a ganhar novos públicos (muito graças ao irmãos Sobral). E esse público mais exigente e eclético, que dantes não se interessava pelo festival, não quer divas gritonas, Justin Biebers em versão 2.0. ou pop remastigada. Eu não quero e estou a dar um oportunidade ao FdC, pela primeira vez na vida. Gosto muito de alguns destes nomes (outros nem tanto, mas vou dar o benefício da dúvida).
Pop mastigado e remastigado? Já viu e ouviu os vídeos dos compositores convidados? O seu estilo de música também é mastigado e mais que remastigado! As suas melodias e sons já se ouviram milhares de vezes! Eles não são músicos avant-garde! "Amar pelos dois", por exemplo, não é propriamente original! Existem trabalhos com qualidade e outros com menos qualidade em qualquer estilo, mas que não deixam de ser "déjá vu".
EliminarQuem lhe disse que Amar Pelos Dois era um novo género? Não confunda género com composição. A composição é bem original e surpreendente (e isso comprova-se pela extraordinária repercussão que tem no meio musical, nomeadamente em gente que estuda música e domina instrumentos, nem que sejam exóticos) mas integra-se num género clássico, tem uma matriz claramente jazística.
EliminarEvidentemente, dentro do pop podem ocorrer propostas bem estruturadas em todos os ingredientes da composição. Infelizmente não vi nenhuma no ESC de 2017. Tudo mediano e remastigado dentro do que se ouviu do género.
Quer se queira quer não, o facto de termos ganho pela primeira vez dá bastante credito ao estilo de musica. Quanto a modernidade que tipo por exemplo ? Pimba , Landum sei lá ...?
Eliminar11:16 percebe uma coisa amori. As divas gritonas, miudos com efeitos especiais, como gostas de os chamar NAO VAO ser esquecidos, vao continuar lá quer tu gostes ou nao. Chega a ser CHATO estarem sempre com o mesmo discurso de que o salvador mudou o rumo do ESC. Não mudou e voces vao ver isso este ano. As divonas vão continuar, porque isso fez e continuara a fazer parte do ESC. O Salvador foi apenas um caso unico, um diamante em bruto. Coisas que não se repetem, ao contrario de tantas actuaçoes pop.
Eliminar15:31 Que mal tem pimba? Faz parte da cultura portuguesa e irrita-me um pouco que pessoas façam esses comentários, são sempre portugueses, é incrivel. Preferem antes copiar estilos de outros países, quando ha muitos países que copiam o nosso pimba. irónico.
Eliminar12:54 lamento e sei que voces acham muito isso mas o ESC nao ganhou novos publicos. Pessoas que gostam desse tipo de musica nao perdem tempo a votar no ESC porque sabem que as actuaçoes são, na sua maioria, pop radio friendly. Metam isso na cabeça e abram a vossa mente em relaçao ao pop, porque nota-se TANTO que estão com mente fechada, preconceito mesmo. Basta ler os insultos gastos LOL: 'justin biebers,divas gritonas' Yawnn só um certo tipo de musica é que tem qualidade? não é agora que está na moda ser hipster? enfim... querem que aceitem outros estilos mas depois nao aceitam e mandam outros abaixo.
14:59 não ouviu nenhuma boa proposta de pop no ESC 2017? Pelo amor de deus...deve ser daqueles intelectuais que só ouve musica dos anos 80 porque tudo o que seja moderno é má musica. Infelizmente ainda temos publico com esse tipo de pensamento a ver e votar no FDC, por isso é que tantos artistas bons de pop não querem lá meter os pés :/ é pena.
Eliminar"As divas gritonas, miudos com efeitos especiais, como gostas de os chamar NAO VAO ser esquecidos, vao continuar lá quer tu gostes ou nao. Chega a ser CHATO estarem sempre com o mesmo discurso de que o salvador mudou o rumo do ESC. Não mudou e voces vao ver isso este ano."
Eliminar(h) (h) (h)
Há espaço para todos! Não briguem! Ana Malhoa à Eurovisão em 2019?
01:57 Sinceramente a Ana é uma versão morena da Suzy e até dança/canta melhor mas NÃO iria resultar. Já para não falar que a Ana tem mais influencias de musica da america latina do que pimba.
Eliminar11:16 Discordo com Jamala, era um tema politico, e muita gente não gostou a canção, ela não foi a mais votada pela juri e nem pela televoto, ganhou por sorte.
EliminarPor definição eclético é aquele que é partidário de diversas formas de conduta ou opinião, aquele que aprecia diversos tipos de música, de comidas, de leituras etc. Sem seguir uma linha rígida de pensamento é capaz de uma posição intelectual ou moral caracterizada pela escolha entre diversas formas de opinião. Uma pessoa eclética em relação à música terá tendência a apreciar vários estilos ou géneros musicais, é capaz de manter uma mente aberta e não restringir a sua apreciação baseando-a em preconceitos ou rótulos predefinidos. É capaz portanto de estabelecer a sua apreciação independentemente da opinião da maioria ou das tendências ditadas pelos criticos musicas, baseando-se apenas na sensação emotiva ( e aqui incluindo qualquer tipo de nuance emocional ) que uma música ou canção lhe desperta. Uma pessoa verdadeiramente eclética não sentiria qualquer prejuizo sobre "divas gritonas", "Pop remastigado", "miúdos com efeitos especiais", ou até sobre a música pimba.
EliminarPor oposição alguns sectores pseudo-intelectuais utilizam a palavra "eclético" como uma forma inconsciente de se sentir superior aos outros estabelencendo "gostos mais cultos e refinados", numa tentativa de esquecer apenas a sensação interior de inferioridade, o vazio existencial e a frustração que de facto é o fio condutor das suas vidas. Mais do que sensibilidade musical seria necessário treinar essas pessoas a abrir de novo o coração para a vida, aprender a rir às gargalhadas, dançar sem pudor ao som de uma canção "populucha", cantar até perder a voz um refrão remastigado, em vez de viver uma vida de "peidos engarrafados" atrás de um monitor de computador a fazer critica musical. A música tal como a vida é para ser sentida e não pensada. Ass. nenhum dos anónimos/as anteriores
02:05 (h) (h)
EliminarMeu Deus Mallu Magalhães :) ela é genial, seus albums são incríveis!!! Seria maravilhoso a participação da Banda do Mar. Acompanho o seu trabalho desde 2008, tão feliz por esse feito
ResponderEliminarbler! nem pensar!
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