Lisboa é uma das cidades portuguesas na corrida para receber o Festival Eurovisão da Canção de 2018, tal como avançou o presidente da RTP. Neste artigo, dizemos-lhe tudo o que precisa de saber sobre uma das potenciais cidades anfitriãs da competição europeia.
A CIDADE
Nascida a partir de uma citânia a norte do local onde se encontra o Castelo de São Jorge, a fundação de Lisboa é, muitas vezes, atribuída ao herói mitológico Ulisses. Em 195 a.C., o local foi conquistado e povoado pelos romanos que lhe deram o nome de Olísipo, tornando-se um centro de defesa estratégica. A fisionomia dos povos foi sofrendo grandes alterações, principalmente devido à sua conquista por parte dos povos germanos e árabes, que lhe conferiram o papel de fortaleza para refúgio dos habitantes que fugiam dos exércitos cristãos, à medida que estes iam reconquistando território.
Nas séculos seguintes, a cidade foi conquistada e reconquistada sucessivas vezes por muçulmanos e cristãos (do Reino de Castela), até que D. Afonso Henriques a conquistou, em 1147, expandindo-a para fora das muralhas. As constantes ameaças do rei de Castela fizeram que, no século XIV, o rei D. Fernando mandasse construir uma nova muralha, a Cerca Nova.
Em 1500, D. Manuel I abandonou o castelo e passou a fixar-se no Paço Real, onde a vida comercial se passou a centralizar, nascendo, nessa altura, o Bairro Alto. A história da cidade fica irremediavelmente marcada pelo terramoto de 1755, que destruiu grande parte da cidade. Para recuperar a cidade, o Marquês do Pombal empreendeu uma obra de requalificação urbanística notável e que ainda hoje é digna de admiração em todo o mundo.
A vitória do Liberalismo deu a liberdade de construção de alguns dos atuais edifícios emblemáticos da cidade, entre os quais, o Palácio da Ajuda, a Ópera de S. Carlos, a Basílica da Estrela e o Teatro D. Maria II, sendo que, no século XX, a Avenida da Liberdade passou a apresentar-se como o eixo da nova cidade. A Revolução dos Cravos, em 1974, e a assinatura do Tratado de Adesão à CEE, em 1985, marcaram a história recente da capital portuguesa, bem como a organização da EXPO 98.
Nas séculos seguintes, a cidade foi conquistada e reconquistada sucessivas vezes por muçulmanos e cristãos (do Reino de Castela), até que D. Afonso Henriques a conquistou, em 1147, expandindo-a para fora das muralhas. As constantes ameaças do rei de Castela fizeram que, no século XIV, o rei D. Fernando mandasse construir uma nova muralha, a Cerca Nova.
Em 1500, D. Manuel I abandonou o castelo e passou a fixar-se no Paço Real, onde a vida comercial se passou a centralizar, nascendo, nessa altura, o Bairro Alto. A história da cidade fica irremediavelmente marcada pelo terramoto de 1755, que destruiu grande parte da cidade. Para recuperar a cidade, o Marquês do Pombal empreendeu uma obra de requalificação urbanística notável e que ainda hoje é digna de admiração em todo o mundo.
A vitória do Liberalismo deu a liberdade de construção de alguns dos atuais edifícios emblemáticos da cidade, entre os quais, o Palácio da Ajuda, a Ópera de S. Carlos, a Basílica da Estrela e o Teatro D. Maria II, sendo que, no século XX, a Avenida da Liberdade passou a apresentar-se como o eixo da nova cidade. A Revolução dos Cravos, em 1974, e a assinatura do Tratado de Adesão à CEE, em 1985, marcaram a história recente da capital portuguesa, bem como a organização da EXPO 98.
TRANSPORTES
Com ligações a praticamente todos os pontos do país, chegar a Lisboa por via rodoviária é bastante acessível a todos. A A1 (autoestrada), a ponte 25 de Abril, a ponte Vasco da Gama e a CREL (Circular Regional Exterior de Lisboa) são as vias rodoviárias mais usadas para chegar à capital portuguesa, sendo possível chegar através de autocarros nacionais (chegadas sobretudo ao terminal da Praça Marechal Humberto Delgado) e de autocarro internacionais (chegadas sortudo ao terminal da Gare do Oriente).
As estações de Santa Apolónia e Gare do Oriente estão munidas com o serviço de comboios Alfa Pendular, Intercidades e Regional, com partidas e chegadas para diversos pontos do país, sendo a capital portuguesa também servida pelos serviços urbanos da CP: Linhas de Sintra, Cascais, Azambuja e Sado. A travessia ferroviária do Tejo é feita pela Fertagus.
Também é possível chegar a Lisboa desde o Seixal, Barreiro, Montijo, Cacilhas, Almada, Trafaria e Porto Brandão através de transporte fluvial assegurado pela Transtejo e Soflusa, enquanto que os navios de cruzeiro internacionais chegam aos terminais de Alcântara e Santa Apolónia. Contudo, a grande opção para os eurofãs estrangeiros será de avião, sendo que os voos internacionais e domésticos chegam ao Aeroporto Humberto Delgado, no centro da cidade.
Dentro da cidade, as opções são inúmeras: o Metro de Lisboa, constituído por 56 estações e quatro linhas, tem uma extensão de 45km de rede, fazendo ligações do centro da cidade à Reboleira e a Odivelas, fora do concelho de Lisboa. Além disso, a Carris, empresa concessionária dos transportes públicos de superfície na capital, oferece ligações a todos os pontos da cidade, podendo o mesmo ser complementado com os serviços urbanos da CP- Comboios de Portugal.
As estações de Santa Apolónia e Gare do Oriente estão munidas com o serviço de comboios Alfa Pendular, Intercidades e Regional, com partidas e chegadas para diversos pontos do país, sendo a capital portuguesa também servida pelos serviços urbanos da CP: Linhas de Sintra, Cascais, Azambuja e Sado. A travessia ferroviária do Tejo é feita pela Fertagus.
Também é possível chegar a Lisboa desde o Seixal, Barreiro, Montijo, Cacilhas, Almada, Trafaria e Porto Brandão através de transporte fluvial assegurado pela Transtejo e Soflusa, enquanto que os navios de cruzeiro internacionais chegam aos terminais de Alcântara e Santa Apolónia. Contudo, a grande opção para os eurofãs estrangeiros será de avião, sendo que os voos internacionais e domésticos chegam ao Aeroporto Humberto Delgado, no centro da cidade.
Dentro da cidade, as opções são inúmeras: o Metro de Lisboa, constituído por 56 estações e quatro linhas, tem uma extensão de 45km de rede, fazendo ligações do centro da cidade à Reboleira e a Odivelas, fora do concelho de Lisboa. Além disso, a Carris, empresa concessionária dos transportes públicos de superfície na capital, oferece ligações a todos os pontos da cidade, podendo o mesmo ser complementado com os serviços urbanos da CP- Comboios de Portugal.
O QUE VISITAR
A capital portuguesa tem um leque variado de opções para visitas. Destacamos para os amantes das artes, algumas visitas que consideramos que devem ser destacadas: O Museu Nacional da Dança e do Teatro, cujo acervo inclui mais de 250.000 peças; o Museu Nacional da Música que inclui uma das mas ricas coleções instrumentais da Europa; o Museu do Fado, consagrado à canção urbana de Lisboa; e a Casa-Museu da Fundação Amália Rodrigues, a casa onde Amália "a voz de Portugal" viveu mais de meio século.
A Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, são uns dos ex-líbris da capital portuguesa, sem também esquecer a Baixa Pombalina e o Castelo de São Jorge, bem como diversos palácios e museus espalhados pela cidade. Sintra e Estoril são também obrigatórias de visitar para quem ruma à capital portuguesa, especialmente na altura quente.
A Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, são uns dos ex-líbris da capital portuguesa, sem também esquecer a Baixa Pombalina e o Castelo de São Jorge, bem como diversos palácios e museus espalhados pela cidade. Sintra e Estoril são também obrigatórias de visitar para quem ruma à capital portuguesa, especialmente na altura quente.
ALOJAMENTOS
A região de Lisboa tem mais de 60.000 camas em hotéis, apartamentos turísticos e alojamento local. Encontrar disponibilidade de alojamento para a semana eurovisiva poderá não ser tarefa tão fácil como pode parecer à primeira vista: a procura crescente da capital portuguesa, o número elevado de congressos e outros eventos, atraem um número cada vez mais elevado de turistas que, por si só, costumam esgotar a generalidade dos alojamentos disponíveis. Reservar alojamento noutros concelhos da Área Metropolitana será uma opção, apesar da qualidade dos transportes públicos não ser a melhor.
ARENA
Projetado por Regino Cruz, o MEO Arena (anteriormente designado Pavilhão Atlântico) é o maior pavilhão de espetáculos em Portugal, tendo sido construído para a EXPO 98 onde era denominado Pavilhão da Utopia. Com capacidade máxima de 20 mil espectadores em concertos, o recinto é apontado como o grande favorito para receber o Festival Eurovisão 2018. Considerando o palco e outras necessidades para as transmissões televisivas, a lotação esgotada poderá descer para os 14.000 espectadores, como aconteceu no recente concerto solidário.
Sede dos MTV Europe Music Awards 2005 e do Web Summit 2016, o Meo Arena tem sido palco de alguns dos mais importantes concertos realizados em Portugal nas últimas duas décadas: a capacidade máxima do recinto foi alcançada no concerto dos Scorpions, com um total de 20 114 pessoas presentes.
No coração do Parque das Nações, o MEO Arena beneficia de uma localização privilegiada com boas acessibilidades graças à confluências dos grandes eixos rodoviários que servem a zona oriental de Lisboa, como a CRIL, a Ponte Vasco da Gama e o eixo Norte-Sul. A proximidade do Terminal Fluvial e à Gare do Oriente, que permite a ligação da rede de transportes públicos (Metro, CP e Carris) são outras das grandes regalias.
A Sala Tejo (sede do Festival da Canção de 1999, 2000 e 2007 e com capacidade para 2200 pessoas) e a Arena Box (com capacidade entre 500 e 4000 pessoas) são salas pertencentes ao complexo Meo Arena e que poderão ser também utilizadas no Festival Eurovisão em caso de escolha do recinto, como centro de Imprensa, Backstages ou Centro de Conferências.
Sede dos MTV Europe Music Awards 2005 e do Web Summit 2016, o Meo Arena tem sido palco de alguns dos mais importantes concertos realizados em Portugal nas últimas duas décadas: a capacidade máxima do recinto foi alcançada no concerto dos Scorpions, com um total de 20 114 pessoas presentes.
A Sala Tejo (sede do Festival da Canção de 1999, 2000 e 2007 e com capacidade para 2200 pessoas) e a Arena Box (com capacidade entre 500 e 4000 pessoas) são salas pertencentes ao complexo Meo Arena e que poderão ser também utilizadas no Festival Eurovisão em caso de escolha do recinto, como centro de Imprensa, Backstages ou Centro de Conferências.
Fique atento aos próximos artigos e conheça as restantes cidades
Fonte: ESCPortugal; Wikipédia; Wikitravel / imagens: Google
A melhor escolha
ResponderEliminarSiiim
ResponderEliminarclaro que tem de ser lx!!!!!!
ResponderEliminarGostei das vossas sugestões de visitas. Não foram só para os locais óbvios
ResponderEliminarMas ainda alguém quer a Eurovisão sem ser em Lisboa? Parem de olhar para supostas "centralizações" e vejam a realidade... Se com a produção televisiva há uma supressão de 20000 para 14000 lugares nem quero imaginar nas outras candidaturas... Quase que enche com figurantes do programa da manhã... (post script: Vivo na Madeira, para mim é indiferente ir para Norte ou para Sul.)
ResponderEliminarEstão todos a falar dos 20.000 lugares ou dos 15.000!!! Parece que tem visto a Eurovisao nos últimos anos onde com arenas menores nem as conseguem encher, vê-se quase sempre em semifinais muitos lugares vazios, em Portugal não será diferente, será claro com uma Arena maior vão-se notar mais os espaços vazios (só fica mal para o anfitrião) tudo também pelo elevado preço dos bilhetes
EliminarDiga-me só uma coisa...Você é de Santa Maria da Feira, de Gondomar ou de Guimarães?
EliminarAnónimo das 10:58 dúvido muito q isso vá ter um grande impacto em Portugal. Especialmente se for em Lisboa os portugueses e os espanhóis vão encher a arena quase toda, principalmente os portugueses como é óbvio porque isto é novidade cá e quase toda a gente vai querer ir ver ao vivo.
EliminarVivo no Porto, mas apoio a escolha da MEO arena em Lisboa
ResponderEliminarAcho bem que seja em Lisboa!
ResponderEliminarNão faço ideia do custo de ter o Meo Arena reservado durante mais de um mês para a eurovisão mas a verdade é que não faz sentido isto ser noutro sítio ou cidade.
ResponderEliminarEspaço que nunca devia ter sido privatizado... Portugal deve ser dos poucos países sem uma arena ou espaço multiusos que seja gerência do estado...
EliminarEstranho. Penso que é exatamente o oposto. Quais os países ocidentais que têm arenas desta dimensão que sejam do Estado?
EliminarSubstitua o sem por com. O que queria dizer é que sendo Portugal um dos poucos com esse privilégio deveríamos ter continuado com ele.
EliminarO Meo Arena tem gestão privada, não é do estado.
Eliminarpalpita-me que o Meo Arena está reservado desde o 1º minuto
ResponderEliminarComo um utilizador deste forum já expôs há um mês: "o meu grupo religioso teve de mudar de local para o seu evento porque o MEO Arena está reservado para a RTP nos meses Abril e Maio de 2018." Ainda têm dúvidas que não vai ser lá? O que só falta saber são as datas oficiais que vão ser anunciadas na proxima semana pela RTP e a EBU para determinar o período oficial de reserva do MEO Arena (aproximadamente um mês). Isto inclui cerca de 10 espetáculos em duas semanas (4 ensaios, 3 galas dos juris, 2 semifinais e grande final) com o acrescimo de dias de montagem e desmontagem do material cénico e técnico. O concurso público durante o verão é uma regra da EBU para o País anfitrião para dar oportunidade a outras cidades interessadas se defenderem e oficializar a escolha final e as suas razões. O Anúncio oficial da cidade anfitriã e respetiva arena será feito no início de Setembro. Até lá só "especulações". Mas dada a realidade do nosso país e a postura "low-cost" da RTP na organização do evento é mais barato fazer a Eurovisão 2018 no Parque das Nações com a Câmara de Lisboa e as muitas empresas patrocinadoras que já demonstraram o seu interesse do que fazer numa cidade com aeroporto muito distante e necessidade de construir parcialmente novas intraestruturas para acolher o certame.
Eliminar"Especulações" à parte... Não percam a Eurovision SC - Lisbon 2018 8, 10 e 12 de Maio no MEO Arena (15000-17000 espetadores)
Rei de Castelo -> Rei de Castela?
ResponderEliminarApoio que seja Lisboa. Sou de Faro.