Estivemos no concerto intimista de Celina da Piedade em Águeda. No meio da agitação e do colorido do evento “Agitágueda”, a cantora conseguiu transportar o público para uma introspetiva e delicada viagem pelo universo folk.
O concerto de Celina da Piedade foi uma introspetiva e delicada viagem pelo universo do folclore e do spoken word, invocando o legado de temas tradicionais portugueses e de canções de sua autoria. Contudo, é a sua voz sublime que verdadeiramente se destaca: doce, sedutora, mas também melancólica e frágil; uma voz que tanto arrepia como relaxa; uma voz que, complementada pelo acordeão, consegue cativar o público ao longo de uma hora em pleno centro histórico de Águeda. E foi, precisamente, no meio do reboliço do Agitágueda, evento que atrai milhares de pessoas de todo o país sobretudo em busca da instalação artística feita de guarda-chuvas coloridos, que Celina conseguiu criar um cantinho mais intimista. Um privilégio para o público, que assim teve a oportunidade de estar ali muito perto da artista.
O concerto começou com um solo de acordeão, seguido de uma breve apresentação. “Em Águeda sinto-me em casa”, afirmou Celina, que aproveitou para recordar alguns dos concertos que já protagonizou nesta cidade de há vários anos a esta parte. É, pois, com “orgulho que faço parte deste evento tão bonito" que a cantora e autora sublinhou ao que vinha. “Cantar o que vai na alma, me anima e vos pode animar”.
E foi assim que uma dezena de canções passaram pelo palco, dos temas tradicionais “Pombinha branca” e “A Saia da Carolina”, respetivamente do Baixo Alentejo e de Trás-os-Montes, passando por outros que tiveram uma nova roupagem, como “Altinho”, “Roubei-te um beijo” ou “Laranja da China”. Entre cada tema, Celina falou diretamente para o público, contextualizando o momento, não fosse a artista, para além de intérprete, professora e investigadora.
Do passado com Rodrigo Leão, trouxe-nos “Tardes de Bolonha”, confessando-se “grande fã” dos Madredeus desde sempre. A postura em palco da cantora/compositora também merece ser mencionada, tendo contribuído para a criação de um ambiente envolvente. Do último CD intitulado “Sol”, Celina ofereceu ainda "Canção de nanar" e “Aurora tem um menino”, uma moda alentejana.
Antes do último tema, Celina interpretou “Primavera”, canção com a qual participou no Festival da Canção 2017. A cantora, que também assinou a letra e a música com Alex Gaspar, fez questão de recordar essa participação. “O festival foi incrível este ano!”, exclamou. O ESCPORTUGAL tem o vídeo desse momento, especialmente para os nossos leitores:
Muito alegre e divertida. Deve ter sido uma tardada 😊
ResponderEliminarOntem a Filipa Sousa 'cantou' a sua canção Vida Minha na RTP à tarde!
ResponderEliminarE o novo concurso da RTP chamado 'A capella' tem como jurados dois dinossauros da Eurovisão/FC, a Simone de Oliveira e o Júlio Isidro!
Obrigado pela informação. Pode saber mais sobre o concurso da RTP aqui: http://www.escportugal.pt/2016/11/portugal-simone-de-oliveira-confirmada.html
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