Luísa Sobral deu, ontem à noite, um concerto em Coimbra, o primeiro após a aventura do Festival Eurovisão da Canção. A cantora trouxe na bagagem as canções do seu último álbum, bem como algumas recordações de trabalhos passados e algumas surpresas. O ESCPORTUGAL esteve no Convento de São Francisco.
O renovado e reabilitado Convento de São Francisco foi pequeno para receber todos aqueles que quiserem ver ao vivo Luísa Sobral, que apresentou em Coimbra “Luísa”, o seu 4.º álbum de originais. Gravado em Los Angeles, no mítico United Recording Studios, uma das catedrais sagradas da música das últimas décadas e por onde passaram históricos como Frank Sinatra, Ray Charles ou Ella Fitzgerald, “Luísa” foi produzido por Joe Henry, um dos mais conceituados produtores da atualidade, vencedor de três Grammy Awards. Foi lançado no final de 2016.
Fomos recebidos em Coimbra por um ambiente intimista recriado em palco, como se de uma sala de estar se tratasse, destacando-se a diversidade de candeeiros de mesa que se acenderam aos primeiros acordes musicais. Intimista, apesar de estarmos perante uma casa que lutou os seus 1100 lugares.
Fomos recebidos em Coimbra por um ambiente intimista recriado em palco, como se de uma sala de estar se tratasse, destacando-se a diversidade de candeeiros de mesa que se acenderam aos primeiros acordes musicais. Intimista, apesar de estarmos perante uma casa que lutou os seus 1100 lugares.
Todos sabíamos que o âmago deste concerto de Luísa Sobral teria por base “Amar pelos dois”, a canção que escreveu e compôs para o seu irmão Salvador Sobral e que conquistou os corações dos europeus e australianos no passado sábado em Kiev. Mas logo quando ouvimos os primeiros segundos de “Learn how to love”, tema do seu último álbum e que abriu este concerto, o público esqueceu por momentos o tema vencedor da Eurovisão e concentrou-se nas canções que fazem da carreira de Luísa Sobral uma história de sucesso a caminho de uma década. E assim sendo, subitamente, o concerto começou e desde logo a atenção do público se focou na voz de Luísa e na sua guitarra. O público viu-se “obrigado” a render-se ao encanto peculiar da artista.
Apesar de bastar o talento de Luísa Sobral para encantar toda a plateia, a sua banda, composta por Carlos Miguel Antunes (bateria), Mário Delgado (guitarra), João Hasselberg (contrabaixo e baixo) e Joaquim Rodrigues (piano e teclas), provou que um verdadeiro espetáculo de jazz é feito em equipa.
Depois da abertura, Luísa dirigiu-se ao público, agradeceu a sua presença e confessou: “Depois de umas semanas caóticas, confesso que eu gosto é disto”. Teve como resposta uma enorme salva de palmas. Seguiu-se “On my own” e “Jardim Roma”, este último escrito por João Monge, o primeiro tema cantado aqui em português. Luísa admitiu que gosta de compor para si e para outros, mas esta foi a primeira canção que resultou de uma obra de outro para a sua voz. “Quando li ‘Jardim Roma’ senti de imediato a sua melodia. Há letras que já têm música". O 4.º tema da noite foi "As The Night Comes Along", seguindo-se “Inês” e “Janie”, tema favorito da sua mãe, como fez questão de dizer. Luísa conseguiu criar muito bem aquela espécie de atmosfera bluesy tão inerente à sua música, dando uma emoção muito especial ao tema.
De seguida, Luísa trocou o inglês e o português pelo francês ao cantar “Je t’adore”. De destacar aqui o solo de percussão, que mereceu uma reação apoteótica do público. Em continuação um tema de Billy Joel de 1989 que a cantora integrou no seu álbum, "And So It Goes", aqui interpretado apenas ao som do piano pelas mãos da própria. Ainda ao piano pudemos ouvir "Rainbow", um tema do 2.º álbum lançado em 2013.
“Amar pelos dois” surgiu inesperadamente. Apenas a voz de Luísa, a guitarra de Mário Delgado e um foco de luz sobre ambos. Luísa cantou integralmente a canção com o público, dizendo que agora “a canção é de todos”. A cantora fez questão de enaltecer o trabalho de Luís Figueiredo, filho da terra presente na plateia e autor dos arranjos. Temos um pequeno excerto em vídeo especialmente para os nossos leitores:
Apesar de bastar o talento de Luísa Sobral para encantar toda a plateia, a sua banda, composta por Carlos Miguel Antunes (bateria), Mário Delgado (guitarra), João Hasselberg (contrabaixo e baixo) e Joaquim Rodrigues (piano e teclas), provou que um verdadeiro espetáculo de jazz é feito em equipa.
Depois da abertura, Luísa dirigiu-se ao público, agradeceu a sua presença e confessou: “Depois de umas semanas caóticas, confesso que eu gosto é disto”. Teve como resposta uma enorme salva de palmas. Seguiu-se “On my own” e “Jardim Roma”, este último escrito por João Monge, o primeiro tema cantado aqui em português. Luísa admitiu que gosta de compor para si e para outros, mas esta foi a primeira canção que resultou de uma obra de outro para a sua voz. “Quando li ‘Jardim Roma’ senti de imediato a sua melodia. Há letras que já têm música". O 4.º tema da noite foi "As The Night Comes Along", seguindo-se “Inês” e “Janie”, tema favorito da sua mãe, como fez questão de dizer. Luísa conseguiu criar muito bem aquela espécie de atmosfera bluesy tão inerente à sua música, dando uma emoção muito especial ao tema.
De seguida, Luísa trocou o inglês e o português pelo francês ao cantar “Je t’adore”. De destacar aqui o solo de percussão, que mereceu uma reação apoteótica do público. Em continuação um tema de Billy Joel de 1989 que a cantora integrou no seu álbum, "And So It Goes", aqui interpretado apenas ao som do piano pelas mãos da própria. Ainda ao piano pudemos ouvir "Rainbow", um tema do 2.º álbum lançado em 2013.
“Amar pelos dois” surgiu inesperadamente. Apenas a voz de Luísa, a guitarra de Mário Delgado e um foco de luz sobre ambos. Luísa cantou integralmente a canção com o público, dizendo que agora “a canção é de todos”. A cantora fez questão de enaltecer o trabalho de Luís Figueiredo, filho da terra presente na plateia e autor dos arranjos. Temos um pequeno excerto em vídeo especialmente para os nossos leitores:
Depois de "Paspalhão", tema que soltou alguns sorrisos na plateia, “Alone” e "Stormy Weather", canção que pôs o público a cantarolar. Do 3.º álbum, lançado em 2014 especialmente criado para as famílias, surgiu “João”, muito cantarolado pelas crianças presentes na sala. Um dos momentos divertidos da noite, uma versão “à Luísa” de “Hello”, tema celebrizado por Adele, apenas acompanhada por um dos seus músicos à percussão.
A fechar o concerto, "My Man" e "Cupido", ambos do último álbum.
O público não deixou que Luísa fosse definitivamente embora: O inevitável encore fez-se com "I Will Be Home With You Tonight", canção escrita nos momentos solitários numa digressão no estrangeiro, quando as saudades de casa apertavam. E foi sozinha, ao piano, que Luísa interpretou o tema. Por fim, "Xico", cantado com o público a reagir como se de um grande coro se tratasse.
O público não deixou que Luísa fosse definitivamente embora: O inevitável encore fez-se com "I Will Be Home With You Tonight", canção escrita nos momentos solitários numa digressão no estrangeiro, quando as saudades de casa apertavam. E foi sozinha, ao piano, que Luísa interpretou o tema. Por fim, "Xico", cantado com o público a reagir como se de um grande coro se tratasse.
Linda um doce de menina
ResponderEliminarEspero que um dia Luísa revele a 2ª canção que tinha inicialmente escrito para o Salvador e que foi preterida por "Amar pelos Dois". Ou por que não, se for realmente boa, entregá-la a outro intérprete para o Festival de 2018?
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