Em entrevista com o ESCPORTUGAL, João Pedro Coimbra confessou gostar da reestrturação que a RTP impôs ao Festival da Canção, o que permite que escreva uma canção em inglês. As palavras do músico e autor do Porto já de seguida.
João Pedro Coimbra fundou o grupo Mesa em 2001. À época convidou Marta Ren, Pedro Moura e Adriano Sérgio para a sua formação. Em 2003, é editado o seu primeiro álbum, de título homónimo que conta com a participação dos experientes Mário Barreiros e Alexandre Soares na produção. Os singles 'Esquecimento', 'Mímica Sísmica' e, sobretudo, 'Luz Vaga', recebem um forte apoio de rádios nacionais, o que leva a que seja feita uma 2ª edição do álbum que, conta com um inédito de Scott Walker através da recuperação das gravações do tema '30 Century Man'. Na mesma altura vencem um Globo de Ouro, na categoria de "Melhor Grupo do Ano" e são nomeados aos MTV Europe Music Awards, na categoria de "Best Portuguese Act". Mónica Ferraz era vocalista do grupo, que sai em 2012 para dar lugar a Rita Reis, ex-Nonstop que representou Portugal na Eurovisão 2006, que se mantém ainda hoje.
O último álbum "Loner" foi apresentado publicamente, tal como publicámos AQUI. “Asteroide” foi um dos seus últimos temas lançados em público:
Numa entrevista realizada na cidade invicta, João Pedro Coimbra fala-nos do convite para participar no Festival da Canção 2017. “Fiquei contente principalmente pelo enquadramento em que surgiu o convite, uma profunda restruturação na forma como a RTP pensou o Festival”, afirmou o músico, que confessou nunca ter pensado antes em participar no histórico programa da televisão portuguesa. Para si, o festival carrega “uma herança rica e recheada de excelentes autores, compositores, orquestradores e intérpretes que enriqueceram, ao longo de várias décadas, a cultura musical portuguesa. Penso - concretiza - que os convites foram endereçados tendo em conta a visão pessoal de cada compositor. No meu caso, pretendo que a canção materialize essa minha visão, tendo em conta o fim a que se destina”.
Quando questionado sobre a canção que está a compor, João Pedro Coimbra não hesitou em responder: “A canção que escrevi tem um registo pop-eletrónico”, sintetizou..
Neste festival, não iremos ver os Mesa nem em concreto Rita Reis no palco do festival. “Aproveitei este convite para convidar um intérprete masculino”, informou, sendo que a música e letra serão assinados pelo próprio João Pedro Coimbra.
Este ano, a RTP abriu a porta a canções escritas em qualquer língua. Coimbra confessa-se adepto desta ideia e vai mais longe: “Pelo enquadramento a que se destina, acho uma ótima opção poder-se utilizar a língua inglesa. A canção que compus é em inglês”. Não é uma canção que já tivesse escrito e composto – “O tema que escrevi foi composto propositadamente para o Festival da Canção”, confessa.
Sobre o Festival Eurovisão da Canção, João Pedro Coimbra considera este evento “importante”, principalmente “para países como o nosso que têm muitas dificuldades em exportar a sua cultura”. Convidado a citar algumas das suas canções preferidas, João Pedro abre o livro das recordações: “Gosto de várias canções do Festival da Canção, como “Sol de Inverno” a “Desfolhada”, “E depois do Adeus”, “Playback” entre outras. Da Eurovisão gosto das canções suecas, quer a de 2012 (“Euphoria”) quer a de 2015 (“Heroes”).
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Nesta conversa sem pressas, João Pedro Coimbra falou-nos também do seu trabalho de criação: “Não tenho um modo linear de compor. Pode ser ao piano ou outro instrumento. Deixo que o instrumental me dê um tema para a letra, pois esta surge normalmente depois. Também acontece por vezes escrever poemas e adaptá-los ao formato canção”.
Gostei sim sr
ResponderEliminarFico a aguardar com espectativa
A melhor entrevista até agora. Well done
ResponderEliminarSe os gostos nestas duas musicas suecas, vencedoras do ESC, forem inspiração para a canção do FC, então aí fico satisfeito
ResponderEliminarO facto de gostar de "Heroes" e "Euphoria", parecendo que não, pode já ser bastante positivo. Acredito que por gostar destas músicas, possa ficar com vontade de produzir algo do género, pois não estou a ver alguém que não aprecie de maneira nenhuma este estilo que consiga produzir uma "Heroes", por exemplo - ou então pode, mas é muito mais dificil. Quem sabe se não estará no FC uma música deste calibre. Resta agora saber quem é o intérprete e como este agarrará o tema.
ResponderEliminarForça Portugal e parabéns ESC Portugal pelas boas entrevistas aos compositores até agora (podemos não estar confiantes sobre o tema do compositor x ou y mas nao há como tirar o vosso mérito em que as entrevistas tem sido bem conseguidas, dentro do que é possível para já) ;)
Expectante....
ResponderEliminarTraz uma "Asteroid" e o céu é o limite....
Gostei bastante da entrevista. Fiquei contente por saber que a música é pop electrónico e em inglês. As minhas esperanças voltaram a subir.
ResponderEliminarQuem é que vocês acham que será o intérprete? É que não estou a ver ninguem do sexo masculino que cante algo dentro deste estilo que o JPC falou... quero dizer, enquanto escrevia isto, ocorreu-me o Filipe Gonçalves por ter cantado a "Dança Joana" em 2015, mas mesmo assim nem sei...
ResponderEliminarCalma.... porque ele não disse que a canção é parecida/do genero euphoria ou heroes.
EliminarPop eletronico.... no meu entender pode ser outro registo.
E não faltam cantores, inclusive nestes registos.... o que eles cantam nos concursos de talentos!?
Entrevista interessante e promissora.
ResponderEliminarMUITO BOM GRANDE ENTREVISTA GOSTEI DESTE CANDIDATO...FINALMENTE ALGUEM FALOU DA EUROVISION QUE CONHEÇO E VEJO... ESTOU CURIOSO... JOAO COIMBRA PARABENS POR OLHAR PARA AS ESTRELAS... ASSIM SÃO OS PORTUGUESES...
ResponderEliminarSerá o Neev o intérprete?
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