O Teatro José Lúcio da Silva foi pequeno para acolher todos aqueles que quiseram participar no concerto de Dulce Pontes. Um concerto emotivo de uma das mais talentosas artistas portuguesas de todos os tempos. O ESCPORTUGAL esteve em Leiria.
Dulce Pontes tinha, em Leiria, um teatro totalmente cheio à sua espera. E quando entrou no palco, depressa o público se levantou, aplaudindo de pé. Esta entrada foi esclarecedora: o público estava entregue a Dulce Pontes, conhece e admira as suas canções e queria ouvi-las ao vivo. Dulce agradeceu, com os braços simulou um abraço gigante e, por fim, sentou-se ao piano. A Minha Barquinha foi interpretada com alma e com o cunho pessoal de Dulce. Seguiu-se Grito e La Bohème, numa versão em castelhano. As três canções foram cantadas e tocadas ao piano. Entretanto Dulce dirige-se para o centro do palco, que fica mais iluminado para se ouvir Senhora do Almortão; aos primeiros acordes o público acompanha com palmas, rompendo com o silêncio que imperava até aí.
A viagem continuou com Bailados do Minho e Fado das horas, sem pausas. Dulce conquistava o público apenas com a sua voz. O seu poder vocal, a inteligência com que improvisa ao segundo e prolonga as notas musicais não estão ao alcance de muitos. De Dulce Pontes, e porque este é o quarto espectáculo que acompanhamos nos últimos tempos, podemos afirmar que o céu é o limite, não sendo por acaso que muitos a consideram uma das mais talentosas cantoras portuguesas de todos os tempos. E sendo o quarto espectáculo, podemos afirmar também que a artista vai variando o reportório apresentado e também os músicos que a acompanham: em Leiria duas agradáveis surpresas: Marta Pereira da Costa, guitarrista profissional de Fado, tendo já gravado um CD que chegou aos mais vendidos a nível nacional; e Daniel Casares, guitarrista de flamenco, com diversos discos editados e muitos prémios conquistados em Espanha e na América Latina. Dulce proporcionou que o auditório ouvisse alguns solos destes músicos, para além daqueles que habitualmente a acompanham Davide Zaccaria (ao violoncelo), Juan Carlos Cambas (ao piano), Paulo Silva (percussão) e Amadeu Magalhães (flauta, gaita de fole, cavaquinho e bandolim).
Das canções do seu reportório ou de fados tradicionais, Dulce Pontes viajou também para outros séculos. Com Meu amor em Aranjuez, Alfonsina y el mar e Martin Codax, jogral e compositor galaico-português, trouxe as sonoridades das cantigas de amigo tão presentes na Idade Média em Portugal. Maria de Buenos Aires e Folclore antecederam o grande momento da noite, Canção do Mar, cantada tanto no palco como na plateia. Momento alto do espectáculo com o público a aplaudir efusivamente.
Já depois da despedida, o público “obrigou” Dulce e os músicos a regressarem, para um 'encore' com dois temas: Índios da meia praia, original de Zeca Afonso, e Laurindinha, cantado e dançado também. Dulce Pontes conquistou, assim, mais um território.
Concerto de solidariedade
O concerto de Dulce Pontes em Leiria foi promovido pela Páginas de Música, associação de solidariedade e apoio social sem fins lucrativos presidida por Maria Fernanda Rodriguez. Este foi o 6.º concerto realizado pela associação. A edição deste ano teve como destinatários a SPEM – Sociedade Portuguesa Esclerose Múltipla, a Loja Social da Batalha e a instituição Colina do Castelo para aquisição de alimentos, medicamentos e produtos de higiene, vestuário, calçado e material escolar com destinatários finais as famílias sinalizadas por essas instituições. Para além disso, pretende-se dar continuidade ao programa de atribuição de bolsas de estudo a jovens do ensino superior.
A viagem continuou com Bailados do Minho e Fado das horas, sem pausas. Dulce conquistava o público apenas com a sua voz. O seu poder vocal, a inteligência com que improvisa ao segundo e prolonga as notas musicais não estão ao alcance de muitos. De Dulce Pontes, e porque este é o quarto espectáculo que acompanhamos nos últimos tempos, podemos afirmar que o céu é o limite, não sendo por acaso que muitos a consideram uma das mais talentosas cantoras portuguesas de todos os tempos. E sendo o quarto espectáculo, podemos afirmar também que a artista vai variando o reportório apresentado e também os músicos que a acompanham: em Leiria duas agradáveis surpresas: Marta Pereira da Costa, guitarrista profissional de Fado, tendo já gravado um CD que chegou aos mais vendidos a nível nacional; e Daniel Casares, guitarrista de flamenco, com diversos discos editados e muitos prémios conquistados em Espanha e na América Latina. Dulce proporcionou que o auditório ouvisse alguns solos destes músicos, para além daqueles que habitualmente a acompanham Davide Zaccaria (ao violoncelo), Juan Carlos Cambas (ao piano), Paulo Silva (percussão) e Amadeu Magalhães (flauta, gaita de fole, cavaquinho e bandolim).
Das canções do seu reportório ou de fados tradicionais, Dulce Pontes viajou também para outros séculos. Com Meu amor em Aranjuez, Alfonsina y el mar e Martin Codax, jogral e compositor galaico-português, trouxe as sonoridades das cantigas de amigo tão presentes na Idade Média em Portugal. Maria de Buenos Aires e Folclore antecederam o grande momento da noite, Canção do Mar, cantada tanto no palco como na plateia. Momento alto do espectáculo com o público a aplaudir efusivamente.
Já depois da despedida, o público “obrigou” Dulce e os músicos a regressarem, para um 'encore' com dois temas: Índios da meia praia, original de Zeca Afonso, e Laurindinha, cantado e dançado também. Dulce Pontes conquistou, assim, mais um território.
Concerto de solidariedade
O concerto de Dulce Pontes em Leiria foi promovido pela Páginas de Música, associação de solidariedade e apoio social sem fins lucrativos presidida por Maria Fernanda Rodriguez. Este foi o 6.º concerto realizado pela associação. A edição deste ano teve como destinatários a SPEM – Sociedade Portuguesa Esclerose Múltipla, a Loja Social da Batalha e a instituição Colina do Castelo para aquisição de alimentos, medicamentos e produtos de higiene, vestuário, calçado e material escolar com destinatários finais as famílias sinalizadas por essas instituições. Para além disso, pretende-se dar continuidade ao programa de atribuição de bolsas de estudo a jovens do ensino superior.
Fonte: ESCPORTUGAL / Imagem: ESCPORTUGAL
A Dulce Pontes é fantastica. (h)
ResponderEliminarMuito bom texto. A Dulce merece tudo e tudo.
ResponderEliminarQue bom a Dulce pontes ter regressado para ficar. Estive em 2015 no coliseu do Porto e ainda hoje recordo esse concerto.
ResponderEliminarQuem escreve um texto assim tem tambem amor pela dulce pontes.
ResponderEliminarMuito linda a nossa Dulce (f)
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