O cantor, autor e músico Carlos Mendes continua a comemorar 50 anos de carreira. No passado fim-de-semana a sua digressão “Festa da Vida” passou por Espinho e o ESCPORTUGAL esteve lá.
Uma voz. Um piano. Juntos, no grande palco da vida, da alegria e dos afetos. Autor, compositor e cantor de temas intemporais como Amélia dos Olhos Doces, Ruas de Lisboa, Alcácer Que Vier e Meu Menino Povo, sem esquecer os dois com os quais representou Portugal na Eurovisão Festa da Vida e Verão, Carlos Mendes encantou o Casino de Espinho no passado fim-de-semana, em dois concertos que não deixou ninguém indiferente. Na primeira de duas noites, que decorreu na passada sexta-feira, o ESCPORTUGAL presenciou um público que acompanhou várias das canções, nomeadamente as mais conhecidas, ora com palmas, ora trauteando o refrão, ora respondendo aos apelos do cantor que, conversando com o público, fez com que este se sentisse parte ativa do concerto.
Sobre Carlos Mendes afirma a “Enciclopédia da Música em Portugal no século XX”, dirigida pela musicóloga Salwa Castelo-Branco: “Nas suas interpretações a voz tem um papel melódico central, criando uma relação de equilíbrio entre a palavra e a música”. E foi isso que presenciámos aqui: Durante cerca de 90 minutos, Carlos Mendes protagonizou um concerto a solo, intimista, apenas acompanhado pelo piano. Mas sem esquecer as histórias que estão por trás de algumas canções e que marcaram a sua carreira e a vida de muitos de nós.
Numa noite de verdadeiro tributo à música portuguesa foram ainda interpretados temas de nomes incontornáveis do panorama musical como Zeca Afonso (Que o amor não me engana) e Adriano Correia de Oliveira (Trova do vento que passa), entre outras Porto de abrigo, Vagabundo do mar, Línguas de mar e Triângulo de mar. Foi uma “singela homenagem”, como afirmou Mendes.
Brevemente, outras datas já estão agendadas, de norte a sul do país. Esteja atento à AGENDA da coluna à direita do ecrã.
Recorde as duas participações no Festival Eurovisão, em 1968...
... e em 1972
Fonte/Imagem: ESCPORTUGAL / Vídeos: YOUTUBE
E o periodo anglofono em meados dos anos 60? Na altura entre outros o mega-hit"I`m missing you", integrado nos Sheiks..Mais tarde a cançao "Penina" composta por McCartney ,numa ocasiao de ferias no Algarve,na Penina...Carlos Mendes teve muitas fases,mas sempre com qualidade.Parabens!
ResponderEliminaros anos 60 foram muito criativos para a musica portuguesa, ainda por cima no auge da ditadura, mas as vezes parece que esses tempos foram esquecidos por muitos artistas
EliminarMencionei aquele periodo da anglofonia,porque foi um facto tanto na carreira de Carlos Mendes,como de Paulo de Carvalho e ate de Fernando Tordo(The windmills of your mind).Ha quem julgue que a pika pelo Ingles e so de agora,mas a"tara"vem de longe,de ha 50 anos atras.
EliminarRecordo me de uma entrevista onde Carlos Mendes afirmou que em 1972 a RTP mandou parar a promoção porque ficaram com medo de ganhar
ResponderEliminarMas porquê que a RTP não queria ganhar? Algum problema com a ditadura?
Eliminar19:27 - Creio que talvez a ditadura receasse uma debandada de paises do ESC,caso o ESC fosse organizado em Portugal,o que seria a nivel de imagem DESASTROSO.Economica e tecnicamente seria complicado,pois em Portugal por ex. ainda nem havia TV a cores!!!
EliminarAnonimo das 19.27: lê aqui o artigo: http://www.escportugal.pt/2015/03/carlos-mendes-em-1972-nao-ganhamos.html
EliminarGosto muito destes artigos e tenho pena de não ter €€ para ir a mais concertos :-(
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