A vitória de Jamala na final nacional ucraniana com 1944 foi noticiada por vários jornais portugueses.
Jamala vai representar a Ucrânia no Eurovision Song Contest 2016 com o tema 1944. Após a vitória da cantora, na final nacional ucraniana, os media começaram a noticiar o caráter político associado ao tema. Foi o caso do Expresso, que escreve que a canção – “1944” – relembra o ano em que Estaline retirou os tártaros das suas casas e os enviou em comboios para a Ásia Central. Milhares de muçulmanos não resistiram à travessia, outros tantos morreram à fome depois de terem chegado. O trágico episódio afetou toda uma geração na Crimeia, que apenas nos anos 80 foi autorizada a regressar à sua terra-natal. O semanário lembrou ainda que o tema pode ser recusado pela UER e dá o exemplo da proposta da Geórgia em 2009. Pode ler este artigo AQUI.
O Correio da Manhã também noticiou a escolha ucraniana e dá principal ênfase à letra de 1944. A canção de Jamala, ela própria de ascendência tártara da Crimeia, ignora a atual situação política no país. Não há referências à guerra que decorre no Leste do país nem à presente ocupação Rússia da Crimeia, mas a letra arranca desde logo com palavras duras, lê-se no artigo. Pode ler esta notícia AQUI.
A Euronews dá conta das várias polémicas que envolvem a Eurovisão todos os anos. Desde a manifestação de Israel contra a música húngara de 2015 à recusa do tema georgiano em 2009. O canal noticioso afirma ainda que apesar de não referenciar a anexação da Crimeia em 2014, Jamala tem dado entrevistas onde diz que a Rússia se encontra ali em “território ocupado”. Pode ler este artigo AQUI.
Relembre, de seguida, a atuação de Jamala na final ucraniana:
Fonte: Expresso; CM; Euronews; ESCPortugal / Imagem: CM / Vídeo: eurovision.tv
Com tantas noticias sobre este e outros assuntos ligados ao esc, pena a RTP não participar e aproveitar esse mediatismo. Sobre a cancao, penso que será eliminada pois tem um claro cunho politico.
ResponderEliminarde momento esta a dar o que falar entao imagino que isso irá contar muito a favor na hora da votacao(se nao mudarem de tema claro)
ResponderEliminarEn 2014 a cantora aproveitou as mudanças na letra e no instrumental da música para protestar contra os acontecimentos entre a Rússia e a Ucrânia! Ja em 2009 com a Geórgia foi bem feito pois foi feito de propósito para der contra o Putin!
ResponderEliminarEsta é a minha canção favorita até ao momento.
ResponderEliminarO festival não tem que ter só dai-li-dos, ding-dongos, abanibis, digilo-digileis etc etc. o festival precisa de ter coisas mais serias , chega de tanta futilidade seria um crime se a futil UER não deixar esta canção concorrer.
ResponderEliminarConcordo totalmente contigo.Considero que todos os tipos de musica/cançoes devem ter lugar no ESC,incluindo musica de caracter interventivo,como Grecia 1976, Georgia 2009 e agora Ucrania 2016.Total hipocrisia afirmar que o ESC e um evento apolitico.Nao o e nem nunca o foi!
EliminarEspero que não mudem o tema, pois, a música é linda e traz consigo uma "bela" mensagem. :)
ResponderEliminarTenho dúvidas que nao haja uma chamada de atenção ⚠ a ucrania, ate pq esta em causa a Rússia
ResponderEliminarse desclassificarem esta musica, espero que a ucrania e portugal nao voltem mais a eurovisao!! portugal é um grande aliado deste maravilhoso pais na eurovisao, é uma palhaçada se desclassificarem esta grande musica, a russia pode mandar baladas com mensagens hipocritas do amor livre e da paz, e a ucrania nao pode mandar uma musica a falar da crimeia em 1944? epá menos
ResponderEliminarGrande cançaõ.
ResponderEliminarESC sem Política? Impossível! Se esta canção não for aprovada pelo EBU, ou os responsáveis neste tipo de decisões, acho bem que essa mesma instituição comece já a pensar em retirar o troféu aos ABBA/Suécia, por causa desse tema político chamado 'Waterloo' que lhes deram a vitória em 1974 - Política mais Política não há! Não se pode ter dois pesos e duas medidas, ou será que uns são filhos e outros enteados? Quem com ferros mata...
ResponderEliminarAnónimo das 19:38, já que falas em tirar troféus a vencedores do Esc, não te esqueças também de lembrar para tirarem o troféu a Dilma Bilan, da Rússia, vencedor em 2008, uma das piores vitórias de sempre. E já agora porque não adicionar também para se retirar troféus ao Johnny Logan em ambos os dois anos que foi vencedor, em 1980 e 1987, respectivamente? Também duas vitórias bastante injustas. E já agora não esquecer da Suécia em 1984, aqueles três rapazes tinham uma das piores canções desse ano.
EliminarOK,a batalha de Waterloo pode ter ainda o seu significado geo-politico,mas foi ja ha tanto,tanto,tanto tempo,que nao sei se vale a pena pensar em tirar o trofeu aos queridos ABBA. Nao,nao vale a pena! Ja agora atira os ferros para um canto da arrecadaçao.Que ninguem mate ninguem!
EliminarOs jornais interessam se por polémicas, independentemente de serem relacionadas com o esc.
ResponderEliminarExcerto, do filme "Haytarma" ilustram a canção "1944" de Jamala (tal como negar/esquecer Auschwitz é crime, negar Maio de 1944 e outras barbáries que aconteceram na História Universal também o é):
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=uv71tmv_c7Q
No nº de 24 de fevereiro do jornal de distribuiçao gratuita METRO de Helsinki,foi publicado um extenso artigo sobre a cançao representante da Ucrania no ESC 2016,intitulado"Ukrainan Euroviisu kertoo tataarien kohtelusta Krimilla",onde se conta toda a triste saga dos Tartaros da Crimeia desde 1944.Ucrania em destaque!
ResponderEliminarPara quem quer "perder" tempo, aqui está o filme que retrata esse acontecimento da História da Ucrânia (legendado em inglês):
Eliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=f181jS4_egs