Perdeu para Krista Siegfrieds o direito de representar a Finlândia no ESC2013, mas Mikael Saari está de regresso ao UMK este ano. O cantor aceitou o desafio do ESCPORTUGAL e falou-nos da sua preparação para o evento!
Descreve-se como "um típico homem finlandês, tímido e bastante fechado no que diz respeito à sua vida pessoal", mas acredita que as escadas que dão acesso a um palco têm poderes mágicos e transformam-no: "Em palco sou completamente o oposto: mostro determinação a falar com a minha mente e vou à loucura com o meu público". Assim é Mikael Saari, cantor de 27 anos, que, em 2013, se deu a conhecer ao público eurovisivo com a participação no UMK2013. Agora, chegou a vez de ser entrevistado pelo ESCPORTUGAL.
O primeiro amor é marcante na vida de uma pessoa e Mikael garante que ainda continua apaixonado: "O primeiro amor que tive foi pela minha guitarra. Foi e é um amor de verdade poder pegar nela e compor as minhas próprias músicas! Apaixonei-me por ela aos 13 anos mas claro: só revelei ao final de uns anos" brinca, mostrando a sua vertente mais divertida.
Destacar uma experiência na sua carreira musical não é tarefa fácil, garante Mikael: "Tenho vários momentos a destacar por várias razões. Cantei música tradicional finlandesa e Queen no norte da Lapónia e foi uma experiência memorável! Além disso, tive participações em diversos festivais que me marcaram, um papel principal numa grande produção musical e, claro, o UMK2013."
Questionado sobre quais são os seus artistas favoritos, o cantor admite: "Os únicos géneros de música que não gosto são o rap e o black metal: para mim aquilo é apenas barulho! Todos os outros podem ter um enorme impacto sobre mim: o heavy metal, música clássica, folk, jazz, schalager... Os meus artistas favoritos tendem a mudar muito rapidamente por causa disso". No entanto, há um que nunca perde o seu título: "Os Queen continuarão a liderar a tabela das minhas preferências".
Admite ainda ser um fiel seguidor do Festival da Eurovisão, "Todos os anos vejo o Festival, desde que não esteja a trabalhar a essa hora. A Eurovisão oferece-nos uma sensação única e traz-nos uma mensagem sobre a tolerância e a igualdade entre países, algo que nunca é demais!". Destaca ainda a entrada do país em 1994 como aquela que mais o marcou: "Lembro-me perfeitamente das CatCat no concurso, mas não sei precisar o ano. Na altura, 'Bye Bye Baby' era a melhor canção alguma vez existente no mundo".
Depois de anos a acompanhar o evento, em 2013, Mikael Saari estreou-se na final nacional finlandesa: "Foi a minha primeira tentativa. Eu nem me lembro de onde surgiu a ideia... mas não me arrependo do que fiz". Entrou na competição com 'We Should Be Through', da sua autoria, sendo que não esperava grande projeção: "Apesar de ser uma obra minha, não achei que tivesse sucesso, pois foi considerada muito "dura" para a competição. Mas, para grande surpresa nossa, teve a grande projeção que todos nós sabemos".
Para o cantor, as recordações do concurso são as melhores: "O UMK 2013 foi uma experiência fantástica", elogia. "Conheci pessoas maravilhosas e tive a oportunidade de mostrar a minha música para um palco com tanta visibilidade. Estarei eternamente grato por isso". Além disso, não guarda rancores do resultado obtido: "Fiquei mais que satisfeito! Superou todas as nossas expectativas e mostrámos o nosso melhor. Foi inacreditável!"
Por ironia do destino, Mikael Saari regressa à competição no ano em que Krista Siegfrids, para quem perdeu o passaporte para Malmö, apresentará o concurso: "Eu adorei a Krista na Eurovisão. Foi o palco ideal para ela! Tivemos a oportunidade de ver o começo de uma grande carreira como temos observado". Contudo, o "ajuste de contas" poderá estar para breve: "Não me importava de representar a Finlândia e competir com ela a representar a Suécia", brinca o cantor, aludindo à participação da cantora no Melodifestivalen, "Mas essa ideia é um sonho! A seleção finlandesa é tão forte que não penso ainda mais longe...".
Três anos depois, o regresso deveu-se à produção do evento: "Recebi um telefonema dos produtores do UMK a pedirem-me para enviar um tema para o concurso. Hesitei durante alguns dias, comecei a escrever... e et voilá: aqui estamos nós!" Autor e compositor de 'On It Goes', Mikael descreve o tema como "a história de um rapaz que não foi muito bem sucedido nas decisões da sua vida e relacionamentos. O tema irá retratar os sentimentos dele".
A preparação para o evento tem sido a sua principal ocupação: "Estamos já a ensaiar ao vivo. Estou muito nervoso, admito. As outras músicas são todas muito boas, o que me deixa orgulhoso de estar nesse lote. Mas continuo a tentar manter o foco no objetivo de fazer o melhor possível...". Contudo, refuta ter pensado no palco eurovisivo: "Não pensei sequer nessa possibilidade... Os nervos de atuar na semifinal do UMK já me estão a consumir! Nem quero pensar ainda nisso", admitiu.
No entanto, em caso de vitória, Mikael sucederá a uma das participações mais controversas da Finlândia na Eurovisão, cujo resultado não foi do seu agrado: "Os PKN conquistaram um grande lote de votos na Europa, mas o júri cortou-lhes as pernas... A Eurovisão é muito mais do que a música e, por isso, não entendo como ficaram de fora da final! A vitória deles no UMK foi um dos maiores momentos da televisão finlandesa".
Além disso, lamenta que os finlandeses sejam tão pessimistas com as últimas entradas do país: "Temos a tendência de sermos carinhosamente pessimistas sobre o nosso sucesso na Eurovisão! Estamos sempre a implicar, mas o UMK tem um grande potencial e tenho a certeza que iremos melhorar os resultados" garante, revelando que Pietarin Spektaakkeli é o seu favorito no UMK2016: "Ele vai conseguir conquistar a Finlândia e provavelmente toda a Europa".
Quando questionado sobre Portugal, Mikael lamenta nunca ter conhecido o nosso país: "Conheço, mas nunca visitei! Aqui na Finlândia estão menos 19º Celsius, algo que não acredito que aí aconteça tendo em conta as maravilhosas fotos de praias que encontro na internet", brincou. Para além disso, garante que Portugal marca pela diferença na Eurovisão: "Recordo-me imediatamente da Suzy em 2014! A vossa linguagem é tão diferente da nossa e torna-se muito bonita! A Eurovisão tem esse poder fantástico de nos dar a oportunidade de conhecer outras línguas", lamentando não ter engenho e arte para escrever em finlandês, "Infelizmente não componho na minha língua, pois não tenho jeito algum para escrever em finlandês".
Nos próximos meses, o cantor andará em concertos com a sua banda, além de "ter um papel na produção do musical Cats". Depois do verão, o cantor irá liderar outro projeto musical: "Serei protagonista do musical 'Rock of Ages' que estará em cena no Turku City Theatre".
Aceda AQUI a todo o arquivo da iniciativa Rumo a Estocolmo!
Fonte/Imagem: ESCPORTUGAL/ Vídeo: Youtube
A cançao de Mikael e,a meu ver,bastante dificil de entrar no ouvido.Ao vivo,vamos ver como ira resultar.O videoclip e uma coisa,ao vivo e outra.Caso viesse a representar a Finlandia no ESC,acho que Mikael talvez nao se sentisse como um peixe na agua dentro dos eventos relacionados com o ESC.
ResponderEliminarSuzy (k)
ResponderEliminar"We Should Be Through" mais uma canção onde nunca vi nada de especial mas que foi na altura bastante sobrevalorizada..."On It Goes" é melhorzita mas se alguém está á espera da vingança do rapaz...há musicas muito melhores este ano.
ResponderEliminarE não entende como os PKN ficaram de fora da final?Mas ele próprio umas linhas atrás disse que não gostava de barulho eheheh(Obrigadinha Júri)
A Eurovisão se não é só musica devia porque passar os PKN á final só por passar ou por serem deficientes era mau demais.
Ele peca por falar dos últimos representantes da Finlândia, ou melhor, ao apresentar os motivos porque deveriam ter passado. Ainda bem que não passaram, que medo de muda aquela.
ResponderEliminarCanção lindíssima!!!
ResponderEliminar