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[AO VIVO] Agir: "A música portuguesa bate ou não bate?"

Agir apresentou o seu último álbum em Aveiro. Há 26 semanas no top nacional de vendas, Agir mostrou porque é um dos principais nomes da nova música portuguesa de expressão urbana. O ESCPORTUGAL esteve lá.


Luzes, câmara, gritos e ação. Foi assim o início da noite da passada sexta-feira no recinto do Parque de Feiras e Exposições de Aveiro, no dia 2 do festival “Aveiro é Nosso”, organizado pela Associação Académica local. Há concertos que se esperam que sejam uma loucura. E foi precisamente o que aconteceu na noite onde Agir foi rei e senhor. Muitas mãos no ar, uma grande quantidade de dancehall, R&B e rap, tudo coberto com a boa vibe que pairou no ar.

Ouvir Agir a atravessar a carreira em canções, do Festival da Canção de 2007 onde cantou com Milene Candeias Dá-me a lua, até à atualidade, é escutar o seu crescimento. Ouvindo Estou bem, ou Ninguém como tu torna-se particularmente evidente a mudança de tom do cantor e os diferentes registos com que abraça a música portuguesa – das músicas românticas em tons suaves às canções carregadas de energia e batidas de dança – mas tudo com um denominador comum: é pop!

Já com o recinto cheio, Agir saltou para o palco para, dando largas à sua veia mais artística bem urbana, apresentar sucessos como Are you ready? ou Silhueta, ambos do álbum lançado no início deste ano e, desde então, presença obrigatória no top nacional de vendas.

Desde o início do concerto de quase hora e meia, Agir puxou pelo público e a multidão respondeu, cantando em coro os refrões e gritando quando Agir rasgava a voz em temas menos acelerados, como Leva-me a sério, que dá título ao álbum, ou Bola de cristal. A meio do concerto, o músico fala de Carolina Deslandes, sua grande amiga e seu par no dueto Mountains. O público vibrou com o tema, apesar de aqui Agir ter cantado a solo.

"A música portuguesa bate ou não bate?". A resposta ensurdecedora à pergunta de Agir não deixa margem para dúvidas: a esmagadora maioria dos espectadores deste concerto vibra com as canções do jovem cantor de 27 anos de idade e alguns fizeram muitos quilómetros para o ver. “Sou de Matosinhos… viajei mais de uma hora para ver o Agir”, afirmou ao ESCPORTUGAL Marina Martins, fã confessa do cantor. Ao seu lado na fila da frente, José Rocha, de Águeda, “obrigado” pelas duas filhas adolescentes a ver o concerto da noite. “Mas também estou a gostar”, acabou por confessar ao nosso site.

Ao longo de todo o concerto, Agir não parou de dançar e saltar um segundo. Nem mesmo quando, visivelmente cansado, teve de beber água para retemperar forças, mais uma canção viria a seguir para fazer vibrar o público que, inacreditavelmente entusiasmado, respondia no mesmo registo. Encontrei, tema que gravou em dueto com Dengaz, outro fenómeno da música urbana nacional, foi literalmente engolido pelo público, que sabia a letra de cor. Entre canções, Agir soube entreter o público, pedindo muitas mãos no ar e para todos saltarem, ora para a direita, ora para a esquerda.

Claro que o melhor chega no fim e, já no encore, Agir e a sua banda tocam Tempo é dinheiro, que foi acompanhada em uníssono e registada por um mar de telemóveis reluzentes que balançavam ao ritmo da música. E depois do adeus, Parte-me o pescoço, uma das canções mais tocadas nas rádios nacionais nos últimos meses.


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Fonte e Imagem: ESCPORTUGAL
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  1. Respondendo a pergunta de Agir: Bate sim! E bate para uma multiplicidade enorme de gostos e preferencias,talvez devido ao facto de sermos uma sociedade multi-cultural e racial ja ha uns bons 40 anos.

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  2. Anónimo22:46

    Excelente artigo. os ultimos sucessos do Agir fez-me gostar dele

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  3. Anónimo22:53

    Muito bom escportugal. Ainda bem que não noticiam só Simones e Vanessas

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  4. Anónimo22:57

    A música portuguesa bate pois!!! Só a RTP é que não percebe isso ao não ter programas de música

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  5. Havendo "musica portuguesa de expressao urbana",tem de haver "musica portuguesa de expressao rural",certo? Representada por...? So se for o folclore,que eu classificaria como musica etnica.

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    Respostas
    1. Rui Ramos23:35

      O folclore é música de expressão rural, até porque as canções, as danças e os trajes são habitualmente as recriações da vida do campo no final do séc XIX e inicio do séc XX. Vida do campo, do mar, dos pescadores, da faina... etc, etc.
      Música de expressão urbana é o oposto, basta ver os ritmos, as letras, etc

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    2. Rui,em 2015 num pais pertencente a UE considero artificial essa dissecaçao.A musica que se ouve e toca no Bombarral e a mesma que se ouve e toca em Lisboa,Amareleja ou Braga. Fico-me por aqui.

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    3. Rui Ramos00:29

      RG, tentei ensinar-lhe algo sobre o folclore, mas se não quer aprender é la consigo. Boa noite e fique bem.

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    4. Rui,volto c a palavra atras.Ate estamos de acordo,pois o folclore como tradiçao etnografica tem a ver mais com seculo XIX/principios do XX do q com 2015. Fica no ar a pergunta:Musica rural FEITA EM 2015?Obrigado,mas em folclore Pedro Homem de Melo ensinou-me mais.

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  6. Rita Martins23:25

    O Agir é fantastico!!! (h) (h)

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  7. Anónimo13:02

    O Agir trouxe uma lufada de ar fresco à musica portuguesa.
    Agir, Dengaz e Richie Campbell são TOP

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    Respostas
    1. 13:02 - Concordo contigo a 100%.

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