Depois de ter esgotado os concertos do Porto e Lisboa em janeiro passado e de ter percorrido diversas cidades europeias nos meses que se seguiram, eis Dulce Pontes imparável, envolvente, saudosista, exemplar. O ESCPORTUGAL esteve na noite passada em Vila Nova de Famalicão.
Dulce Pontes encheu o Parque da Devesa, em Vila Nova de Famalicão, entre aplausos de pé e o melhor de uma artista que é um ícone incomparável da música portuguesa no feminino. Durante cerca de duas horas, a cantora cantou e encantou num concerto onde, para além da companhia de milhares de pessoas (a organização anuncia cerca de 8000), teve as estrelas e o luar como companhia. E, apesar da multidão, houve momentos em que só se ouvia a voz da cantora que representou Portugal na Eurovisão 1991.
Às 22 horas em ponto, Dulce sobe ao palco e logo se apodera do piano. Sempre que a vemos ao vivo, é essa a sensação que temos: Dulce Pontes nasceu para o palco! E nele renasce, a cada música, com uma energia transbordante e uma voz poderosa.
Mal aparece aquele vulto de longos cabelos e vestido comprido creme, um sentimento de imenso respeito apodera-se da multidão. A minha barquinha e Ondeia abrem o espetáculo, composto por duas dezenas de canções provenientes de diversos temas dos seus álbuns, mas sobretudo dos últimos trabalhos O Coração Tem Três Portas, Momentos e Portos de abrigo.
Grandes canções para uma enorme voz sucedem-se, sem pausas. De alguns fados mais nostálgicos e a merecer o silêncio do público, sucederam-se canções mais alegres, como Júlia Galdéria, Índios da Meia Praia ou Senhora do Almurtão. Mas foi com a Canção do mar que Dulce ouviu a verdadeira força da voz do público, que quase a abafou no refrão. E esse entusiasmo contagiante e essa resposta tão vibrante da assistência, fizeram com que a cantora brincasse com a voz, os músicos improvisassem com os instrumentos, numa inusitada combinação que funcionou na perfeição.
No final do concerto, Dulce teve de repetir o encore por três vezes. E quando a cantora perguntou ao público que canção gostariam de ouvir, a resposta foi unânime e gritou Lusitana Paixão! A cantora ainda retorquiu, hesitante, que os músicos não tinham ensaiado o tema, mas a assistência não se fez rogada e começou a cantar afinada e em uníssono. Dulce respondeu afirmativamente e, à capela, cantou com o público - qual coro gigante - a canção que todos sabiam de cor, dos mais velhos aos mais novos, mesmo aqueles que em 1991 ainda não eram nascidos. Um exclusivo para o público de Famalicão, tendo em conta que Dulce não canta há muitos anos Lusitana Paixão nos seus concertos.
Veja o vídeo do ESCPORTUGAL com esse momento AQUI .
Veja o vídeo do ESCPORTUGAL com esse momento AQUI .
O fecho não podia ser mais apoteótico: Depois de Lusitana Paixão, Amor a Portugal levou Dulce Pontes às lágrimas, emocionando também a audiência."Coragem, coragem" repetiu a cantora para o público.
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Fonte: ESCPORTUGAL e Imagem: ESCPORTUGAL
O vídeo é emocionante. Incrivel como toda a gente cantava a Lusitana Paixao
ResponderEliminarExcelente reportagem. Bravo!
ResponderEliminarAdoro a Dulce pontes. Vi o concerto de Lisboa em janeiro mas voltaria a vê la
ResponderEliminarsinto uma grande raiva, a dulce devia ter ganho o ESC, e quem ganhou? a antipática da carola, com uma MUSICA PAVOROSA!
ResponderEliminarmas pronto...
Parabens dulce, uma grande voz, uma grande cantora!
03:57 - Discordo em 50%,porque para mim,em 91,devia ter ganho França com Amina.Concordo em 50%,porque para mim Carola nem ao top15 devia ter chegado.Carola mais do que antipatica foi muito egocentrica e mal educada, enfim...nao basta andar com a Biblia sempre atras,para se ser boa pessoa.
EliminarTive a honra e o privilégio de assistir a este espectáculo em Famalicão e foi sem dúvida arrepiante. Adorei
ResponderEliminarO que eu perdi :-( O texto e o video arrepiou-me, confesso. A Dulce é grande!
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